Celso Niskier analisa como a inteligência artificial está transformando a gestão, tornando decisões mais rápidas, precisas e éticas
A gestão empresarial vive uma verdadeira revolução com a chegada da inteligência artificial. Ferramentas de análise preditiva são capazes de interpretar grandes volumes de dados, oferecendo aos líderes insights valiosos sobre tendências de mercado, comportamento do consumidor e eficiência operacional. Essa inteligência de dados permite que decisões complexas sejam tomadas de forma mais ágil e estratégica.
Nos processos internos, a automação inteligente reduz tarefas repetitivas, como análise financeira, processamento de pedidos e controle de estoque. Isso libera os gestores para atividades que exigem criatividade e visão de longo prazo, fortalecendo a inovação dentro das empresas.
O setor de recursos humanos também passa por uma transformação. Algoritmos de IA ajudam a identificar talentos, prever rotatividade e personalizar treinamentos. No entanto, é fundamental evitar que esses sistemas reproduzam preconceitos presentes nos dados históricos, garantindo processos justos e transparentes.
Na gestão de projetos, plataformas inteligentes monitoram prazos, orçamentos e riscos em tempo real, antecipando problemas e sugerindo soluções. Essa visibilidade facilita a colaboração entre equipes e aumenta a taxa de sucesso das entregas.
Apesar dos benefícios, a adoção da IA exige uma mudança cultural significativa. Líderes precisam desenvolver novas competências digitais e promover um ambiente que equilibre a eficiência tecnológica com o propósito humano.
O gestor do futuro será um profissional que alia intuição e ética à precisão dos algoritmos, tomando decisões não apenas mais rápidas, mas também mais conscientes e alinhadas aos valores da organização.

Conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), presidente do Conselho de Administração e vice-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).










