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Entenda como o bullying afeta crianças e adolescentes em fase escolar e saiba por que ele merece sua atenção!

Você já conversou sobre bullying com seus alunos ou com seus filhos? Assunto difícil para muitas pessoas, esse fenômeno é bastante comum na fase escolar. E, por acontecer tanto nas relações presenciais quanto on-line, ele merece um olhar especial de todos os educadores e responsáveis por crianças e adolescentes.

Em linhas gerais, atitudes agressivas, sejam verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, são definidas como bullying. Essas situações envolvem uma ou mais pessoas e têm a intenção de intimidar ou causar dor e angústia em outro indivíduo. Muitas vezes, elas se baseiam na tentativa de instituir alguma relação de poder e divergem de brigas esporádicas ou discussões pontuais.

Mas por que o bullying acontece?

Ao pesquisar a resposta para essa pergunta você vai descobrir que não existe apenas uma explicação, pois a interpretação de um caso de bullying depende de cada realidade.

Márcia Frederico, psicóloga e consultora pedagógica do LIV, explica que, de modo geral, os casos de bullying acontecem entre indivíduos da mesma condição hierárquica. “Não existe bullying de professor para aluno ou o oposto, pois nesse caso existe distinção hierárquica da relação de poder”, esclarece.

Outro ponto que caracteriza o bullying são os seus atores principais. Para além de uma simples relação entre “aquele que agrediu” e “aquele que foi agredido” (e que não necessariamente estão sozinhos nessas posições), existe ainda um outro posicionamento que afeta essa cena, envolvendo pessoas que sabem do bullying e agem de forma silenciosa, omissa ou passiva, mesmo que por medo. Não há uma definição exata de quem é cada um deles, pois o bullying é uma prática social com diversos fatores que o implicam.

É importante lembrar que identificar os envolvidos não significa culpabilizar ou falar em tom de acusação. A intenção é entender que lugares as pessoas – e até nós mesmos – ocupamos dentro do ciclo do bullying. E esses lugares não são fixos, pois nos relacionamos de diferentes maneiras com pessoas distintas e em lugares diversos.

“Entre crianças de uma escola, é comum o medo de fazer alguma coisa e passar também a ser alvo desse agressor ou de um grupo de agressores. Mas é exatamente nesse caso que existe o poder de intervenção. Se esses alunos fizerem algo nesse sentido, como comunicar um adulto que eles têm confiança, eles podem fazer com que o quadro do bullying se desfaça, se desconstrua”, destaca Márcia.

A consultora do LIV afirma também que, por ser um termo mais recente, muitos adultos costumam se referir ao bullying como algo que não acontecia no seu tempo ou até minimizam o fato, dizendo que eles sobreviveram aos apelidos e ofensas que recebiam na infância. “E não é bem sobre isso que estamos falando. Uma ofensa ou um xingamento é desagradável, bastante difícil de lidar, mas o bullying tem algumas características próprias que o definem”. Veja a seguir.

O que caracteriza um caso de bullying?
  • É uma agressão verbal ou física;
  • Ocorre de forma intencional, deliberada;
  • Nem sempre tem definição ou motivo aparente;
  • Acontece de forma sistemática e repetitiva.

Com as mídias sociais e a proliferação do uso do celular, por exemplo, o fenômeno certamente se agravou, e passou a existir até mesmo o cyberbullying – versão virtual desse tipo de violência.

Hoje, a publicação de vídeos ou mensagens de voz que debocham de um colega ou veiculam uma situação constrangedora são alguns exemplos que circulam entre alunos, algo que também precisa ser levado em conta pelas famílias e pelas escolas.

A importância da família no combate ao bullying

Uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da USP, revelou que famílias que mantêm um diálogo aberto com seus filhos têm menos probabilidade de enfrentar problemas com o bullying.

Os dados apontam a importância de manter conversas que estimulem as crianças a desenvolver um olhar atento para o outro e a pluralidade da sociedade, na qual o respeito é fundamental para estabelecer conexões ao longo da vida.

É importante lembrarmos sempre que as crianças e os adolescentes desempenham diferentes papéis em suas vidas. Você não se apresenta da mesma maneira no trabalho e em casa, não é mesmo? Em casa, em geral, as famílias enxergam apenas um recorte de como seus filhos se relacionam. Na escola, existe outro recorte, outras interações.

Não se trata de tentar achar alguma “verdade” sobre a criança ou o adolescente, e sim ter uma visão mais ampla de como eles podem se relacionar com o mundo e com eles mesmos.

Como desconstruir o ciclo do bullying

A repercussão de casos relacionados à violência de bullying incentivou, em 7 de abril de 2016, a criação do Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, instituído como uma iniciativa para chamar a atenção para esses problemas e estimular a reflexão sobre o tema. Mas o combate, de fato, precisa acontecer o ano todo e nos mais diversos cenários.

Assim, embora o combate ao bullying aconteça dentro das escolas, essa atitude também precisa ter lugar dentro de casa. “A postura dos pais no relacionamento com as pessoas em geral serve de exemplo, para o bem e para o mal, pois ‘ensina’ aos filhos como devem tratar os colegas de escola. Além de mostrar exemplo, é preciso também conversar com eles sobre os danos irreparáveis que as atitudes imediatistas do bullying podem causar”, pontua a socióloga e educadora Lourdes Atié.

Ela diz também que a escola e a família podem colaborar, evitando situações de repetição de maus tratos entre os estudantes, mas tendo cuidado para não rotular todos os confrontos como bullying, pois o excesso de proteção pode transformar uma brincadeira em algo extremamente negativo, por confusão ou precipitação.

“Melhor que proteger é conseguir evitar que os casos de bullying aconteçam. E a palavra-chave para isso é cooperação, pois prevenir é sempre melhor do que punir”, destaca Lourdes, e conclui:

“Seria um avanço entender que há atitudes erradas que podem ser facilmente contornadas, até com um simples e sincero pedido de desculpas. Do contrário, estaremos cerceando os estudantes de aprender a se relacionar; eles passarão a ter medo de desenvolver relações sociais ou manifestar suas opiniões, quando, pelo contrário, precisam aprender a exercer a liberdade com ética, dentro dos limites do respeito. Isso só se aprende praticando e errando, em clima de confiança e solidariedade”.

Um programa que desenvolve a inteligência emocional e combate ao bullying

Para ajudar as escolas parceiras a desenvolver ferramentas que permitam evitar o bullying entre seus alunos, seja no ambiente presencial ou virtual, o programa LIV oferece um currículo que possibilita tanto desenvolver a inteligência emocional das crianças quanto incentivar a empatia e as habilidades socioemocionais – como pensamento crítico, perseverança, proatividade, colaboração, comunicação e criatividade.

Um dos destaques do material LIV na abordagem do bullying é a série em vídeo Supernova, uma trama exclusiva sobre amizade, vida escolar e amadurecimento. Nas escolas parceiras, a série é utilizada como material de apoio para turmas do 6º ano do Ensino Fundamental e tem conquistado fãs entre educadores e alunos em todo o Brasil.

Supernova é um seriado muito atual, feito especialmente para adolescentes, que conta a história de três amigos que descobrem a existência de um tesouro e vivem grandes aventuras para encontrá-lo. Amizade, separação, confiança e suporte são alguns dos temas abordados nessa série, que certamente é um grande sucesso entre os estudantes. Confira o trailer para saber mais:

YouTube player

A série Supernova é apenas um dos exemplos de material de apoio criado pelo LIV para abordar o tema bullying de um modo inovador. Ao longo de cada etapa de ensino, o assunto é apresentado por uma variedade de materiais, como jogos, textos e dinâmicas, tudo sempre adequado para a respectiva faixa etária.

Além disso, especialistas do LIV e convidados estão constantemente em contato com as escolas parceiras para tratar do tema, com ações que incluem encontros, rodas de conversa e palestras com educadores e famílias. Para entender melhor, clique aqui.

Quer saber mais? Acesse o e-book Educação e Afeto nas Escolas: Histórias que Acolhem e conheça depoimentos reais de educadores e instituições parceiras do LIV!

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