Skip to main content

Na Coluna LIV de maio, o foco está na construção de vínculos entre adultos e crianças por meio de presença, escuta ativa e limites com empatia — dentro e fora da escola

A parentalidade positiva é uma abordagem que convida pais, responsáveis e educadores a construírem relações com as crianças baseadas no respeito mútuo, no diálogo e na empatia. Ao contrário de práticas autoritárias ou permissivas, essa proposta não se baseia em punições nem em recompensas, mas na presença genuína e no acolhimento das emoções. Seu foco está no vínculo: entender que, por trás de cada comportamento, existe uma necessidade, e que educar é acompanhar, orientar e apoiar — e não controlar.

É importante lembrar que a parentalidade positiva não exige perfeição — exige presença. Ela reconhece o valor da escuta, da paciência e da construção de confiança ao longo do tempo.

Parentalidade positiva funciona na prática?

Essa maneira de educar pode parecer desafiadora à primeira vista, especialmente quando estamos imersos em rotinas intensas, cansaço emocional e pouco tempo para pausas e conversas. Mas justamente por isso ela é tão necessária. Não se trata de passar o dia inteiro com os filhos, e sim de estar presente de forma real, ainda que por alguns minutos. Momentos breves, quando vividos com atenção e escuta, têm o poder de transformar a relação.

Na parentalidade positiva, impor limites continua sendo parte essencial do processo educativo. Mas esses limites são colocados com empatia e respeito, e não a partir de ameaças ou gritos. O objetivo é ensinar, e não punir. Envolver as crianças em decisões do dia a dia, explicar as razões por trás de um “não” e validar os sentimentos delas mesmo em momentos difíceis são atitudes que ensinam responsabilidade, cooperação e autorregulação emocional.

Essa escuta ativa fortalece vínculos e contribui para que a criança se sinta segura para explorar o mundo, expressar suas emoções e desenvolver autonomia.

Conectando a escola com a família

Essa transformação, porém, não precisa acontecer apenas dentro de casa. Cada vez mais, é fundamental que escolas e famílias caminhem juntas na construção dessas relações saudáveis. Quando há alinhamento entre os valores vividos no ambiente familiar e no escolar, a criança se sente mais segura, compreendida e fortalecida para desenvolver suas habilidades emocionais.

Essa parceria não significa que pais e educadores pensem igual o tempo todo, mas que estejam abertos ao diálogo, ao compartilhamento de experiências e à escuta mútua. É nesse espaço colaborativo que nasce a rede de cuidado — aquela que oferece estrutura, apoio e amor em diferentes contextos da vida da criança.

Educação socioemocional: um caminho para a mudança

Investir no desenvolvimento de habilidades como empatia, escuta ativa e pensamento crítico é essencial para transformar a cultura de convivência nas escolas. E é justamente essa a proposta do Programa LIV, que apoia instituições de ensino a construir ambientes acolhedores, onde a diversidade é valorizada e os conflitos são mediados com diálogo.

Acesse o site do LIV para conhecer mais sobre esse trabalho e explorar outros conteúdos sobre o desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes.

Compartilhe: