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Desenvolver habilidades socioemocionais ajuda gestores a manterem uma boa comunicação com a equipe

Não é fácil administrar uma escola: além dos desafios pedagógicos, é preciso lidar com as expectativas das famílias, nem sempre parecidas, e questões financeiras. Outro ponto fundamental é prestar sempre atenção às demandas da equipe. Construir um ambiente acolhedor, no qual os colaboradores possam ter segurança para expor suas opiniões e, ao mesmo tempo, ser capaz de lidar com os inevitáveis conflitos, são tarefas que requerem habilidades socioemocionais do gestor.

E, sem dúvida, uma das soft skills mais importantes é a comunicação. O gestor não deve apenas saber se expressar. Ele precisa, principalmente, saber ouvir o que a comunidade tem a dizer.

Para facilitar o processo, é possível tomar atitudes simples, como implantar canais físicos ou digitais, ou até mesmo estabelecer reuniões periódicas para falar sobre acertos, insatisfações e eventuais mudanças de rumo.

Saber ouvir: uma habilidade que precisa ser desenvolvida

Mas, além de oferecer um espaço de fala, o gestor que desenvolve uma escuta ativa consegue construir uma relação de confiança com toda a equipe. Quando ele se mostra atento e curioso às ideias alheias e faz questão de acolhê-las, torna o ambiente melhor.

“Não adianta o profissional da escola ter um espaço para falar, mas não ser ouvido de fato. O gestor precisa fazer com que os funcionários entendam que suas ideias foram levadas em consideração, mesmo que não possam ser implantadas. Acolher não é dizer sim o tempo todo, mas fazer o funcionário entender que teve espaço”, diz Renata Ishida, gerente pedagógica do LIV.

Comunicação não-violenta: saiba como a técnica inventada há 60 anos ainda é útil

A adoção da comunicação não-violenta, um método de solução de conflitos baseado na empatia, parceria e cooperação, desenvolvido pelo psicólogo clínico norte-americano Marshall Rosenberg, nas décadas de 1960 e 1970, é outra estratégia que propicia um diálogo enriquecedor entre diretores, corpo docente e demais profissionais da escola. Ela se baseia em quatro pilares: observação, sentimentos, necessidades e pedidos. Conheça cada um deles:

Cada um no seu quadrado (mas nem sempre)

Segundo Renata, outro método para melhorar a comunicação com a equipe é ter clareza sobre os papéis que cada um desempenha. “Ter processos de trabalho bem definidos, saber quais são as expectativas para cada um, criar protocolos para que, se algo fugir do esperado, a equipe saiba como agir. Tudo isso evita ruídos na comunicação e faz com que os profissionais fiquem mais seguros para atuar e sintam-se amparados pela escola”, diz.

Os processos, frisa a gerente pedagógica do LIV, não precisam ser “engessados”. O gestor pode e deve convocar a equipe para saber como melhorá-los, incentivando assim a cooperação, outra habilidade socioemocional importante.

Saber delegar: a saúde mental agradece

A saúde mental da equipe também deve ser uma prioridade dos gestores. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Brasília, realizada em 2017, quase 30% dos professores de ensino básico entrevistados apresentaram alto nível de exaustão emocional. Uma boa bússola para avaliar como está a saúde mental dos colaboradores é identificar se a gestão preza pela colaboração ou pela competitividade.

O gestor, que sofre diferentes tipos de pressão, também não está imune ao esgotamento ou outros problemas de saúde mental. Saber que não é obrigatório ter resposta para tudo pode aliviar a carga a qual ele é constantemente submetido.

“Muitos pensam que dizer ‘não sei’ demonstra falta de autoridade. Mas o gestor pode se mostrar vulnerável e delegar tarefas. Só precisa entender que as pessoas não vão fazer do mesmo jeito que ele. Afinal, quando se está em grupo, os conflitos e diferenças vão existir. Basta saber diferenciar o que é desrespeito e divergência para criar caminhos”, recomenda Renata.

Além disso, o gestor que se mostra vulnerável, quando necessário, se comunica melhor com a equipe. “Os gestores devem se perguntar: ‘é preciso que eu esteja feliz o tempo todo para motivar a minha equipe? Ou será que demonstrar que estou triste, mas que consigo superar, não é mais inspirador?’”, indaga Renata. As emoções, lembra, podem fazer com que olhemos com mais profundidade para problemas e ajudam até mesmo a repensar processos de trabalho.

Como o material do LIV pode ajudar o gestor

O material pedagógico das aulas do LIV, voltado para alunos e professores, pode ser útil para discutir questões do cotidiano do gestor. Além de ajudar a pensar nas habilidades socioemocionais, auxilia o planejamento. “Há material que pode ajudar a otimizar um debate, a lidar com uma turma nova. Ele pode ser aplicado no dia a dia do gestor, quando ele precisa aprofundar ou tornar mais dinâmica uma reunião, ou integrar novas equipes”, lembra Renata.

O e-book “5 desafios de todo gestor escolar e ideias para superar” pode auxiliar a melhorar a comunicação de sua escola e também a pensar em organização financeira, entre outros temas.

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