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Alianças internacionais lideradas pelo Consórcio STHEM Brasil devem gerar transformações institucionais profundas nas IES do país

Três novas alianças internacionais lideradas pelo Consórcio STHEM Brasil para capacitar professores e gestores de instituições de ensino superior brasileiras prometem gerar transformações institucionais profundas em 2023. São projetos internacionais relevantes que beneficiarão professores e gestores e terão impacto nas IES consorciadas e nas instituições parceiras.

Os acordos foram firmados com o Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc/Unesco) e a Fundação Pan-Americana de Desenvolvimento (PADF), graças ao suporte financeiro da corporação multinacional norte-americana de desenvolvimento aeroespacial Boeing Company. Também integra a parceria a Universidade de Coimbra para organização do Projeto SIPI (Strategic Initiative for Pedagogical Innovation), com cinco escolas inovadoras de ensino básico de Portugal.

Em 2022, foram investidos aproximadamente 70 mil dólares em capacitação, e a alocação dos recursos somente foi possível porque o Santander Universidades patrocinou e graças ao investimento das IES que estão no Consórcio. Para 2023, a previsão é de um aumento de 13%, atingindo um valor de investimentos em torno de US$80 mil, pelos acordos internacionais celebrados, mais os investimentos das próprias IES – estimados em cerca de US$ 280 para cada professor que faz a capacitação

“Cada IES consorciada encaminha anualmente, em média, três professores, ou seja, um investimento de US$ 840. Provavelmente não há na América Latina uma iniciativa em rede que contemple projetos dessa magnitude, focados na capacitação dos professores e de gestores de IES”, disse o presidente do Consórcio, Fabio Reis.

O presidente do STHEM Brasil ainda lembrou que o Consórcio nasceu em novembro de 2013 com apenas 11 IES, e que ao longo dos anos cresceu, amadureceu e se tornou referência em inovação pedagógica. Atualmente, reúne 66 IES públicas e privadas, representando mais de 34 mil professores e 1 milhão de estudantes.

Gestores também serão beneficiados pelas parcerias

Em relação ao acordo com o Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc/Unesco), Fabio Reis ressaltou que a parceria permitirá a oferta de cursos para os professores, além da organização de um programa para gestores qualificarem as atividades acadêmicas e o impacto social das IES, e de outro focado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), com a realização de pesquisas de interesse comum e estudos focados na transformação digital.

“As atividades serão iniciadas com a organização de webinares, provavelmente, já em março. Em seguida virão cursos para professores e gestores, com investimentos de ambas as partes. Sendo que o consórcio receberá o suporte do Iesalc/Unesco para as suas atividades e será convidado a participar de projetos de âmbito internacional juntamente com todas as IES consorciadas”, explicou Reis.

No caso da parceria firmada com a Fundação Pan-Americana de Desenvolvimento (PADF), para promover estratégias STEM (sigla em inglês para science, technology, engineering and mathematics, e que representa um sistema de aprendizado científico que agrupa essas disciplinas educacionais), seu objetivo é fomentar a inovação no ensino e na pesquisa científica, além de desenvolver projetos voltados para escolas públicas em áreas de vulnerabilidade social.

“O foco deste projeto é envolver, no mínimo, 40 professores para participar de uma formação de 24 horas, sendo 6 horas síncronas e 18 horas presenciais. A seleção considerará formação em STEM, experiência de ensino nestas áreas e o envolvimento em atividades de extensão e as inscrições vão até 20 de março”, explicou Reis.

Ainda segundo o presidente do consórcio, caberá ao professor que participar dessa formação apresentar um projeto de extensão para replicar o conhecimento desenvolvido em uma escola pública, que deverá ser indicada; assumir o compromisso de replicar as estratégias junto às escolas selecionadas; selecionar um projeto para cada uma das regiões brasileiras, priorizando as com maior vulnerabilidade social; acompanhar o processo de desenvolvimento das atividades junto às escolas; destinar os projetos aos professores das áreas de STEM das escolas de educação básica, e auxiliar na criação de uma feira STEM.

Já a IES ficará a responsável por firmar um convênio com a escola selecionada para o desenvolvimento do projeto de extensão junto às escolas escolhidas; auxiliar o professor na definição das equipes e dos alunos que poderão apoiar o projeto e acompanhar as ações realizadas junto às escolas para viabilizar a conclusão do projeto até dezembro de 2023. E, finalmente, ao Consórcio caberá, atuar no planejamento das oficinas junto às escolas, disponibilizando materiais e acompanhando o desenvolvimento dos projetos. Por fim, o presidente do STHEM Brasil detalhou a parceria com a Universidade de Coimbra, financiada pela União Europeia.

“Em janeiro assinamos um acordo de cooperação com duração de três anos pelo qual o Consórcio dará suporte para uma série de iniciativas estratégicas de inovação pedagógica que serão desenvolvidas para gerar impacto na Universidade. Foi também formada uma rede que conta com o Consórcio, com o Instituto Tecnológico e de Estudos superiores de Monterrey, no México, com a Arizona State University, e mais cinco escolas inovadoras de ensino básico de Portugal para organizar o projeto SIPI”, ele diz.

“Seremos corresponsáveis pela organização de um laboratório de inovação pedagógica na Universidade de Coimbra e de eventos focados na inovação. A participação das IES consorciadas no SIPI será possível, desde que tenham experiência nos projetos que serão desenvolvidos. Em janeiro deste ano foi realizada uma visita técnica em Coimbra, que contou com a participação de IES que são do STHEM Brasil”, disse Fábio Reis.

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