Conheça as três tendências para a educação pós-pandemia apontadas pelo gerente de Marketing LATAM da Turnitin, Leonardo Ferreira
Leonardo Ferreira*
A educação foi um dos setores mais afetados com as grandes mudanças que o mundo sofreu nos últimos dois anos, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Instituições enfrentaram, e ainda enfrentam, desafios e tanto alunos quanto professores tiveram que se adaptar rapidamente a um novo contexto no Ensino a Distância (EAD).
Não há como ignorar as transformações causadas pelo ensino remoto. Com a volta gradativa dos alunos ao modelo presencial e híbrido, é possível identificar os aprendizados desse período e desenvolver uma nova forma de ensino nas instituições.
Uma das principais tendências será a melhoria dos modelos de ensino que mais se adequam às necessidades dos alunos, seja na forma de ensinar ou na hora de avaliar. Novas formas de feedback deverão ser aplicadas, assim como deve mudar a relação entre professores, instituições, estudantes e a tecnologia.
O educador segue com um papel importante na orientação do estudante ao longo do processo de aprendizagem nesse novo contexto. Sabemos que o uso da tecnologia não é novidade, mas o ponto chave está na forma como o educador e o aluno usam e se engajam com esses novos métodos. Entender essa nova realidade ajuda os professores a otimizarem seus processos, utilizando ferramentas disponíveis para melhorar o desempenho do aluno e transformar essa experiência em uma nova dinâmica em sala de aula.
Para entender melhor o novo cenário e o que se espera para o próximo ano, listei abaixo as três principais mudanças no setor educacional que poderão ser incorporadas em 2022.
1. Nova dinâmica em sala de aula
A dinâmica na sala de aula vai continuar se aprimorando nestes modelos. No início da pandemia, professores replicavam a mesma aula presencial em um ambiente online. Agora os docentes já adquiriram mais prática nessas modalidades e poderão incluir propostas de sala de aula invertida, por exemplo, com o professor dedicando mais tempo para mentoria, apresentando estudos de caso e realizando atividades entre pares.
Por outro lado, as instituições em conjunto com os docentes terão de pensar na dinâmica do modelo híbrido, para que haja um bom aproveitamento de ambas as partes, já que ter parte da turma assistindo a aula de forma remota e parte presencial, traz desafios específicos, como manter a motivação de quem está na sala de aula e de quem está em casa, uma das tarefas mais difíceis para educadores.
2. Novo formato de avaliações
No ambiente remoto, as avaliações tornaram-se um desafio e os docentes precisaram encontrar novas maneiras de aplicar provas e outros tipos de avaliações, além de verificar se o método estava realmente funcionando para o desenvolvimento do aluno. A avaliação é uma das principais etapas no processo de estudo e não deve se resumir apenas a uma nota. Afinal, é a maneira que o educador consegue validar se o aluno está ou não absorvendo os conceitos durante as aulas.
As avaliações seguirão de forma mais frequente e em novos formatos, permitindo maior acompanhamento do progresso dos alunos e transformando as tarefas em momentos de aprendizagem, não apenas uma obrigação para passar de ano. É fundamental que haja feedback por parte do educador para que o aluno enxergue o processo avaliativo como uma oportunidade de aprendizagem. Hoje existem ferramentas que auxiliam na avaliação do desempenho, o que permite ao professor analisar melhor o progresso do estudante e identificar pontos de melhoria. O uso da tecnologia neste processo é uma forte tendência e otimiza o tempo do professor, que acaba gastando menos tempo corrigindo provas e trabalhos manualmente, por exemplo, e pode se dedicar mais a conversar com o aluno e entender possíveis dificuldades que ele possa ter.
3. Relação entre instituições, professores, alunos e a tecnologia
A tecnologia educacional vem sendo cada vez mais adotada por diversas instituições de ensino e isso só tende a crescer. Softwares que identificam similaridades em textos ou ajudam a corrigir citações, podendo ser usados pelos próprios estudantes e plataformas de avaliação que auxiliam os professores no momento do feedback, são apenas alguns exemplos de ferramentas que estão ganhando cada vez mais espaço em escolas e universidades.
A Inteligência Artificial (IA) estará mais presente no ensino e tem auxiliado cada vez mais os educadores na mentoria dos alunos, com ferramentas que ajudam a diminuir o tempo em correções e permitem enxergar padrões de comportamento em sala de aula. Ao mesmo tempo, oferecendo uma visão do desempenho de cada aluno, o que é muito importante para mantê-los motivados, auxiliando os educadores em melhorias no ensino de cada curso. Os alunos passam a receber suporte para produzirem seus melhores trabalhos originais, o que consequentemente impacta na formação e desenvolvimento do pensamento crítico.
Em síntese, o processo de ensino-aprendizagem está passando por uma transformação histórica. A tecnologia educacional e novas metodologias de ensino surgem em resposta à educação tradicional, adaptando-se às necessidades e características particulares de cada aluno e sendo aparatos importantes para atrair o interesse dos estudantes e desenvolvê-los em novas competências.
*Gerente de Marketing LATAM da Turnitin