Nova pesquisa nacional propõe mapear o bem-estar de professores e gestores e orientar ações concretas para o cuidado emocional nas instituições
Cuidar de quem ensina é um dos maiores desafios do presente educacional. Em meio a rotinas intensas, cobranças de desempenho e múltiplas responsabilidades, o bem-estar emocional de professores e gestores ainda é um tema sensível — e frequentemente negligenciado.
Com o objetivo de compreender como esses profissionais têm se sentido e quais fatores mais impactam seu equilíbrio emocional, foi lançada a pesquisa “Panorama da Saúde Mental e do Bem-Estar nas Instituições de Ensino no Brasil”, uma iniciativa conjunta do Instituto Semesp, Fenep, Happy Academy e Humus Consultoria.
A proposta busca construir um retrato inédito sobre a saúde mental de quem faz a educação acontecer — dos docentes aos coordenadores, gestores e equipes administrativas, tanto da educação básica quanto do ensino superior.
Mais do que medir índices, o estudo pretende traduzir sentimentos e vivências em dados concretos, capazes de orientar políticas de cuidado e estratégias de promoção de bem-estar no ambiente educacional.
A pesquisa está disponível até 21 de novembro, e pode ser respondida de forma totalmente anônima, no formulário deste link. A participação é aberta a docentes, gestores e demais profissionais do setor educacional.
Escutar para agir: dados que revelam o emocional das escolas
A pesquisa é quantitativa, anônima e confidencial, convidando profissionais da educação básica e superior a participarem de um questionário que leva menos de 15 minutos para ser respondido. A metodologia é simples, mas o propósito é profundo: transformar escuta em ação.
O levantamento parte da compreensão de que o bem-estar emocional está diretamente relacionado à qualidade da aprendizagem, à permanência dos professores e ao clima institucional. Ao transformar percepções em evidências, o estudo pretende oferecer subsídios para decisões de gestão mais humanas e sustentáveis.
De acordo com os organizadores, a consolidação dos resultados servirá de base para políticas de prevenção, cuidado e promoção da saúde mental, fortalecendo o compromisso das instituições com o desenvolvimento integral de seus times.
A iniciativa também representa um marco na aproximação entre o campo da gestão e o da psicologia educacional, abrindo caminho para novas práticas institucionais voltadas à escuta ativa, empatia e equilíbrio emocional nas comunidades escolares.
Do diagnóstico à transformação: um olhar para o futuro
Os resultados da pesquisa serão apresentados durante o Fórum de Saúde Mental e Bem-Estar, parte da programação oficial do GEduc 2026, o principal congresso de gestão educacional do país.
O espaço será dedicado ao diálogo sobre educação emocional, cultura institucional saudável e sustentabilidade humana no ensino, reunindo especialistas e gestores para discutir caminhos práticos e políticas de apoio ao educador.
Para os organizadores, cada resposta recebida é mais do que um dado: é um gesto de escuta e reconhecimento. Compreender como os educadores se sentem é o primeiro passo para construir ambientes de trabalho mais empáticos, acolhedores e produtivos.
O educador21 segue, assim como na edição anterior, como apoiador e parceiro de produção de conteúdo do GEduc, acompanhando toda a organização do evento para levar informações de bastidores, tendências e debates relevantes às lideranças educacionais que participarão do congresso.
Saúde mental dos educadores entra no centro do debate









