Skip to main content

Projetos pioneiros de escolas e plataformas educacionais preparam alunos e professores para competências do século 21

O ensino brasileiro vive um momento de transformação impulsionado pela inteligência artificial (IA) e pela alfabetização digital. Cada vez mais, escolas e instituições educacionais buscam integrar tecnologias emergentes ao currículo, preparando estudantes para lidar com o mundo hiperconectado e, ao mesmo tempo, formar cidadãos críticos e conscientes.

A inovação educacional não se limita aos alunos. A formação de professores também precisa acompanhar as mudanças, incorporando ferramentas digitais como suporte pedagógico sem substituir o protagonismo docente. Essa integração entre tecnologia, currículo e desenvolvimento humano representa um novo patamar para a Educação Básica no Brasil.

Dados recentes mostram que a lacuna digital ainda é significativa: apenas 23% dos brasileiros entre 15 e 64 anos possuem habilidades digitais avançadas, segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) de 2024. Isso evidencia a urgência de preparar crianças e jovens para o uso consciente da tecnologia desde os primeiros anos escolares.

Iniciativas pioneiras, como o Pensi, o programa de alfabetização digital da SuperGeeks e soluções para apoiar professores universitários, demonstram caminhos possíveis para unir inovação, cidadania digital e protagonismo pedagógico, formando estudantes e educadores aptos a enfrentar os desafios do século 21.

Pioneiro, Pensi integra IA no currículo escolar

O Colégio e Curso Pensi, parte do Grupo Salta Educação, passará a oferecer a partir de 2026 aulas semanais de IA para alunos do 6º ao 9º ano, dentro do projeto Dia Lab. A disciplina é organizada em trilhas de aprendizagem e inclui conteúdos digitais, projetos autorais e integração com outras áreas do conhecimento.

Desenvolvido em parceria com o especialista Tiago Belotte, o programa aborda desde a criação de imagens e vídeos com IA generativa até segurança digital e exploração de novas profissões. Segundo Pedro Rocha, diretor de ensino do Pensi, o objetivo é formar estudantes capazes de usar, criar e avaliar a IA de forma crítica, além de estimular meta-aprendizagem, cidadania digital e pensamento crítico.

O projeto coloca a escola brasileira em sintonia com tendências internacionais, presentes em países como EUA, União Europeia, China e Emirados Árabes, tornando o Pensi uma referência nacional em inovação educacional.

Nova alfabetização digital redefine competências do século 21

Mais do que tecnologia, a alfabetização contemporânea envolve pensamento crítico, criatividade e domínio de ferramentas digitais. Marco Giroto, fundador da SuperGeeks, alerta que não basta apenas inserir dispositivos em sala de aula: “A tecnologia deve ser ponte, não muleta. É preciso ensinar a pensar através dela”.

O ensino digital precoce é estratégico para reduzir desigualdades estruturais, garantindo que estudantes de todas as regiões tenham acesso às competências necessárias para interagir com ambientes digitais de forma crítica e autônoma. A proposta de alfabetização híbrida une leitura, escrita e cálculo à compreensão de códigos, aplicativos e redes digitais, formando cidadãos preparados para o futuro.

IA apoia, mas não substitui o papel dos professores

O debate sobre a obrigatoriedade de conteúdos de IA em cursos de pedagogia e licenciaturas, promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), reforça que a tecnologia deve ser aliada do professor e não substituta.

A Maieutics, plataforma brasileira, exemplifica essa integração: com IA, permite que professores transformem conteúdos em avaliações personalizadas, reduzindo até 85% do tempo gasto na preparação de provas, sem comprometer o controle pedagógico. Para Rodrigo Streithorst, CEO da empresa, “o professor segue como protagonista, enquanto a tecnologia assume tarefas operacionais, ampliando qualidade e equidade educacional”.

Essa abordagem demonstra que a adoção de IA no ensino depende de mediação humana e capacitação docente, equilibrando inovação tecnológica e prática pedagógica de forma ética e responsável.

Compartilhe: