Skip to main content

Conclusão é da pesquisa “O Futuro da Educação”, conduzida pela KPMG no Brasil com 200 profissionais do setor no fim de 2023

Quais são os principais desafios da Educação para os próximos anos? Enfrentando problemas de várias ordens – estruturais, pedagógicos, financeiros, sociais, culturais –, e também complexos, o setor requer soluções rápidas, embora algumas sejam mais difíceis de se resolver que outras. Para entender melhor esse cenário, foi realizada, no fim de 2023, a pesquisa “O Futuro da Educação”, conduzida pela KPMG – empresa que presta serviços de Audit, Tax e Advisory para ajudar a reduzir riscos e aproveitar oportunidades – com 200 profissionais do setor.

Uma das principais conclusões do levantamento aponta que o principal desafio da Educação no Brasil nos próximos anos é ter docentes preparados para lidar com novas ferramentas e inovações tecnológicas (31%). Após esse, seguem: mudança no perfil dos alunos em relação a produtos e serviços obsoletos (18%); inovação tecnológica e oferta de serviços digitais (18%); captação e retenção de alunos (15%); recuperação do ticket médio (15%); e falta de recursos financeiros para expansão e inovação (3%).

Mas sobre o maior desafio das instituições no atual momento, os respondentes indicaram: inovação tecnológica e desenvolvimento de novos produtos e serviços (40%); fluxo de caixa e gestão financeira (18%); custos e despesas que crescem acima da receita (18%); qualificação do corpo docente (12%); vagas ociosas e evasão (9%); e concorrência (3%). Todos esses, itens afins à transformação digital.

“A intensificação do acesso à internet, aos celulares e a outros dispositivos móveis, além de computação em nuvem, robótica, Internet das Coisas, metaverso, plataformas de ensino a distância, streaming e Inteligência Artificial, estão transformando para sempre salas de aulas, currículos e a relação entre professores e alunos. Nesse contexto, todos os participantes do ecossistema devem estar preparados para profundas mudanças durante os próximos dez anos”, afirmou Marcos Boscolo, sócio-líder para o setor de Educação da KPMG no Brasil.

A pesquisa ainda evidenciou possíveis impactos da recessão econômica e da redução de emprego e renda dos últimos anos. Apesar das adversidades, para quase metade (48%) dos entrevistados, as instituições cresceram. Contudo, 36% afirmaram que perderam alunos para a rede pública ou privada. Outros 12% disseram que não sofreram impactos, e 4% afirmaram ter ganho alunos de outras instituições.

Transformação digital aparece em outros dados coletados pela pesquisa da KPMG 

De acordo com a publicação da KPMG, ainda é grande a lacuna entre o que é oferecido pelo Ensino Superior e o mercado de trabalho. Para quase metade (42%) dos executivos, os cursos estão defasados em relação às necessidades de mercado, e mais da metade deles (55%) consideram que os conteúdos apresentados são apenas parcialmente aderentes a essas necessidades. Para 3% não há esse tipo de informação na instituição. Nenhum respondente (0%) disse que os cursos são totalmente aderentes ao mercado.

A formação na Educação Básica também foi analisada na publicação. Para 46% dos entrevistados, os alunos formados no Ensino Médio apresentam conhecimentos muito abaixo do necessário para ingressar no Ensino Superior. Outros 46% consideram que esse conhecimento está parcialmente abaixo do necessário. Outro dado está na diferença de qualidade entre ensino público e privado. Para mais da metade deles (64%), a diferença entre as duas redes é grande e vem aumentando, enquanto 33% consideram que a diferença é grande, mas está diminuindo.

“Com transformação digital, social, tecnológica e econômica cada vez mais ágil, o setor de Educação no Brasil precisa investir corretamente recursos, tempo e talentos para acompanhar a evolução não só das tecnologias emergentes, mas também das empresas e da sociedade”, complementou Marcos Boscolo, da KPMG.

Sobre ações governamentais para incentivar desenvolvimento, crescimento e melhoria da qualidade da educação privada no país, as principais respostas foram: criação de incentivos fiscais para educação básica (42%) e redução da carga tributária sobre a folha de pagamento docente (39%). Em relação aos planos de expansão, para metade (45%) a principal estratégia é o crescimento orgânico no segmento. Outros 29% desejam expandir para outras regiões. A atuação em ESG também foi abordada. A maior parte (41%) mencionou que suas organizações estão na fase de estratégia, enquanto um terço (35%) está na fase de avaliação.

Compartilhe: