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Especialista Educacional Pedagógica da edtech Jovens Gênios, Aline Rabelo Marques fala ao Educador21 sobre a importância da tecnologia na educação

A presença da tecnologias na Educação é uma realidade irreversível, na opinião de educadores dos quatro cantos do mundo. Principalmente na realidade pós-pandemia. Também é fato, por outro lado, que as restrições impostas pelo período de distanciamento social como principal medida para conter a Covid-19 escancarou as desigualdades no setor, e vai daixar tanto impactos positivos quanto negativos.

São muitos obstáculos a serem superados. Falta de equipamentos, conexão ruim, falta de formação para que professores pudessem usar tecnologias digitais são alguns dos citados pela Especialista Educacional Pedagógica da edtech Jovens Gênios, Aline Rabelo Marques, que fará uma palestra na Bett Brasil 2022

“Apesar do agravamento de disparidades advindas da pandemia, vejo um aspecto bastante positivo para o campo educacional brasileiro: a tomada de consciência sobre a importância da inserção de recursos digitais nos processos de ensino e aprendizagem na escola”, disse Aline.

Muitas escolas já se preparavam para adotar novas tecnologias no período pré-pandemia, pois já haviam entendido que essa geração de estudantes estava demandando inovação de práticas, métodos, metodologias e recursos. Mas o que se notava, ainda, era uma população de professores reticentes ou sem saber por onde começar a mergulhar no universo digital, segundo observou Aline.

“Apesar dos muitos desafios, vi, ouvi, acompanhei inúmeros professores fazendo história, e com certeza isso é extremamente significativo. E precisa ser registrado. Professores que não acreditavam que conseguiriam lidar com o pacote office e hoje fazem coisas incríveis com plataformas bem mais robustas”, disse a especialista, que atualmente, dá suporte na criação, implementação e desenvolvimento das ações e projetos educacionais pedagógicos na Jovens Gênios.

A questão neste momento, para Aline, já não é mais discutir se a tecnologia deve ou não estar na escola, mas como a tecnologia na educação deve continuar a ser inserida. “Assim como não faria sentido uma escola sem a palavra escrita, já não faz mais sentido pensar em uma instituição de ensino sem tecnologias de aprendizagens digitais”, sentencia a especialista.

O que esperar para o futuro e como inovar no segmento?

A tecnologia e as metodologias ativas são apontadas como o caminho natural da educação. Cada vez mais, se apresentam no cenário educacional como parte de uma nova tendência pedagógica. Isto porque, segundo Aline, respondem às demandas dos alunos, por novas formas de ensino na prática escolar, que provocasse mudanças na forma como ele estivesse aprendendo.

“As tecnologias digitais contribuem para tornar mais eficientes processos, como elaboração e correção de provas, identificar a níveis mais micros as defasagens e proficiências de cada aluno, adaptatividade da trilha de aprendizagem de acordo com a evolução de cada estudante, como a plataforma de personalização de ensino e aprendizado da Jovens Gênios, que tem essa e outras funcionalidades”, explicou a especialista.

Mas como trilhar esse caminho diante da atual formação dos professores? Aline Rabelo,  acredita que o ponto de partida para essa mudança deva começar inovando pela pesquisa. E indica três livros aos nossos leitores:

Aline Rabelo ainda lembra que o momento atual é de reestruturação dos cursos de formação inicial de professores. As instituições de ensino têm até o fim deste ano para se adequarem à Portaria nº 2.167, de 19 de dezembro de 2019, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e Institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica-BNC-Formação.

‘Educação de qualidade se faz junto’

Na opinião de Aline Rabelo, o ano de 2022 apresenta um potencial de definir os rumos dos próximos anos, ou até décadas, para a educação brasileira. E destaca que “a correlação direta entre teoria e prática é mais do que necessária no curso de Pedagogia, é urgente”. Mas por onde começar?

A especialista pontua que a educação de qualidade se faz junto, em um movimento de colaboração. Por isso, acredita participar de eventos educacionais como a Bett Brasil, no qual se pode fazer trocas com educadores de diferentes escolas, redes, de diferentes regiões do país, seja um ótimo primeiro passo.

Aline Rabelo ainda deixou três sugestões para contribuir com o redesenho e a inserção da tecnologia na educação para os próximos anos:

  • Num primeiro momento, sugiro que cada educador ou pessoa disposta a fazer parte desse plano de ação comece reservando um tempo para pensar e anotar sobre as dores e dificuldades que esteja enfrentando em sua escola ou sala de aula. A ideia é que seja um momento sem filtro, que se tenha liberdade para escrever tudo que vier à cabeça.
  • Em um segundo momento, que sejam ordenos os problemas por prioridade. Para isso, se faça algumas perguntas: “Quais dessa lista mais impactam para que os alunos não tenham aprendizagens significativas?”. Você precisa ter claro as três principais dores.
  • O terceiro passo é levar essas dores para momentos de discussão com outros educadores, seja da sua própria escola ou de outras instituições.

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