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Na Coluna Educação Corporativa de agosto, Constanza Hummel mostra como investir no treinamento e engajamento dos colaboradores impacta na entrega final

Assistir à apresentação de uma orquestra pode ser emocionante. A beleza da música reproduzida em conjunto por um grupo tão grande de profissionais nos leva a refletir sobre o trabalho de conseguir harmonizar cada um daqueles instrumentos e gerar o resultado impactante alcançado.

Apesar da magia da música e da performance se sobressair no palco, por trás dessa ação conjunta houve um esforço contínuo de treinamento, tanto individual como em grupo, e engajamento com a equipe, com o propósito e a mensagem da apresentação.

Esse cenário é semelhante ao de uma empresa, na qual cada funcionário atua em sua função específica, mas em prol de resultados finais. E, nesse sentido, assim como em uma orquestra, uma empresa precisa investir em treinamento corporativo e engajamento dos colaboradores para alcançar um alto nível de eficiência, desempenho e sucesso em suas operações.

Um está diretamente ligado ao outro: investir em treinamento corporativo, se de forma bem planejada e com práticas que estejam alinhadas com o propósito de cada colaborador, vai fazer com que, naturalmente, o engajamento cresça.

Para além disso, o engajamento e a cultura de aprendizagem garantem benefícios para os funcionários, que desencadeiam em vantagens para a empresa em si. O aumento da produtividade, gerado por um treinamento, por exemplo, resulta em melhoria nas entregas e, por consequência, no potencial lucrativo da companhia.

Outro exemplo é que a construção de uma cultura organizacional colaborativa gera mais equilíbrio na saúde física e mental dos colaboradores e resulta em uma melhoria no clima organizacional. Para mais, todos esses resultados impactam positivamente a imagem da companhia, garantindo destaque frente à concorrência e atraindo profissionais altamente qualificados.

Principais pontos para estabelecer uma cultura de aprendizado

Para que uma cultura de aprendizado seja bem consolidada, existem três pontos fundamentais que precisam de atenção: o maestro, os instrumentos e a rotina de ensaios — ou, nesse caso, os líderes, os recursos e o acompanhamento frequente.

Caso os líderes não estejam motivados, o caminho para a construção de uma cultura corporativa de aprendizagem fica muito mais longo. O primeiro passo para incentivar os colaboradores é contar com o engajamento dos gestores e que eles invistam em sua  própria capacitação. Com os líderes motivados, é possível ter uma adesão significativa aos treinamentos.

Outro aliado são os recursos. Até pouco tempo, um treinamento corporativo exigia sincronia das agendas dos participantes, sem prejudicar a rotina de trabalho, mas que incluía o deslocamento de palestrantes e custos para locação de espaços e impressão de materiais didáticos. Hoje, as empresas contam com uma série de recursos, como atividades gamificadas, plataformas educativas e aplicativos, além de ações digitais síncronas, como as transmissões ao vivo, para deixar o processo mais dinâmico, interativo e imersivo.

Por fim, se os treinamentos são necessários para a geração de resultados finais de uma empresa, fica claro que eles não devem ser iniciativas pontuais, mas sim um processo a longo prazo, que exige constância. Nesse sentido, é essencial que o RH mantenha um calendário de atividades, acompanhe o andamento das propostas iniciais e colha os feedbacks dos participantes para aprimorar os processos.

Desta forma, assim como uma orquestra sinfônica, em que cada músico é talentoso individualmente, mas o verdadeiro poder reside na harmonia e sincronização quando tocam juntos, uma empresa também pode alcançar um desempenho excepcional ao investir em engajamento e treinamento corporativo. Afinal, cada parceiro e investidor está esperando por uma bela canção.

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