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Primeiro dia do International Education Summit 2025 reúne especialistas e lança manifesto sobre escolas conectadas com o mundo

São Paulo se tornou palco do International Education Summit 2025, maior encontro nacional dedicado à internacionalização da educação, realizado nos dias 4 e 5 de setembro. Com o tema “Escolas que Conectam Mundos: A internacionalização como projeto de futuro”, o evento abriu sua programação destacando que formar estudantes para o mundo exige compromisso, equidade e intencionalidade.

Organizado pela Efígie Academy e sediado na ESPM – São Paulo, o encontro reúne gestores, professores, orientadores e especialistas em busca de estratégias que consolidem a internacionalização como eixo estruturante da escola. A proposta é ir além da mobilidade acadêmica e discutir práticas pedagógicas, políticas públicas e experiências globais que possam ser incorporadas ao cotidiano da educação básica.

Na abertura, Lara Crivelaro, idealizadora e CEO da Efígie Academy, apresentou um manifesto sobre o papel da internacionalização nas escolas. “O International Education Summit é um pacto, um manifesto, com a educação”, afirmou. Segundo ela, preparar os estudantes para o século 21 exige que a escola atravesse fronteiras de forma responsável e inclusiva.

A secretária estadual da Educação de São Paulo, Simone Telles, também participou da cerimônia de abertura. Ela destacou o programa Prontos para o Mundo, que já oferece 70 mil vagas em cursos de inglês para alunos da rede estadual, com a possibilidade de intercâmbios no Canadá e na Nova Zelândia. O objetivo é, num futuro próximo, também trazer alunos de fora para viver a internacionalização no Brasil.

“Temos o desafio de preparar os jovens com autonomia, para que compreendam conflitos culturais e estejam prontos para enfrentá-los”, afirmou a secretária. Já Marta Iglesis, do Instituto Paula Souza, por outro lado, pontuou a importância da capacitação dos professores e das oportunidades que as novas tecnologias oferecem. “Temos que capacitar muito bem os nossos professores e aproveitar as tecnologias que existem”, resumiu a eduacadora.

Debates do primeiro dia trazem perspectivas globais

O primeiro dia foi marcado por debates que destacaram os desafios e oportunidades de formar estudantes preparados para um mundo interconectado. Na mesa “Internacionalizar para quê? Do território ao mundo com impacto real”, especialistas refletiram sobre a realidade de alunos que já crescem em um ambiente digital e globalizado.

Carla Cassol, do Internationalization Hub, afirmou: “É nosso papel como educadores oportunizar nossos estudantes para o mundo”. Ao lado de Michele Correa, da ESPM, ela reforçou a necessidade de integrar a internacionalização ao projeto pedagógico das escolas. “A internacionalização na Educação Básica é o processo que vai internalizar a perspectiva de abertura para o mundo para todas as crianças e adolescentes pensando numa educação de qualidade, preparando todos esses atores para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho nos cenários local, regional e mundial”, disse.

Outro momento de destaque foi a mesa sobre o papel do counselor como ponte entre escola e mundo. Especialistas analisaram como esses profissionais orientam estudantes e famílias em escolhas acadêmicas internacionais, considerando valores institucionais, perfis individuais e novas possibilidades de destino. Verônica Barreto, da ESPM, sintetizou: “Counselor é a pessoa que se responsabiliza por ser a ponte entre a escola e o mundo”.

Sua companheira de debate, Maryana Rodrigues, da Escola Eleva Barra da Tijuca (RJ), ressaltou o perfil do counselor na atuação com a família e os alunos. “Counselor também trabalha muito através do vínculo e do afeto. E o vínculo traz a ideia de ponte”, explicou a educadora, que no início deste ano recebeu reconhecimento do Global Counsellors Award 2025.

As discussões também abordaram mudanças no cenário da mobilidade estudantil, que já vai além da tradicional escolha pelos Estados Unidos. Atualmente, Canadá, Espanha, Itália e outros países despontam como opções atrativas, diversificando os caminhos da internacionalização.

Expectativas para o segundo dia do Summit

A programação desta sexta-feira, 5 de setembro, promete aprofundar as discussões em torno de tendências globais na educação básica. Estão previstos painéis com líderes de instituições nacionais e internacionais, que vão explorar como currículo, pesquisa e gestão acadêmica podem incorporar práticas globais.

Entre os destaques, estão nomes como Luciane Stallivieri (UFSC), Andréa Tissenbaum (Grupo Estadão) e Nayara Miguel (Efígie Academy), além de gestores de colégios brasileiros e internacionais. A proposta é inspirar escolas a combinar excelência acadêmica, protagonismo estudantil e responsabilidade social na construção de projetos de internacionalização.

O educador21 segue acompanhando a programação para trazer um balanço completo do International Education Summit 2025 ao final do evento.

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