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Entenda a importância das edtechs para o futuro da educação e confira as três pricipais tendências de atuação desse setor, segundo estudo do Distrito

O primeiro case relatado no mundo de uma startup voltada exclusivamente para desenvolver soluções tecnológicas para o segmento educacional, as edtechs, foi em 1997. A empresa Blackboard Inc. utilizava um sistema de LSM (sistema de gestão da aprendizagem) que ainda lembra muito os modelos desenvolvidos por diversas edtechs nos dias atuais. A Blackboard se fundiu com a Anthology no fim de 2021, mas o futuro nome da empresa combinada ainda não foi anunciado.

De lá para cá, esse tipo de empresa tem crescido em todo o mundo. As tecnologias educacionais ou produtos/serviços mais encontrados no mercado são plataformas (46,8%), ferramentas (26%), conteúdos (12,4%) e hardware (2,8%). O principal modelo de negócio desse tipo de empresa é o SaaS, seguido de venda direta e clube de assinatura recorrente. O principal público-alvo das edtechs é o B2B (41,5%), seguido do B2C (30%).

Com a pandemia, houve um boom de atuação das startups no setor. Inclusive no Brasil, onde de 2019 para 2020, houve um aumento de 26,1% na abertura de startups desse setor.

No momento, a edtech Byju’s é a maior startup desse setor no mundo. Recentemente, a startup indiana Byju’s iniciou suas operações no Brasil e alcançou 4,5 mil alunos em menos de três meses de operação no país.

Além de atrair a atenção de empresas estrangeiras, há, no Brasil, 566 edtechs ativas, segundo um levantamento feito em 2020 pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups).  Os investimentos no setor também têm crescido ano a ano. Pos isso, não é exagero dizer que o futuro da Educação é tech.

Confira alguns detalhes sobre o avanço das edtechs no Brasil

Recentemente, a Distrito — plataforma que fornece dados de mercado sobre e para empresas e startups — realizou um levantamento compilado em forma de report sobre o ecossistemas das startups de educação no país. De acordo com o estudo, as edtechs brasileiras costumam voltar o desenvolvimento de soluções, para o segmento de educação básica com 37,2% das empresas atuando nesse setor. Cerca de 14,9% desenvol vem produtors e/ou soluções para cursos livres, 14% para educação corporativa e 11% para o ensino superior.

Essas empresas, que trabalham com o uso da tecnologia para conhecimento científico, principalmente facilitando o processo de aprendizagem e aprimorando os sistemas educacionais, estão majoritariamente na região sudeste, que concentra 55,2% delas. Os três estados com maior concentração são: São Paulo, com 34,3%, e Rio de Janeiro e Minas Gerais empatados, com 9,4% cada.

O ano de 2021 foi o mais expressivo em investimentos em todo o ecossistema de tecnologia — um total acumulado de mais de US $9 bilhões. Para as edtechs não poderia ser diferente: com US$ 279 milhões, cerca de 2,9% do montante total de 2021. Outro fator que impulsionou o setor foi a pandemia, já que muitas instituições foram obrigadas a contratar soluções tecnológicas para se manterem ativas e com o pé no futuro da educação.

Das maiores rodadas captadas por edtechs, as soluções voltadas para B2C lideram os aportes. A maior delas até hoje é da Hotmart em 2021, no valor de US$ 126,5 milhões, expressando a demanda do mercado por uma plataforma capaz de centralizar todas as funções necessárias para compra e venda de infoprodutos.

Enquanto plataformas como a Descomplica se propõem a ajudar seus alunos a ingressarem no Ensino Superior, edtechs como a Trybe e Galena passaram a ofertar cursos de profissionalização com o objetivo de inserir os usuários diretamente no mercado de trabalho.

As 10 maiores rodadas de investimento em volume captado até hoje são:

Hotmart – série C – USD 126,5 M
Descomplica – série E – USD 82,5 M
Trybe – série B – USD 27 M
Gelena – série A – USD 16,7 M
Descomplica – série D – USD 16,3 M
Playkids – série A – USD 15 M
MedWay – série A – USD 14,9 M
Sanar – série B – USD 11,7 M
Trybe – série A – USD 9,9 M
Geekie – série B – USD 7 M

3 grandes tendências de inovação no futuro da Educação 

Um quadro cheio de texto escrito, alunos sentados um atrás do outro enfileirados e um professor na frente da sala explicando a matéria: essa é a imagem que nos vem à cabeça ao pensarmos nas instituições de ensino. Porém, a tendência é que esse cenário mude no futuro da educação. Junto com a quarta revolução industrial um novo conceito de educação vem ganhando espaço: a Educação 4.0.

Muito impulsionado pela pandemia que se iniciou em 2020, e com as restrições ali impostas, aquele modelo de ensino mais engessado que tínhamos até então foi “forçado” a mudar e com a ajuda da tecnologia a educação conseguiu ir além. É precuso entander, então, algumas das mudanças que essa nova ideia de educação propõe.

Conteúdo digitalizado e gamificado
Indo contra a ideia de que somente a sala de aula presencial e livros físicos são eficazes no aprendizado. Ambientes virtuais de aprendizagem, como as instituições EAD, têm crescido cada vez mais.

Além disso, interações com Realidade Aumentada e Virtual, além de prender a atenção dos alunos, simula situações reais, fazendo com que os estudantes explorem ambientes e manipulem objetos que talvez não seria possível no mundo real.

Inteligência artificial e Machine Learning
Essas duas tecnologias favorecem tanto os alunos quanto os professores, pois através delas é possível automatizar correção e feedbacks, podendo tornar o aprendizado um processo menos massificado e mais personalizado.

Outra vantagem de utilizar a inteligência artificial no ensino é poder oferecer o mesmo conteúdo em diferentes formatos, considerando o fato de que cada pessoa tem uma forma própria de absorver informações. Para os professores, com a A.I e machine learning é possível detectar cópias e plágios nos trabalhos e lições entregues mais facilmente.

Aprendizagem baseada em projetos
Também conhecido como Project Based Learning (PBL), é um técnica que tem como objetivo proporcionar vivências práticas e incentivar a participação dos alunos em seus próprios processos de aprendizagem. No PBL um problema é apresentado à uma classe, a qual deve investigar as possíveis causas dessa questão, criar planos e táticas para resolver a situação e colocar em prática para validar a solução.

Essa metodologia desenvolve habilidade de resolução de problemas, trabalho em equipe, entre outras, além de identificar lideranças. Esse método de ensino é de grande importância para o mercado de trabalho, uma vez que reforça a colaboração entre os profissionais, o pensamento lógico e criativo, a visão crítica, empatia, sinergia, liderança e confiança.

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