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O colunista Celso Niskier esteve em Londres durante a Bett UK 2024 e compartilha suas considerações com os leitores do Educador21

Entre os dias 24 e 26 de janeiro, a convite da Bett Brasil, tive a oportunidade de participar da Bett UK 2024, realizada em Londres (Inglaterra). Em contraposição ao clima frio e à pouca luminosidade natural desse período, quando os dias são curtos e as noites extensas na capital inglesa, no centro de convenções que sediava o evento a atmosfera era intensa e vibrante.

Com mais de 30 mil participantes, 123 países representados e 600 empresas expositoras, o evento  que se orgulha de ser a maior exposição de tecnologia educacional do mundo  reúne educadores, gestores educacionais e provedores de soluções educacionais inovadoras das mais diversas partes do globo.

É claro que não vou me atrever a tentar sintetizar neste texto tudo o que vi, aprendi e senti ali, mas tem um ponto que ficou bastante evidenciado e não dá para não destacá-lo: definitivamente, a inteligência artificial (IA) tomou conta da tecnologia educacional.

Para além das EdTechs, também as principais empresas mundiais de tecnologia, como Microsoft, Google e Amazon Web Services (AWS), estão apostando fortemente na introdução da IA nas suas ferramentas, tanto naquelas que já existem (Teams e Copilot, por exemplo) quanto nas que estão em construção. Nessa linha, o Google está investindo no aprimoramento de plataformas como o Google Cloud para que as escolas possam personalizar a experiência do aluno a partir da inteligência artificial.

Outro ponto alto da participação na Bett UK foi a possibilidade de dialogar com nomes de expressão desse universo que reúne educação e tecnologia. E aqui quero destacar a conversa que tive com Vera Cabral, diretora de Desenvolvimento em Educação da Microsoft Brasil & Latam, e Bruce Thompson, head da Microsoft Education para as Américas.

Conversamos sobre a efetivação de novas parcerias da empresa com a ABMES e nossas instituições associadas. Acordamos em desenvolver muitas coisas interessantes, como cursos de tecnologia que poderão ser oferecidos pela plataforma de cursos da Associação e iniciativas de apoio a startups e ao empreendedorismo nas instituições de educação superior brasileiras. Boas notícias a caminho, inclusive em relação à 6ª Delegação ABMES Internacional – UK Experience, que acontecerá no Reino Unido entre os dias 11 e 21 de outubro, e para a qual todos estão convidados.

Em síntese, saí de Londres com muitas ideias  e encaminhamentos  de como beneficiar nossos associados e também a educação superior do Brasil neste momento estratégico, no qual vivemos a transformação para uma nova era digital e inovadora em diversas esferas, incluindo a educacional. Está mais nítido do que nunca que a tecnologia e a inteligência artificial vão alterar a estrutura do processo de ensino e aprendizagem, além de oportunizar que as IES encontrem seus nichos de atuação para que sobrevivam e prosperem neste mundo pós-pandemia.

Esses são o clima e a atmosfera que importam para quem navega nos mares nem sempre tranquilos que nos conduzem rumo a uma educação pautada pelos anseios e possibilidades deste século 21. A mensagem captada na terra do rei Charles III não deixa abertura para interpretações equivocadas. O futuro é hoje, e quem piscar pode acabar náufrago e isolado em alguma ilha inóspita no meio do caminho. Vida longa ao rei!

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