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Na coluna deste mês, Celso Niskier faz um resumo das ações da ABMES em prol da valorização de uma EAD de qualidade no país

Desde junho, quando o Ministério da Educação (MEC) suspendeu a criação de novos cursos de graduação a distância e anunciou a revisão da regulamentação para a modalidade, a ABMES tem se mantido firme na defesa da EAD e se colocado ao lado dos gestores públicos no sentido de auxiliá-los nesse processo.

Uma esfera estratégica de atuação tem sido a nossa participação no Conselho Consultivo para o Aperfeiçoamento dos Processos de Regulação e Supervisão da Educação Superior (CC-Pares), instituído no mesmo mês e que tem a reformulação do marco legal da educação a distância como um dos seus objetos de discussão. Ali, temos a honra de sermos muito bem representados pela querida Iara de Xavier, assessora da presidência da ABMES.

Na reunião da semana passada, apresentamos as nossas contribuições ao roteiro inicial desenvolvido pela Seres/MEC, ao mesmo tempo em que reforçamos o nosso posicionamento favorável à EAD por ser uma modalidade que favorece a inclusão e a diversidade. Também aproveitamos a oportunidade para ressaltar que, para a ABMES, a qualidade é um fator primordial e inegociável.

Em síntese, as contribuições da Associação se deram em três frentes: em relação aos processos pedagógicos e acadêmicos; no que diz respeito à definição e estruturação dos polos EAD; e a criação de um espaço específico dedicado ao perfil dos estudantes da educação a distância.

Também temos sido enfáticos na defesa da EAD no âmbito do Conselho Nacional de Educação (CNE), onde fui designado para presidir a comissão especialmente criada para debater as contribuições do órgão para os novos referenciais de qualidade da educação a distância.

Em relação à empregabilidade, a Associação tem trabalhado junto aos agentes públicos para desconstruir a percepção de que há preconceito no mercado de trabalho com os graduados a distância. Conforme mostrou a 3ª edição do Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE), lançado no mês passado, 77,3% dos formados em cursos presenciais estavam trabalhando até 18 meses após a conclusão do curso. Entre os graduados na modalidade a distância, o percentual é de 75%.

É compreensível que a explosão na quantidade de cursos e matrículas ocorrida nos últimos anos acenda o sinal de alerta dos gestores da política educacional. Contudo, a atenção tem que se dar no sentido de aprimorar o marco regulatório, e não desacreditar ou extinguir uma modalidade que tem se mostrado eficiente tanto na formação de profissionais qualificados quanto na democratização do acesso à educação superior.

Seja no CC-Pares, seja no CNE, esse é o diálogo que a ABMES tem construído, e que tem começado a resultar em consensos importantes. Assim, seguiremos nossa caminhada em prol de uma educação a distância forte, valorizada e, principalmente, de qualidade.

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