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EAD como ferramenta de reinclusão social foi tema de programa desenvolvido por docentes da Universidade Mackenzie premiado no CIAED 2023

O programa “A educação como protagonista da reinclusão social de residentes do sistema prisional brasileiro”, de autoria de professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) de diferentes áreas do conhecimento, conquistou o Prêmio Destaque da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), na categoria “Prática Inovadora”.

“O principal destaque do programa é ser um trabalho colaborativo, inter e multidisciplinar, no qual entendemos que a questão é de alta complexidade, e todos os colaboradores buscam uma integração das ações para uma única causa: reintegração social para a cidadania”, disse a docente Ana Lúcia Vasconcelos, colaboradora do Programa de Mestrado e Doutorado Profissional em Controladoria e Finanças Empresariais (PPGMPCFE) da UPM e uma das idealizadoras do programa.

Para ela, outro destaque é a parceria com atores públicos e privados, como a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimenta (FUNAP), a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e o Instituto Ação pela Paz. “Isso demonstra que todos estão engajados na causa de que a educação oportuniza mudança de vida, como também que egressos do sistema prisional precisam ter novas possibilidades”, afirmou Ana Lúcia.

Os docentes autores do programa são Ana Lúcia Vasconcelos; Solange Duarte Palma de Sá Barros; Natacha Bertoia da Silva; Patrícia Tuma Bertolin; Fanny Grinfeld; Isadora Simões de Souza Lopes; José Carlos Piacente Junior; Nelson Destro Fragoso; Ana Lúcia de Souza Lopes; Maria Elisa Pereira Lopes; Denise Cristine Paiero; e Miriam Rodrigues.

Prática inovadora tem ponto focal no acolhimento

A prática inovadora, segundo Ana Lúcia Vasconcelos, é a proposta da educação a distância para o público-alvo do programa, mulheres recém-saídas da situação de cárcere, pelo risco da não continuidade nos estudos. Mas, o principal fator da inovação é o acolhimento feito por meio do pertencimento à Universidade, nivelamento que a proposta pedagógica faz com todos os alunos e encontro com os professores nas plataformas.

“No momento que recebem sua liberdade, tendo visto que muitas delas residem em outros estados ou bairros distantes, seus descolamentos a uma universidade necessitariam de renda imediata para transporte, e isso tornaria um risco a viabilidade de continuidade”, afirmou Ana Lúcia.

“A UPM tem como propósito educar e cuidar de pessoas. Estamos cumprindo a missão e o programa se insere nesse contexto, movimentando pessoas de diversas áreas do saber e colocando à disposição das alunas o melhor que temos”, disse Ana Lúcia.

A educadora ainda disse que todos os docentes também estão aprendendo com o programa e conhecendo realidades distintas. “Estamos colhendo os primeiros frutos das transformações nas vidas das nossas egressas e daquelas que estão no programa”.

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