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Tema é o segundo menos frequente dentre os 14 explorados durante as capacitações com os profissionais de educação. O Polo, do Itaú Social, oferece, agora, um curso gratuito de aperfeiçoamento

O futuro PNE (Plano Nacional de Educação) terá propostas voltadas à redução das desigualdades raciais e de gênero em todos os seus 18 objetivos. O documento ainda destaca a ampliação e oferta da educação quilombola e indígena de qualidade. Apesar da prioridade em promover a equidade étnico-racial na aprendizagem, o tema é o segundo menos frequente nas formações com docentes, gestores, diretores e coordenadores escolares.

Os três temas mais constantes nas capacitações dos profissionais de educação são: apresentações de formas lúdicas, críticas e participativas de aprendizagem dos estudantes (30,4%, duas vezes por mês); levantamento de conteúdos específicos das áreas e componentes curriculares (28,4%); e dicas sobre os usos de metodologias que promovam a aprendizagem autônoma e participativa (23,9%).

Apenas 7,9% das secretarias de Educação abordam a temática étnico-racial regularmente nas formações com professores: desse total, 2,5% a cada 15 dias e 5,4% uma vez por mês.

Diante dessa realidade, o Polo, ambiente de formação do Itaú Social, passa a oferecer o curso “Equidade Educacional: compreender para garantir”. O conteúdo é gratuito, tem duração de 2 horas/aula, é certificado e foi criado para apoiar na elaboração de atividades pedagógicas voltadas à equidade racial. Educador: aproveite esta oportunidade para se capacitar!

Dificuldades de inclusão dos temas de cultura afro-brasileira

Os dados divulgados nesta matéria são da pesquisa “Percepções e Desafios dos Anos Finais do Ensino Fundamental nas redes municipais de ensino”, realizada pelo Itaú Social e Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação). Segundo o estudo, o tema foi abordado apenas uma única vez na formação para professores dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) em 32,8% das redes de ensino, sendo que 19,8% sequer tocaram no assunto ao longo do ano.

Apesar de a Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de história afro-brasileira nas escolas, ter mais de duas décadas, ainda é notório o desafio de preencher o calendário escolar com conteúdos que tratam a cultura afro-brasileira.

“Restringir a abordagem desse tema em sala de aula, apenas em uma data específica, é perder a oportunidade de tocar em problemas sociais durante o ano todo. É importante reconhecer que a maioria dos assuntos está inserida em um contexto étnico-racial. Portanto, é fundamental que os professores recebam apoio e orientação na hora de planejar as atividades dos estudantes”, afirmou Sonia Dias, gerente de Desenvolvimento e Soluções do Itaú Social.

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