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Índice ABMES/Symplicity de Empregabilidade 2023 identifica diferenças significativas na empregabilidade e na renda média por raça, gênero e idade

A formação superior tem se mantido como diferencial quando o assunto é garantir uma colocação no mercado de trabalho. De acordo com o Índice ABMES/ Symplicity de Empregabilidade 2023 (IASE), 75,6% dos egressos do ensino superior estão empregados após um ano da colação de grau, e 83,1% deles, na área de formação. Os percentuais são maiores do que na apuração do ano passado, quando 69% conseguiram trabalho logo que saíram do ensino superior e 70% encontraram oportunidade na área de graduação.

A remuneração média também aumentou. Passou de R$ 3.821 para R$ 4.167 – um crescimento de 9% (Gráfico 1). Merecem destaque os egressos dos cursos de Computação, que encontram salários médios de R$ 6.180, cerca de 50% acima da média. O diretor presidente da ABMES, Celso Niskier, comentou os dados: “Percebemos com satisfação que houve um aumento da empregabilidade em relação ao ano passado, com destaque para o crescimento da área de Tecnologia da Informação, cuja renda média aumentou de R$ 4,1 mil para R$ 6,1 mil”.

Gráfico 1 – Índice ABMES/Symplicity de Empregabilidade 2023

Nesta edição foi avaliada a colocação profissional de mais de 4,8 mil egressos que colaram grau entre meados de 2021 e meados de 2022. Ou seja, ainda sob efeito das consequências da pandemia e do início da retomada econômica. O volume de participantes cresceu 147% em comparação com a primeira amostra, quando quase 2 mil recém-formado responderam à pesquisa.

Levantamento inclui novos dados a partir de 2023

O IASE 2023 explorou dados de gênero, faixa etária e raça pela primeira vez. Em um panorama geral, homens têm maior empregabilidade (82,2%) em comparação às mulheres (74,1%). A renda também tem sido superior para o sexo masculino. Segundo o levantamento, os homens (R$ 5.120) recebem, em média, 40% a mais que as mulheres (R$ 3.658).

No quesito raça, os brancos têm mais empregabilidade (81%) e maior renda média (R$ 4.642) em comparação aos demais. A maior distância está no grupo de pretos, em que 63% estão atuando como profissionais na área de formação e a remuneração média é de R$ 3.288, valor 30% menor que os brancos.

Gráfico 2 – Comparação da empregabilidade conforme raça e área de conhecimento dos egressos

Há ainda uma diferença entre o aproveitamento do mercado de trabalho conforme a faixa etária dos egressos. A maior faixa de empregabilidade encontrada pelo IASE 2023 se concentra entre aqueles que têm entre 25 e 35 anos (51%), sejam trabalhando quanto trabalhando na área de formação. Em contrapartida, a idade tem vínculo direto com a remuneração. Os mais jovens (entre 18 e 24 anos) recebem 33% menos que os mais experientes – acima dos 50 anos.

“Lamentavelmente, percebemos que o mercado de trabalho ainda privilegia homens brancos e jovens em detrimento de mulheres, pretos e pessoas mais velhas. Precisamos de políticas públicas que promovam maior empregabilidade e renda para esses grupos populacionais menos favorecidos”, disse Niskier.

Como funciona o Índice ABMES/Symplicity de Empregabilidade 2023

O Índice ABMES/Symplicity de Empregabilidade foi elaborado pela ABMES em parceria com a Symplicity – líder global em soluções de software de empregabilidade e engajamento estudantil. O estudo tem como objetivo formatar uma maneira padronizada de acompanhar os resultados de egressos e implantar indicadores de empregabilidades de relevância nacional, baseado em modelos já maduros aplicados em países que se destacam no tema, como EUA e Irlanda, com as adaptações necessárias para adequação ao cenário nacional.

Em 2023, foram coletados dados de 4.792 egressos de graduação que colaram grau entre julho de 2021 e junho de 2022 de 66 instituições privadas de ensino superior de todas as regiões do País. A apuração ocorreu entre março e julho de 2023.

Assim como na primeira edição, o levantamento de informações primárias foi realizado por essas instituições, seguindo o modelo de questionário quantitativo, acordado entre os participantes do Grupo de Trabalho criado pela parceria que teve o apoio do Inep. Os resultados incluem referências, como: o tipo de colocação profissional, média salarial e educação continuada.

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