No mês do educador, a Colunaa do LIV destaca a importância do acolhimento emocional e do cuidado com quem transforma a aprendizagem todos os dias
Entramos no mês do educador, um momento em que sempre reconhecemos e valorizamos o papel fundamental dessa função! Todo mundo tem na memória um professor que marcou sua trajetória de alguma forma. Pode ter sido aquele que acreditou em nós quando duvidamos das nossas próprias capacidades, ou aquele que, com uma frase simples, abriu horizontes que nunca tínhamos imaginado. Essas lembranças ficam guardadas não apenas pelo que foi ensinado, mas pela forma como fomos vistos e acolhidos.
Talvez seja por isso que tantos filmes e séries retratam a figura do educador: em Sociedade dos Poetas Mortos, Escritores da Liberdade, Coach Carter e Merlí. A cultura insiste em mostrar professores como personagens marcantes na nossa jornada. E essas narrativas emocionam porque traduzem algo essencial: educar não é apenas transmitir conhecimento, mas se tornar parte da vida de alguém.
Mas se na ficção os professores aparecem como protagonistas inesquecíveis, na vida real eles também enfrentam seus próprios desafios. Por trás das histórias que marcam os alunos, existe uma rotina que exige equilíbrio, reinvenção e, acima de tudo, cuidado.
O desafio de “ser professor”
Ser professor é, muitas vezes, equilibrar diversos papéis ao mesmo tempo. É quem inspira, direciona e motiva, mas também alguém que enfrenta dúvidas, limites e fragilidades. O docente ensina enquanto aprende, reinventa-se a cada turma e a cada geração. Por isso, precisa de espaços de acolhimento, onde possa ser apoiado e fortalecido, e não apenas exercer o papel de quem cuida.
Esse é um aspecto muitas vezes esquecido quando se fala sobre educação. Costuma-se valorizar a resiliência e a dedicação do professor. Mas não podemos esperar que ele seja um exemplo constante de paciência, criatividade e inspiração, ainda mais sem que haja suporte suficiente para que ele também se sinta acolhido. O educador precisa de pausas, escuta, troca com colegas e reconhecimento.
Quando o professor encontra esses espaços de acolhimento, sua prática ganha outra dimensão. Não se trata de acumular novas tarefas, mas de criar oportunidades para se reconectar consigo mesmo: um momento de silêncio, uma conversa com colegas, uma pausa para refletir no fim do dia.
É nessa perspectiva, longe dos holofotes, que se mostra a importância de olhar também para quem educa. Reconhecer e apoiar o professor não é apenas um gesto de valorização. É algo essencial para a educação: ‘o cuidado com quem cuida’. É nesse propósito que o LIV atua.
O suporte do LIV para os educadores nas escolas
O LIV, programa brasileiro referência em educação socioemocional, acredita que o cuidado precisa ser estruturado de forma a envolver alunos, educadores e famílias. Sabemos que isso não é uma tarefa simples para a gestão escolar. Por isso, o trabalho do programa vai além do desenvolvimento socioemocional dos alunos: também priorizam o bem-estar de quem conduz o processo de ensinar. Cria experiências que convidam o educador a olhar para si mesmo, reconhecer suas emoções e desenvolver estratégias para enfrentar os desafios da sala de aula.
E isso não significa oferecer respostas prontas ou acrescentar novas demandas, mas abrir caminhos para que cada professor encontre um espaço seguro na comunidade escolar para si. Cuidar da escola é, antes de tudo, cuidar de quem a faz existir todos os dias.
No LIV, por exemplo, existem rencontros e plantões pedagógicos, momentos de compartilhamento de experiências de sala de aula, vulnerabilidades e boas práticas. Os professores se acolhem coletivamente. Muitos relatam como é importante ter uma rede de apoio e estar entre pares.
Você pode conhecer melhor a metodologia LIV aqui!
Confira o Encontro com Especialista LIV com Elisama Santos!

Para aprofundar essa reflexão, que tal, por um instante, voltarmos a atenção para quem sempre cuida dos outros? Essa foi a proposta de um Encontro com Especialista LIV, _“Eu cuido da escola, mas quem cuida de mim? Inteligência emocional para a rotina escolar”_, com a participação de Elisama Santos. Nessa palestra, convidamos os educadores a refletirem sobre suas fragilidades não como falhas, mas como parte essencial da jornada de ensinar.
O conteúdo gratuito apresenta estratégias de autocuidado e de desenvolvimento de habilidades socioemocionais que podem transformar a rotina docente. Em tempos em que tanto se fala sobre preparar os alunos para lidar com suas emoções, é fundamental lembrar que os professores também precisam ter as suas reconhecidas e acolhidas. Só assim poderão exercer seu papel de forma saudável, potente e duradoura.