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Ecossistema Square já reúne 11 startups que impactam mais de 10 mil escolas, 250 mil professores e 4,5 milhões de alunos nas redes pública e privada

Em 2020, na cidade do Rio de Janeiro, um grupo de seis sócios se uniu em torno de um propósito comum: tornar o acesso à tecnologia educacional democrático, escalável e disponível ao setor público. Estava fundado, por Jonas Gomes, Alex Pinheiro, Ricardo Schneider, Luiz Nogara, Reinaldo Mello e Richard Pluznik o Ecossistema Square. O objetivo foi o de atrair edtechs para proporcionar um aprendizado baseado em evidências e liberdade de escolha de soluções para as instituições de ensino.

Desde então, já se juntaram ao Ecossistema 11 startups que impactam mais de 10 mil escolas, 250 mil professores e 4,5 milhões de alunos na educação pública e privada. O Ecossistema Square já aportou mais de R$ 70 milhões nas startups de educação que fazem parte do portfólio: as brasileiras Layers, Proesc, Motrix, Qstione, Flexge, Baya e Mobile Brain, a mexicana Lírica e a francesa Nolej. Também são parte do Ecossistema empresas parceiras como a Systemic e Realms/IP.TV.

“A integração de soluções educacionais consiste na combinação de diversos recursos e tecnologias para criar um ambiente educacional mais completo, coerente e eficaz. Isso implica em permitir que plataformas de aprendizado, conteúdo didático e outras ferramentas digitais sejam acessíveis e interajam entre si de forma segura e automática. No Brasil, isso pode significar superar disparidades de acesso, oferecer uma educação mais personalizada e promover uma colaboração mais ampla entre escolas, professores, alunos e famílias. Essa abordagem pode ajudar a elevar o padrão educacional, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e equitativa”, disse o CEO e cofundador do Ecossistema Square, Alex Pinheiro.

Setor público: momento propício para investimentos

Dados mostram que a disponibilidade de recursos para o setor público de educação está crescendo. A previsão do Orçamento de 2024, aprovada pelo Congresso em dezembro de 2023, prevê um total de R$ 180,5 bilhões para a educação, bem como um crescimento de 17,3% para o Fundo de Manutenção da Educação Básica, atingindo R$ 46,8 bilhões a serem distribuídos.

“De dois anos pra cá, começamos a notar uma maior demanda por inovação na educação pelo setor público, refletindo na ampliação dos negócios das empresas do Ecossistema”, afirmou o cofundador do Square, Ricardo Schneider.

Dados do Censo Escolar de 2022 também corroboram a necessidade de mais inovação na educação pública: foram registrados mais de 47,4 milhões de estudantes matriculados em pelo menos 178,3 mil instituições de ensino básico, um aumento de 714 mil em relação a 2021, não há como prover educação de qualidade nessa escala sem a integração profunda de soluções e o uso extensivo de inteligência de dados.

Legenda: Os cofundadores do Ecossistema Square unidos para tornar o acesso à tecnologia educacional democrático (Foto: Divulgação)

Ainda de acordo com o executivo, é necessário considerar que a sociedade contemporânea demanda cada vez mais conhecimentos e habilidades, por isso a necessidade de ampliar o potencial de ensino-aprendizagem da maioria da população, que é atendida pela educação pública. “Acreditamos que, por meio de startups de educação  provendo tecnologia avançada de forma escalável e integrada, podemos fomentar uma educação pública mais eficiente e inclusiva”.

O interesse dos parlamentares pela educação também demonstra crescimento, com discussões mais latentes sobre investimentos e sobre o futuro do setor. A Frente Parlamentar Mista de Educação no Congresso Nacional, por exemplo, teve um aumento significativo no número de parlamentares envolvidos desde sua criação em 2019: atualmente, são 312 deputados federais e 42 senadores, representando atualmente a maior bancada no Congresso.

Square: propósito baseado em evidência

“Ouse Saber” é o slogan do Ecossistema Square, fundamentado nos princípios do Iluminismo. Este lema destaca a superioridade da razão em relação ao “achismo”, ressaltando a importância de fundamentar-se no conhecimento científico, em contraste com suposições ou intuições.

“A evolução do ensino reside em capacitar os professores e as escolas com base na ciência e no saber, em vez de presunções. Isso implica em oferecer soluções integradas e uma abordagem educacional que se apoia em evidências sólidas, em contraposição a meras conjecturas”, resumiu Ricardo Schneider.

Para Alex e Ricardo, soluções monolíticas não conseguirão superar as disparidades na educação, garantindo que todos os alunos tenham acesso a recursos e ferramentas educacionais de qualidade, independentemente de sua localização geográfica ou condição socioeconômica. Portanto, a integração de soluções diversas é chave para a eficácia do ensino-aprendizagem no setor público.

“As premissas fundamentais do Ecossistema Square são a aprendizagem baseada em evidências e a interoperabilidade de uso e pedagógica. Com isso, soluções distintas chegam profundamente integradas na ponta. Isso significa que elas têm o potencial de processar dados com segurança e rapidez, se conectar a outras soluções serem personalizadas de acordo com as necessidades das instituições de ensino e alunos”, explicou Alex Pinheiro.

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