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Do alto rendimento ao bem-estar, Bett Londres apontou tendências e mostrou como as tecnologias podem ser colocadas a serviço do aprendizado

A Bett Show, em Londres, realizada entre os dias 23 e 25 de março, apontou tendências e mostrou como as tecnologias podem dar suporte a escolas e professores, sendo colocadas à serviço do aprendizado. Uma delegação de representantes da Bett Brasil esteve presente ao evento, e ofereceu uma visão do que aconteceu durante os três dias de palestras e feira no ExCel London.

Composta por cerca de 100 representantes de empresas, escolas particulares e sistema público, a delegação brasileira na Bett Londres reuniu pessoas com o objetivo de conhecer o que há de melhor para a educação brasileira.

“A tendência que vejo na Bett este ano é usar a tecnologia como suporte, para professores, gestores, família, alunos. A tecnologia deixou de ser protagonista: ela está nos bastidores para ajudar a dar protagonismo aos estudantes”, disse André Guadalupe, diretor do colégio Planck, em São José dos Campos, que veio pela segunda vez a uma edição da Bett em Londres.

O evento é um norteador para a Bett Brasil, que retoma a presencialidade no Transamerica Expo Center, em São Paulo, de 10 a 13 de maio. Ainda é possível efetuar sua inscrição para ter acesso ao Congresso e o cadastro para visitação à feira, que tem acesso gratuito.

O Educador21 é parceiro de conteúdo da Bett Brasil pelo terceiro ano consecutivo, e reúne matérias de cobertura na aba ‘ESPECIAL BETT’, no menu principal do portal.

Brasil ganhA destaque na Bett Londres

Entre os palestrantes do evento, Vitor de Angelo, presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação) e secretário de educação do Espírito Santo, foi representar o Brasil. E Lord Jim Knight, palestrante da Bett UK, também falará, pela primeira vez, para o público de congressistas na Bett Brasil.

“Estamos todos conectados e podemos aprender uns com os outros”, resumiu o diretor da Suklaa Ltd e ex-ministro britânico para escolas, digitalização e emprego. Knight abordou questões sobre o poder da tecnologia para a educação global e a transformação da pedagogia graças às tecnologias.

Após o fim do painel que comandou, Knight disse estar animado para participar, pela primeira vez, do evento em São Paulo. “Embora cada cidade, cada país, cada contexto seja diferente, o que vimos com a adoção massiva da tecnologia móvel ao redor do mundo, por causa da pandemia, é que algumas questões estão se tornando universais”, afirmou.

Na opinião do especialista, no contexto britânico, ainda falta às escolas uma liderança estratégica no uso da tecnologia, que muitas vezes acaba sendo usada pontualmente, dependendo de vontades individuais, sem coesão. Contudo, há bons exemplos, sobretudo quando há interlocução entre direção, professores, famílias e estudantes.

“Escolas que estão conseguindo engajar a comunidade na estratégia tecnológica estão tendo sucesso”, disse Lord Jim Knight.

Já Vitor de Angelo falou sobre as dificuldades que o país enfrentou em termos de infraestrutura quando a pandemia começou. “O acesso à internet nas residências era crescente, mas na classe D, ainda estava abaixo dos 40%. Essas pessoas estavam excluídas”, disse o presidente do Consed.

Apesar das dificuldades, Angelo vê que a emergência do covid-19 representa hoje uma oportunidade de mais equidade para o Brasil. “Temos de incorporar cada vez mais a tecnologia em larga escala. O fato é que a pandemia, ao criar uma necessidade, nos impulsionou nessa direção”, disse.

Temas que serão vistos no Brasil foram antecipados em Londres

O e-sport tem sido uma estratégia de algumas escolas britânicas, e ganhou destaque na Bett Londres. Ao reconhecer que muitos mais passaram a jogar online durante a pandemia, o colégio Queen Mary resolveu criar uma disciplina sobre o tema.

“Não se trata de ficar cinco horas por semana jogando, para a decepção de muitos dos meus alunos. É para entender o negócio, a indústria, preparar carreiras na área da tecnologia, mas usando algo que os alunos têm uma paixão”, explicou James Murison, diretor de Learning and E-sports da instituição.

Uma sala especial para a disciplina foi montada na instituição, em parceria com a Lenovo. A Lenovo é um dos expositores de Londres que marcará presença também na Bett Brasil.

Professora e diretora assistente da escola Colchester, um colégio privado na Inglaterra, Harriet Croydon, notou que depois de períodos de confinamento e distância da escola, o engajamento dos alunos com a leitura diminuiu. Para ajudar os professores a avançar com as aprendizagens, Harriet tem adotado uma ferramenta da Microsoft que usa Inteligência Artificial.

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“O sistema identifica o que foi mal pronunciado. Mostra não só o individual, mas os problemas comuns à classe. Isso tira uma grande carga de trabalho dos professores”, disse a educadora britânica em uma palestra.

Com a ferramenta, as crianças devem ler em voz alta um texto para que o Reading Progress analise a leitura e passe um relatório para os professores. Dessa forma, é possível intervir e criar estratégias específicas e personalizadas para sanar deficiências dos alunos.

Para Harriete, além de melhorar o aprendizado, a tecnologia promove a autoestima. “Alguns alunos não tinham confiança para ler em voz alta na frente da turma, e hoje levantam as mãos”, relatou. A solução também está disponível em português, e poderá ser conhecida em detalhes no estande da Microsoft na Bett Brasil.

Texto com base nas informações de conteúdo elaborado pela ação Brought to You by Red Balloon In School em parceria com a Bett Brasil

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