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Atividades interdisciplinares e práticas reflexivas são utilizadas para fortalecer o pensamento crítico e a argumentação fundamentada dos estudantes

Na educação do século 21, promover o pensamento crítico é fundamental para formar cidadãos conscientes e capazes de analisar a realidade com uma visão interdisciplinar. No livro “Desenvolvimento da Criatividade e do Pensamento Crítico dos Estudantes”, o pensamento crítico é definido como a capacidade de avaliar e julgar cuidadosamente informações, ideias e teorias, com o objetivo de alcançar um posicionamento competente e independente.

De acordo com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o pensamento crítico abrange quatro eixos: questionamento, imaginação, ação e reflexão. Por isso, é fundamental que a curiosidade, a aplicação de conteúdo em situações reais, as atividades práticas e coletivas, bem como a visão crítica sobre informações façam parte do dia a dia dos professores.

Por conta disso, Nicole Silva Stallivieri, assessora pedagógica da Plataforma Amplia, separou algumas dicas de como os professores podem incentivar o desenvolvimento do pensamento crítico entre os alunos. Criada em 2014, a Amplia é um sistema de ensino para educação básica com um currículo completo que inclui habilidades acadêmicas e socioemocionais, além do trabalho com a cidadania e o uso de tecnologia educacional a favor do aprendizado.

3 pontos focais para implementar o desenvolvimento de pensamento crítico

O conceito de desenvolver o pensamento crítico na escola envolve dar ao aluno a capacidade de analisar questões, racionalizar e tomar decisões com independência, racionalidade e clareza. Ou seja: um estudante com o pensamento crítico mais desenvolvido tem muito mais autonomia no próprio aprendizado.

Mas quais são as melhores estratégias para o desenvolvimento do pensamento crítico? E como inserí-las no planejamento pegagógico da sua escola?

Pela sua importância na educação, o pensamento crítico é uma das 10 competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que o Ministério da Educação (MEC) entende como indispensáveis à formação de um cidadão. Eis algumas dicas para fazer sso funcionar na sua escola.

Atividades utilizadas em sala de aula

Atividades específicas como debates sobre temas atuais, pesquisas estruturadas em fontes confiáveis, discussões fundamentadas em evidências, entre outras permitem que os estudantes desenvolvam habilidades para avaliar informações, construir argumentos sólidos e interagir de maneira crítica com os conteúdos que consomem, principalmente em um mundo digital cada vez mais dinâmico.

“O pensamento crítico está associado a um modo de pensar inquisitivo, ou seja, na sala de aula quando os professores utilizam imagens, textos motivadores, filmes, músicas ou peças de teatro, eles despertam a curiosidade dos alunos e promovem a reflexão”, disse Nicole

Segundo ela, na era da Inteligência Artificial, é crucial que os alunos aprendam a questionar e refletir sobre informações superficiais, compreendendo que o conhecimento se constrói com pesquisa, tempo e discussão. “É cada vez mais importante que os alunos desenvolvam a capacidade de questionar e desconfiar de respostas rápidas e prontas, refletir sobre possíveis soluções objetivas para problemas complexos e compreender que todo o conhecimento se constrói com pesquisa, discussão, metodologia, perspectivas e tempo”, ressaltou.

Estratégias de participação ativa

Metodologias ativas, como aprendizagem baseada em problemas e projetos, colocam os alunos no centro do processo educativo. Atividades em que cada estudante tem uma responsabilidade específica, seja por meio de textos, vídeos, apresentações ou podcasts, garantem que todos participem e desenvolvam suas habilidades de argumentação. O contato com diversos materiais, como livros, dados estatísticos e filmes, amplia o repertório dos alunos, facilitando a construção de argumentos sólidos.

Os projetos interdisciplinares são incorporados para promover a avaliação crítica de informações, pois permitem que os alunos explorem diferentes pontos de vista e relacionem conhecimentos de várias disciplinas para resolver problemas reais. Essa abordagem promove a tomada de decisão, o trabalho em equipe, a cooperação e a responsabilidade. Um exemplo é a análise das enchentes no Rio Grande do Sul na qual conhecimentos de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências são mobilizados para uma compreensão profunda e crítica da situação, desenvolvendo um senso crítico nos alunos.

Material didático: apoio ao pensamento crítico

Atualmente, a informação é facilmente acessível, por isso, o material didático deve ser dinâmico e contextualizado para atender às necessidades dos estudantes. Materiais que contextualizam os assuntos, promovem atividades diversificadas e trazem elementos da realidade do aluno são essenciais para apoiarem os professores no desenvolvimento do pensamento crítico de seus alunos.

Nicole diz que a Amplia oferece um material didático que trabalha com a contextualização de conteúdos de maneira sistematizada, estimulando a curiosidade, a pesquisa, e a aplicação prática dos conteúdos, apoiando o desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes.

Os professores podem também adaptar o uso do material didático no sentido de criar estratégias que promovam o pensamento crítico a partir da mobilização de conhecimentos prévios, condução de pesquisas, curadoria crítica de dados, atualização constante de informações e debates coletivos. Dessa forma, os alunos terão uma visão aprofundada sobre a aplicação de conceitos em contextos variados e atuais, reconhecendo nos conteúdos escolares elementos da realidade dele.

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