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A CEO da edtech Rhyzos Educação, Maria Cláudia Amaro, fala sobre a importância do uso dos métodos inovadores na Educação

Maria Cláudia Amaro*

Faz dois anos que se confirmou o primeiro caso de covid-19 no país, e de lá para cá, o setor da educação amargou prejuízos sem precedentes, de todos os lados: alunos, professores, gestores educacionais, famílias.

Para se ter uma ideia dos danos causados pelo coronavírus, segundo o estudo “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil — um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação”, lançado pelo UNICEF, mais de 5 milhões de meninas e meninos não tiveram acesso à educação no Brasil em 2020 — número semelhante ao que o país tinha no início dos anos 2000. Desses, mais de 40% eram crianças de 6 a 10 anos de idade, etapa em que a escolarização estava praticamente universalizada, antes da covid-19.

Com o avanço da vacinação, inclusive para o público infantil, precisamos pensar agora em estratégias eficazes para retornar aos patamares anteriores à pandemia. Ainda que o tempo perdido seja irreversível, há formas de recuperar as aprendizagens que se perderam e que já estão sendo observadas nitidamente dentro das salas de aula.

Penso que é preciso utilizar a criatividade e desenvolver metodologias inovadoras, voltadas não apenas aos estudantes, mas também aos professores e gestores educacionais. É preciso encontrar soluções práticas para funcionarem dentro das salas e, principalmente, acolher o aluno e as famílias neste momento de profunda carência na educação.

Quando falo em inovar, não me refiro à tecnologias de última geração — estas que são aplicadas nas escolas de ponta. Para os alunos mais abastados não faltaram recursos para manter seus estudos em dia, apesar das dificuldades do isolamento. A inovação mencionada acima diz respeito à capacidade de reinvenção, de resiliência e, principalmente, de originalidade, tão comuns nos ambientes escolares, sobretudo quando o ensino é pensado com amor.

Ideias novas podem partir de uma palavra, de um encontro, de uma percepção. Se forem boas e tratadas com o devido carinho, ganham asas e viram grandes para ajudar as pessoas. Por isso, digo a todos os professores, depois da tempestade que vivemos: estejam atentos, observem e sintam-se livres para criar projetos transformadores, que se encaixem na realidade de cada aluno.

Somente assim poderemos superar o atraso em que nos encontramos e teremos chances de construir histórias especiais.

*CEO da Rhyzos Educação

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