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O GEduc, que está em sua 19ª edição, a segunda online em virtude da pandemia, prossegue até sexta-feira, dia 16

Teve início na manhã desta segunda-feira, 12 de abril, a edição online do GEduc — maior congresso de gestão educacional brasileiro. O primeiro dia trouxe as discussões de uma das cinco trilhas de conhecimento propostas pelo evento: gestão.

O XIX Congresso Brasileiro de Gestão Educacional reuniu especialistas e líderes do setor em torno do tema central “A Nova Era da Educação e da Gestão Exponencial” para uma manhã de intensas reflexões. Além disso, o GEduc conta com uma feira virtual com aproximadamente 20 empresas de produtos e serviços educacionais.

As atividades prosseguem até sexta, 16 de abril, sempre das 9 às 18h30, com transmissão pela plataforma Zoom. A cada dia, o congresso traz uma trilha de conhecimento diferente. O tema é seguido pelas palestras matinais, e também dá o tom aos workshops gratuitos da parte da tarde, fechando o dia com uma Masterclass. Nesta terça, dia 13, será realizado o I Forum de Gestão do Ensino Híbrido, a partir das 9h.

O Educador21 é parceiro de conteúdo do GEduc 2021 Online. Nossa equipe acompanha todo o evento para trazer as informações mais importantes sobre inovação, gestão do ensino híbrido, liderança, marketing educacional e outros assuntos que impactam no futuro da área em uma cobertura especial.

Transformação digital aproxima os universos corporativo e educacional

A transformação digital pela qual vem passando a educação — acelerada pela pandemia — também é uma transformação cultural. Aliado a isso, vem a quebra de paradigmas e de fronteiras, aproximando o setor cada vez mais do mundo corporativo. Por isso, é natural que conceitos e termos habitualmente usados por grandes empresas ou satartups iniciantes sejam frequentes no cotidiano da administração educacional.

A gestão exponencial é um desses conceitos que tem invadido o setor da Educação, e que foi trazido para a pauta do GEduc 2021 por Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech e fundador da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Criado em 1965 por Gordon Moore, então presidente da Intel, essa regra que ficou conhecida como a “Lei de Moore” no mundo corporativo trata da aceleração do crescimento das empresas com negócios baseados em tecnologia da informação. E agora chegou no universo educacional para ficar.

“A gestão exponencial para a Educação é mais do que o uso de tecnologia; reflete um jeito novo de pensar, de inovar. E inovação não deve ser encarada como invenção, mas como a arte de simplificar. Simplificar processos para proporcionar uma melhor experiência ao cliente, que no caso são os estudantes e também os professores. Por isso, a gestão exponencial na educação precisa ser pensada para falhar rápido, falhar constantemente, falhar barato”, disse Gustavo Caetano.

Esse mesmo raciocínio — mais resultados, maior desenvolvimento, menor investimento — foi trazido pelo diretor-presidente da Platos, Paulo de Tarso, o sócio e presidente da Faculdade Descomplica, Daniel Pedrino, e pelo Diretor de Fusões e Aquisições da Great Schools Platform, Tarcísio Villela, que também abordaram questões referentes a gestão ágil e transformação da instituição de ensino.

Masterclass encerrou — e agitou — o dia de abertura do GEduc 2021

Uma das apresentações mais aguardadas desse dia de abertura foi a palestra de Fernando Valenzuela Migoya. O especialista em processos de transformação digital é apontado pela publicação norte-americana EdTech Digest — uma espécie de bíblia das startups de desenvolvimento de tecnologia educacional — como uma das 100 mentes mais influentes de todo o mundo nessa indústria.

Para o educador mexicano, vivemos em uma era na qual a tecnologia, a neurociência e a ciência da aprendizagem podem ser combinadas para turbinar o processo de construção de conhecimentos. “Cada indivíduo pode receber uma educação personalizada com intervenções de ensino destinadas a potencializar a forma como nossos cérebros aprendem”, disse Valenzuela Migoya.

À tarde, as atividades da abertura foram encerradas com a masterclass “Revendo paradigmas da avaliação”, ministrada pelo autor de livros didáticos e diretor de Educação do CNA, Vinícius Nobe — que deu uma verdadeira “aula de mestre” sobre o assunto e agitou bastante o chat do evento. Um dos highlights de sua exposição foi que os professores, invariavelmente, ensinam para provas.

“Precisamos mudar os paradigmas sobre avaliação para inovar nossos processos educacionais. A avaliação tradicional, aplicada como teste padronizado, prova, altera toda a dinâmica da sala de aula. Isso porque a maioria dos professores confundem prova e teste com avaliação. Mas é possível reverter esse washback [N.R.: efeito washback refere-se ao impacto dos testes no design do currículo nas práticas de ensino e nos comportamentos de aprendizagem] e transformar a avaliação, mais do que uma ferramenta para o aprendizado, em uma forma de aprendizagem”, explicou Vinícius Nobre.

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