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Para o colunista Leonardo Libman, em 2050 a Inteligência Artificial guiará e proverá majoritariamente a educação mundial

Anos atrás, quando criança, sempre que tínhamos dúvidas sobre qualquer assunto, a melhor fonte de respostas sempre foram nossos pais e professores. Iniciamos uma transformação com o surgimento e democratização do acesso ao Google, hoje vemos a Inteligência Artificial nos proporcionando novos caminhos na adoção de conhecimento adicional.

Como característica principal as ferramentas de IA são muito baratas e eficientes, em breve veremos Instituições de Ensino e governos optando pela terceirização da grande parte do aprendizado.

Há um certo grau de histeria no ecossistema educacional atual quando o assunto é IA. Banir ou revogar acesso de alunos e professores a estas ferramentas é um erro crasso. Ao invés disso, as instituições de ensino deveriam gastar tempo e dinheiro, entendendo o modelo falido atual para ressignificar o futuro de seus alunos com novas ferramentas que já impactam o planeta.

Este momento conflituoso e negacionista de docentes e instituições de ensino frente a ferramentas de IA me remete a um momento recente em nossa história, quando taxistas tentaram de todas as formas conter a escalada e crescimento do Uber. A antiga crença de que um professor é detentor do absoluto conhecimento está fadado ao insucesso.

Imagine só se carteiros conseguiriam bloquear o surgimento do correio eletrônico, vulgo e-mail.

Este movimento de adesão a IA é irreversível.

Lembrem-se, a IA foi desenvolvida por seres humanos, ela evolui com seres humanos e sempre fará o que nós desejarmos que ela faça.

Abaixo endereço alguns impactos positivos da Inteligência Artificial que observaremos no ecossistema educacional:

  • Aprendizado personalizado: um dos impactos mais significativos da IA está na capacidade de customizar o ensino. Como sabemos o ser humano é único e irrepetível, sendo assim seus interesses, capacidade de absorção e QI variam. Nesta era moderna, nossas salas de aula convencionais lutam para que os alunos gostem de estudar. Só teremos alunos mais engajados nas aulas no momento em que suas necessidades e capacidades de aprendizagem forem preenchidas. Finalmente veremos uma IA que identificará pontos fracos e padrões de aprendizagem de cada aluno e proporá um plano de aprendizagem personalizado.
  • Acessibilidade: a tecnologia de IA rompe barreiras como status financeiro, localização e deficiência, tornando as pessoas mais igualitárias. Por exemplo, com aplicativos de aprendizagem de idiomas baseados em IA, os alunos podem aprender um novo idioma em seu próprio ritmo e sem a ajuda de um professor. Obviamente a questão de acesso à internet ainda dificulta a igualdade total de condições.
  • Custo-benefício: a acessibilidade da IA é outra vantagem. Sim, a tecnologia pode reduzir os custos educacionais ao automatizar trabalhos hoje analógicos. Isto poderia reduzir a necessidade de docentes, coordenadores, diretores e professores, poupando tempo e dinheiro aos pais dos alunos e às instituições de ensino.

Mas, será que é possível usarmos a Inteligência Artificial como ferramenta para redução ou até extinção de um dos problemas mais relevantes nas escolas, o bullying? É claro que sim.

Segundo o psiquiatra mais lido no mundo Dr. Augusto Cury, o bullying é uma maneira de produzir traumas poderosos e inesquecíveis na vida dos envolvidos. O bullying escolar inclui o assédio psicológico, emocional, virtual, social ou físico de um aluno por outro dentro da comunidade escolar.

Já vemos startups de diversos países investindo em tecnologia inovadora para endereçar este tema tão importante e grave. Vejam sete maneiras pelas quais a IA pode ser aplicada para combater o bullying:

  1. Monitoramento de Redes Sociais: a IA pode ser usada para monitorar plataformas de redes sociais em busca de padrões de comportamento associados ao bullying. Isso inclui a identificação de linguagem ofensiva, ameaças ou comportamentos prejudiciais.
  2. Análise de Texto: algoritmos de análise de texto podem ser empregados para examinar mensagens escritas, e-mails ou outras formas de comunicação digital em busca de indicadores de bullying.
  3. Detecção de Imagens e Vídeos: ferramentas de IA podem ser treinadas para identificar conteúdo visual associado ao bullying. Isso inclui a detecção de imagens ou vídeos que contenham cenas de intimidação, assédio ou violência.
  4. Sistemas de Alerta Automático: implementar sistemas automáticos de alerta que notifiquem educadores, pais ou administradores escolares quando comportamentos de bullying são detectados. Isso permite uma resposta rápida e eficiente.
  5. Aprendizado de Máquina para Identificação de Padrões: algoritmos de aprendizado de máquina podem ser treinados com dados históricos para identificar padrões de bullying. Isso permite a detecção antecipada de comportamentos agressivos e a implementação de medidas preventivas.
  6. Plataformas de Denúncia Anônima: desenvolver sistemas de IA para facilitar denúncias anônimas de bullying. Isso pode encorajar mais alunos a relatar incidentes, criando um ambiente mais seguro.
  7. Treinamento de Sensibilidade: desenvolver programas de treinamento de sensibilidade usando IA para educadores, com o objetivo de promover ambientes inclusivos e prevenir o bullying.

No Brasil, através de IA, a Icapiedu traz uma ferramenta inovadora de combate ao bullying escolar, focada em prevenir a evasão escolar, violência e problemas de saúde mental associados ao bullying. Desenvolvida como um Farejador de bullying, a Icapiedu oferece uma jornada preventiva antibullying, consistindo em formação contínua e suporte educacional aos professores para reconhecer e prevenir o bullying, fornecendo uma variedade de materiais educativos e recursos relacionados ao tema.

Com um avatar interativo, chamado Aurora, identificam-se situações de bullying na escola, colaborando para criar um ambiente seguro para os alunos. A área administrativa proporciona à escola informações sobre impactos positivos, detecção precoce de sinais de bullying e uma possível intervenção de profissionais da saúde mental, com um estudo clínico sendo validado em parceria com o hospital das clínicas de São Paulo o HC , contribuindo assim para a melhoria da saúde populacional.

“Estamos desenvolvendo o ambiente mais completo relacionado à temática antibullying. Dentro de nossa jornada, priorizamos a inclusão de toda a comunidade escolar. Educadores, pais e alunos estão envolvidos em cada etapa desse percurso, concentrando-se no desenvolvimento de uma cultura que não apenas visa conscientizar sobre os problemas relacionados ao bullying, mas também busca ativamente a prevenção e o combate a essa prática”, afirma Gustavo Henrique Tedesco, CEO da empresa.

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