Mesa-redonda da Pearson destaca ensino prático e lança TRACK, solução que integra IA, trilhas personalizadas e certificações
No escritório da Pearson Higher Education, em São Paulo, especialistas da educação e do mercado discutiram como o microlearning e as microcertificações podem se tornar um diferencial competitivo para estudantes e profissionais. O encontro, que reuniu executivos, empreendedores e educadores, também marcou o lançamento do TRACK, solução que transforma a Biblioteca Virtual da Pearson em uma plataforma dinâmica com inteligência artificial, trilhas personalizadas e certificações reconhecidas pelo mercado.
Mediada por Alexandre Gracioso, especialista em educação e competências socioemocionais, a mesa-redonda reforçou que a personalização do aprendizado é chave para aumentar a empregabilidade. Gracioso destacou que o microlearning “sistematiza a essência” do conhecimento, com apoio da neurociência e adaptado à forma como as novas gerações aprendem.
O debate trouxe diferentes visões sobre como alinhar ensino e mercado de trabalho. Marcelo Ramos, empreendedor e fundador de negócios de impacto global, alertou para a necessidade de dialogar com a linguagem das novas gerações, enquanto Richard Uchoa, CEO da Revvo, ressaltou que “as universidades vendem certificações, mas as empresas compram habilidades”.
A CEO da Pearson no Brasil, Cinthia Nespoli, lembrou de sua própria trajetória e da importância de integrar o aprendizado prático à formação acadêmica. Para ela, microcertificações e microlearning ajudam a preparar os alunos para agir em um cenário de rápidas mudanças tecnológicas.
Ensino prático e tecnologia para fechar o skills gap
Cinthia Nespoli apontou que o momento exige ações concretas para reduzir o skills gap, especialmente em contextos de transição de carreira. Apresentando a pesquisa Lost in Transition, lançada no Fórum Econômico Mundial, ela destacou que, apenas nos Estados Unidos, a falta de capacitação nesses períodos representa perdas de mais de um trilhão de dólares. Até 2030, estima-se que 65% das funções demandem habilidades diferentes das atuais.
Segundo a executiva, o papel da Pearson é apoiar tanto o desenvolvimento técnico quanto as soft skills, ajudando empresas a reconhecer competências de forma legítima. Nesse sentido, o uso de inteligência artificial com responsabilidade (responsible AI) é um dos pilares estratégicos da companhia, garantindo ética e transparência.
A apresentação do TRACK encerrou o encontro, reforçando a proposta de integrar teoria, prática e certificação em uma mesma experiência. De acordo com Heloisa Avilez, diretora de Higher Education da Pearson na América Latina, a plataforma visa ampliar a relevância da aprendizagem no ensino superior.
A solução combina inteligência artificial, trilhas personalizadas e certificações modulares, criando um ecossistema de desenvolvimento que conecta conteúdo acadêmico a competências demandadas pelo mercado de trabalho. “Estamos transformando a Biblioteca Virtual em um espaço vivo de desenvolvimento profissional, engajante e relevante”, afirmou Heloisa.