Skip to main content

O CEO da edtech MedRoom, Vinícius Gusmão, criou uma lista de 5 etapas para inovar no ambiente educacional

Com a pandemia, a Educação se viu obrigada a investir pesadamente em inovação para melhorar a experiência dos estudantes e professores durante o período de distanciamento social. Dessa forma, conseguiu-se garantir uma continuidade da aprendizagem em diferentes níveis. Isso acabou por dividir o cenário educacional brasileiro em dois momentos: pré e durante a pandemia.

Antes do coronavírus já havia uma forte adoção de tecnologia na área educacional. Mas com ferramentas mais voltadas para questões administrativas e burocráticas, como o gerenciamento de informação e arquivos. Durante a pandemia, passou-se a observar um movimento mais voltado para o entendimento da trajetória do aluno e em como fornecer o conteúdo para estes estudantes.

Mais do que gerenciar essas informações, a busca é direcionada, agora, para o conteúdo que deve ser apresentado em cada etapa. E, princialmete, em como passar essa informação para garantir uma melhor experiência para professores e alunos. De olho neste segundo momento, Vinícius Gusmão, CEO e cofundador da MedRoom, edtech especializada no desenvolvimento de tecnologia para o ensino de anatomia dentro e fora do Brasil, criou uma lista de cinco etapas básicas para quem deseja inovar no ambiente educacional.

A edtech MedRoom oferece o mais completo modelo do corpo humano em 3D do mundo e usa a realidade virtual para possibilitar uma experiência mais profunda e interativa do aprendizado. No Atrium, os alunos podem estudar livremente o corpo humano, explorar cada estrutura, isolar órgãos e sistemas de uma maneira nunca antes vista.

Inicialmente incubada no Eretz.bio — centro de inovação e empreendedorismo do Hospital Albert Einstein –, a startup já está presente em mais de 30 instituições, dentro e fora do Brasil. Atualmente, faz parte do grupo Ânima Educação, incorporando a proposta de trabalho da INSPIRALI. Aplica a imersão da tecnologia de realidade virtual (VR, do inglês virtual reality) junto a estratégias de gamificação para criar experiências destinadas à educação em uma plataforma completa de educação médica.

Conheça as 5 etapas para inovar em Educação definidas por Vinícius Gusmão

1. Reconhecimento

De acordo com o CEO da MedRoom, não existe uma receita para a aplicação de tecnologia ou para a transformação digital de qualquer ambiente. O especialista afrma ser necessário entender a realidade de cada local e definir o resultado esperado para se preparar a estratégia de implementação de cada ferramenta.

Para Vinícius Gusmão, dois pontos de mudança importantes devem ser considerados nessa transformação. Como a experiência de usuário, tanto no aprendizado do aluno quanto no ensino dos professores, e também a mudança de cultura. “Temos um mercado muito consolidado e que dá certo, mas com espaço para melhoria”, disse o CEO.

2. Dimensionamento

Gusmão ressalta que um outro ponto importante é dimensionar a aplicabilidade da nova solução. “É necessário elencar quais investimentos deverão ser feitos, como a mudança será feita e quais os custos que se deve considerar”, disse.

Além disso, o CEO acha interessante considerar que a mudança aconteça aos poucos, mas não necessariamente de forma lenta. “Podemos modularizar essa mudança trabalhando com o administrativo, professores e alunos de forma gradual, com cada um deles entendendo suas necessidades e adaptando discursos. Tudo isso de forma paralela, garantindo a melhor experiência em todos os níveis”, explicou.

3. Procurar soluções

O CEO tmbém reforçou a importância de se conhecer as soluções oferecidas no mercado. Isso é crucial para recochecer qual se encaixa melhor com o objetivo da sua instituição. Vinícius Gusmão ainda pontuou que, atualmente, existe uma vasta gama de startups que trabalham para o aprimoramento do ensino e da aprendizagem no Brasil.

“Pensando em ferramentas como a da MedRoom, dois benefícios do ponto de vista didático observados ao se trabalhar com realidade virtual na educação, são a otimização da curva de aprendizado e maior retenção do conhecimento, ou seja, o aluno aprende mais rápido e lembra deste conteúdo por mais tempo. Mas também por um lado administrativo, temos uma otimização de custo ao se considerar estrutura, materiais de uso recorrente, pessoal e risco de utilização ao se comparar um laboratório tradicional com um laboratório virtual”, explicou.

4. Ciclo de interação

Como em qualquer mudança dentro de uma organização, é necessário ter consciência deste ciclo de interação. Para isso, o CEO da MedRoom questiona:

  • a solução está sendo aplicada com sucesso?
  • a pessoas estão aderindo?
  • estou alcançando os resultados esperados?
  • o que posso aprender e ajustar com esse processo?

Segundo Vinícius Gusmão, ao observar todos esses pontos é possível corrigir a rota e até problemas que possam aparecer no caminho. Sua dica é fazer essa avaliação a cada três meses. Com ciclos menores, pela sua experiência, é possível responder aos imprevistos com muito mais agilidade.

5. Multiplicação

Quem passou por todos os passos anteriores encontrou a solução ideal, aplicou e está tendo sucesso com a transformação, de acordo com Vinícius Gusmão. É, então, hora de multiplicar ou escalonar.

“Se o seu laboratório de inovação foi aplicado com um único ano de graduação ou área de aprendizado, é o momento de expandir para outros períodos e outras áreas da instituição. Transformar o ambiente educacional em um laboratório de inovação tem como benefício principal o engajamento do aluno. Este engajamento não só é benéfico para o próprio aprendizado, mas também para a instituição, diminuindo taxas de evasão”, orientou Gusmão.

Bônus: os benefícios

O CEO do MedRoom reforçou que o próprio cenário da pandemia já mostra o início da habituação do aprendizado aliado à inovação. “As crianças estão tendo aulas em plataformas de chamada online e YouTube e sua relação com tecnologia começa muito cedo. O vocabulário e socialização no ambiente tecnológico já estão presentes no seu dia a dia e com isso elas estão em um ambiente mais propício ao uso dessas ferramentas também para o aprendizado.”

Apesar de existir uma vertente que acredita que essa transformação tecnológica pode deixar o aprendizado cada vez mais impessoal, automatizado e, até mesmo, diminuir o papel do professor, o CEO mostra um outro lado.

“Vemos a prevalência da vertente contrária onde, por exemplo, não temos a diminuição do papel do professor, mas uma pulverização desse papel ao longo jornada de aprendizado. O que aumenta a modularização e customização com um suporte tecnológico”, ensinou Vinícius Gusmão.

Compartilhe: