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Coluna do LIV alerta que o combate ao bullying deve ser um compromisso coletivo entre escola, famílias e sociedade

O bullying escolar ainda é, infelizmente, uma realidade constante para muitas crianças e adolescentes no Brasil e no mundo. E embora o termo esteja associado, na maioria das vezes, ao ambiente escolar, sabemos que essa forma de violência ultrapassa os muros da escola — e pode se manifestar também no ambiente virtual, na forma do chamado cyberbullying.

Esse tipo de agressão, que pode acontecer por meio de mensagens, comentários e publicações em redes sociais, está crescendo de maneira preocupante. Segundo um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado com jovens de 44 países, um em cada seis adolescentes entre 11 e 15 anos foi vítima de bullying online em 2022.

Mesmo sem a participação do Brasil na pesquisa, os dados nos convidam a refletir sobre um problema que já está presente no cotidiano de muitas escolas brasileiras. E não apenas educadores e famílias precisam se envolver na solução: o combate ao bullying exige um esforço conjunto da sociedade.

A força (e o risco) do anonimato na era digital

Um dos fatores que impulsionam o crescimento do cyberbullying é o anonimato oferecido por muitas plataformas digitais. Fóruns, redes sociais e grupos de mensagens onde não há identificação clara do autor facilitam a disseminação de discursos de ódio e intimidação.

Como explica o consultor pedagógico Saulo Pereira, do Programa LIV, a violência online se alastra com facilidade justamente porque não exige contato físico direto. “É uma violência que atravessa telas, e que pode atingir com profundidade quem está do outro lado”, comenta.

O papel das escolas na prevenção ao bullying

O ambiente escolar ainda é um dos principais espaços para identificar e atuar na prevenção do bullying. Mas não basta reagir a casos pontuais — é preciso cultivar uma cultura de respeito, empatia e escuta ativa desde cedo.

Práticas como rodas de conversa, semanas temáticas sobre diversidade e canais seguros para escuta e acolhimento são estratégias que podem ajudar a construir um ambiente mais saudável. Como aponta Saulo, é importante que as vítimas se sintam protegidas e que a escola se comprometa com a construção de vínculos genuínos com seus alunos.

A importância do trabalho em rede

O enfrentamento ao bullying e aos discursos de ódio não pode ser responsabilidade exclusiva das instituições escolares. É fundamental que a sociedade como um todo atue na desconstrução de comportamentos violentos e na promoção de políticas públicas voltadas para a convivência respeitosa.

Nesse sentido, a cartilha produzida pelo LIV é uma ferramenta importante para educadores, gestores e famílias refletirem sobre o ciclo da violência e encontrarem caminhos possíveis para a construção de relações mais saudáveis.

Além disso, o conteúdo “A nova lei que criminaliza o bullying é suficiente?” traz uma análise sobre o papel da legislação e os desafios que ainda precisamos enfrentar para garantir ambientes escolares seguros.

Educação socioemocional: um caminho para a mudança

Investir no desenvolvimento de habilidades como empatia, escuta ativa e pensamento crítico é essencial para transformar a cultura de convivência nas escolas. E é justamente essa a proposta do Programa LIV, que apoia instituições de ensino a construir ambientes acolhedores, onde a diversidade é valorizada e os conflitos são mediados com diálogo.

Materiais como o Manual LIV de Convivência e as propostas pedagógicas voltadas para a escuta e o acolhimento fazem parte de uma abordagem que entende o desenvolvimento socioemocional como eixo central da educação.

Quer saber mais sobre como construir uma escola que promove o respeito e combate o bullying todos os dias? Acesse aqui o conteúdo completo do Encontro com Especialista LIV sobre bullying.

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