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Saldo positivo da tecnologia na educação permite interações pedagógicas personalizadas e acompanhamento individual e transparente

Os meses de de agosto e setembro devem marcar um retono em massa das aulas presenciais das escolas públicas e privadas em muitos estados. Até julho, as instituições de ensino em Sãp Paulo, por exemplo, podiam receber somente 3% dos alunos matriculados por dia. A partir de agora, as próprias escolas poderão determinar a quantidade de alunos que frequentarão as aulas presenciais.

Especialistas são unânimes: a pandemia desafiou escolas e educadores mundo afora a repensarem suas práticas e se reinventarem. Mas como ficam todos esses avanços em um cenário um pouco mais otimista, com professores vacinados e a previsão de retorno ao presencial?

“A tecnologia veio para ficar, permitindo novas experiências, fomentando o protagonismo estudantil, aumentando o engajamento, maior desafio durante a pandemia e, sobretudo, diversificando e enriquecendo o processo de ensino aprendizagem”, avaliou Alexandre Sayão, CEO da Plataforma A+

A edtech foi criada pouco antes da pandemia para oferecer soluções de tecnologia dentro e fora da sala de aula. Para Sayão, a disponibilização crescente de parte dos conteúdos e aulas online, a inserção de realidade virtual e realidade aumentada em projetos e aulas, e o uso de dados para conhecer melhor cada aluno e adaptar o ensino às suas necessidades são tendências da nova era do ensino no Brasil.

Para quem tem dúvidas sobre o papel da tecnologia diante do retorno físico às aulas, educadores garantem: a tecnologia possibilita um retorno presencial mais seguro em diversos aspectos. Alexandre Sayão ainda acredita que as videoaulas síncronas permitem que parte da turma assista de casa por meio de rodízio, mantendo distanciamento social.

Uso de tecnologia na educação tem saldo positivo em todos os setores da escola

Sistemas de gestão de aprendizagem (LMS) viabilizam interações pedagógicas entre professores e alunos e a construção de trilhas personalizadas de ensino a partir de dados de cada estudante. E aplicativos de comunicação garantem uma comunicação fluida, rápida e transparente entre escolas e famílias, incluindo protocolos, avisos e canais de atendimento durante o período.

Mas a mudança não foi só na sala de aula. Relatórios individualizados, gestão personalizada, adoção de plataformas tecnológicas, atualização permanente de processos e altos investimentos em inovações técnicas e operacionais são, agora, temas comuns na administração escolar.

Para Jorio Jadjiski, diretor de Operações da Inspira Rede de Educadores, a pandemia acelerou a necessidade de a escola ser mais eficiente na gestão de recursos: “Agora, a escola não quer ser melhor apenas do ponto de vista educacional, oferecer programas diferenciados. É importante estar atento a iniciativas para que a escola seja mais organizada e saudável financeiramente. A raiz disso tudo é uma transformação social, já que a família brasileira quer oferecer serviços mais sofisticados aos seus filhos e isso, além de investimento, exige tecnologia”.

Para muitos especialistas, o saldo no pós-pandemia é muito positivo. Mais do que a sala de aula na casa do aluno, a educação ganhou novas dinâmicas, formatos e ferramentas pedagógicas que permitem uma nova experiência de educação, na qual escola e sala de aula retomam seu papel central, potencializadas por uma tecnologia que quebra barreiras de espaço, tempo, ritmo e formatos.

“A pandemia deixa como legado um novo modelo de ensino no qual aluno e professor se tornam protagonistas do aprendizado. A transformação digital chegou para ficar e a tendência é que a tecnologia continue complementando o de um corpo docente qualificado e multidisciplinar, pois é fato que unir excelência e dedicação de bons professores à tecnologia é o melhor caminho”, complementou Jadjiski.

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