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Seja nos cursinhos preparatórios ou nas universidades, a nova proposta é o ensino phygital; e esse modelo não é passageiro

Hoje, após quase três anos vivendo em um cenário de transformação, um novo modelo de ensino surgiu e está cada vez mais popular e presente nas escolas, universidades e cursinhos preparatórios para provas: o ensino phygital. O termo se refere à junção das palavras “physical” (físico, em inglês) e “digital”. A ideia é representar a integração entre o online e offline, visando a proporcionar aos estudantes experiências cada vez mais interativas e personalizadas.

Ao longo de 2021, de acordo com pesquisas recentes, mais de 3,7 milhões de estudantes brasileiros se matricularam em cursos a distância. Segundo levantamento do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o percentual de matriculados em EAD aumentou 274,3%, nos últimos dois anos. No entanto, fica cada vez mais claro que não é preciso optar por um outro modelo (online ou presencial). Na verdade, um formato precisa do outro para que o ensino seja mais completo e atenda às necessidades dos estudantes.

“O isolamento social impediu os alunos de saírem de casa, e, com isso, a única forma possível de continuar a estudar era por meio da Internet. Assim, muitos jovens aderiram ao ensino online e tiveram a oportunidade de aprender fora de uma sala de aula tradicional”, disse Michel Arthaud, influenciador e professor de Química da Plataforma Professor Ferretto, focada no conteúdo complementar para o Ensino Médio e preparação para Enem e vestibular, que tem cerca de 50 mil alunos de todo o Brasil.

Na visão do educador, já não é possível distinguir com tanta clareza até onde vai o ensino tradicional e onde começa o aprendizado online. Até mesmo porque cada vez mais professores utilizam recursos digitais para chamarem a atenção dos seus alunos — mesmo em uma aula presencial. E o aprendizado acaba acontecendo o tempo todo, no dia a dia do aluno.

“Acreditar que o ensino a distância é um complemento do presencial hoje é uma visão ultrapassada, pois na verdade as duas realidades estão interconectadas, e muitas vezes é até mesmo difícil diferenciar o que é físico o que é digital. Então, não se deve mais pensar em optar por um ou outro modelo, ou pelo aprendizado pelos canais online como algo complementar da aula ‘de verdade’, e sim ver que não é mais possível ensinar e aprender, de maneira de fato eficaz, adotando canais 100% presenciais, e é aí que entra o conceito de ensino phygital”, explicou Arthaud.

5 provas de que o ensino phygital veio para ficar

A Plataforma Professor Ferretto atualmente conta com mais de 50 mil estudantes em todo o país. É voltada à preparação para as provas do Enem e dos vestibulares mais importantes com aulas online. Nesse espaço virtual, os estudantes têm acesso a mais de 15 mil questões respondidas em vídeo para treinar, simulados online, correção de redação, resumos gráficos, apostilas.

Esse scout gerou uma expertise na educação online e presencial, que permite apontar as cinco provas de que o novo modelo veio para ficar. Confira!

  • Juventude hiperconectada

Não é difícil notar que, cada vez mais, a fronteira entre o “mundo real” (offline) e o “mundo virtual” (online) está menos clara. Enquanto as gerações mais antigas lembram com saudosismo da “vida analógica”, os mais jovens já nasceram na era da internet, em um ambiente hiperconectado, e não costumam fazer uma separação tão clara entre as duas realidades.

“O modelo phygital ganha cada vez mais espaço nas mais diversas áreas- cultura, comércio, marketing, saúde, tecnologia- e é claro que a educação não ficaria de fora. O conceito visa aproveitar o melhor dos dois mundos, oferecendo uma experiência mais imersiva e com mais possibilidade de interação, dessa forma construindo um ensino mais alinhado à realidade atual”, resumiu o docente.

  • Versatilidade

Hoje as distrações são muitas, e é um desafio cada vez maior para os jovens se concentrar e se aprofundar em um determinado assunto. “É um grande desafio para os professores de hoje, seja na aula presencial ou na remota, prender a atenção do aluno até o final da explicação. Hoje o jovem recebe múltiplos estímulos e é muito mais inquieto e imediatista do que as gerações anteriores. Sendo assim, o modelo phygital ajuda a fugir do ‘mais do mesmo’ e a manter a concentração do aluno, por ser mais versátil e oferecer os conteúdos em diferentes formatos e canais”, avaliou o professor da Plataforma Ferretto.

  • Aluno como protagonista de seu aprendizado
    Por meio das plataformas online e da mescla entre o offline e o online, os alunos ganham maior autonomia para aprender da maneira mais adequada ao seu perfil, diferentemente do modelo 100% presencial. “No aprendizado phygital, o estudante faz a gestão de seu próprio plano de estudos, se organizando para participar das aulas presenciais e para acessar os conteúdos online”, disse Arthaud.

No entanto, é claro que a disciplina do aluno é fundamental. “É preciso traçar um cronograma equilibrado, que contemple todas as disciplinas e as aulas presenciais e remotas, e seguir o que foi planejado. Não é recomendado faltar em aulas, sejam físicas ou remotas, nem deixar de lado as matérias que não gosta ou que têm mais dificuldade. Mas, se organizar de forma adequada, flui bem”, explicou.

  • Flexibilidade de horários
    Como parte dos conteúdos são apresentados de forma online, e as aulas ficam gravadas, os estudantes não precisam se adequar 100% do tempo a uma grade horária fixa, seguindo uma rotina menos “engessada”. “Cada um pode fazer seu planejamento como preferir, e pode alternar os estudos entre um dia e outro. Dividir as disciplinas da forma como fizer mais sentido para si. Independentemente do horário que o aluno prefira se dedicar ao aprendizado online. Manhã, tarde, noite, ou até madrugada, o importante é reservar de fato aquele período do dia para se dedicar aos estudos, sem distrações ou interrupções”, alertou o educador.
  • Melhor custo x benefício 
    De forma geral, as plataformas de ensino online oferecem preços mais acessíveis, já que não precisam de um espaço físico que comporte um número determinado de alunos. Como podem ser acessadas por milhares de estudantes, do Brasil todo, os valores são muito mais em conta que os dos cursos presenciais.

“Dessa forma, aliando o ensino presencial com o aprendizado pela internet, o modelo phygital permite oferecer educação mais acessível, sem deixar de lado a qualidade de ensino. Na internet, se trabalha em escala, e por trabalhar com turmas pequenas, devido à limitação física de uma sala de aula, obviamente o ensino tradicional é bem mais caro. Sendo assim, no phygital o aluno acaba tendo que investir menos, e também economiza por não precisar se deslocar todos os dias, poupando gastos excessivos com transportes, comida, etc”, garantiu o influenciador.

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