Especialista na área, Igor Pelúcio, CEO da edtech Desenrolado, indica três medidas para incentivar o envolvimento dos estudantes e aumentar seu interesse em aprender
Igor Pelúcio*
A tecnologia está sendo muito utilizada dentro e fora das salas de aulas. Mas, para que as instituições de ensino e as escolas consigam bom engajamento dos alunos, é primordial que eles sejam protagonistas do seu processo de aprendizagem. Ou seja, devem ter o poder de decisão sobre quais ferramentas querem utilizar para que foquem naquelas que mais despertam seu interesse e facilidade em aprender.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, instituto de pesquisas do Grupo Folha, o percentual de alunos sem motivação para estudar saiu de 46%, em maio para 54%, em setembro. Por este motivo, é sempre importante desenvolver materiais criativos nos formatos digitais para conquistar o interesse deles e consequentemente os melhores resultados. Além disso, é fundamental aliar esses materiais com a presença e orientação dos professores. A junção desses dois fatores contribui para um bom aproveitamento durante as atividades.
Diante desse cenário, é importante e imprescindível adotar medidas que ajudam no envolvimento dos estudantes e aumentem seu interesse em aprender. Diante do contexto de expansão do uso do digital na educação, objetos digitais de aprendizagem se apresentam como uma boa opção para alcançar o engajamento dos alunos. Confira abaixo alguns exemplos!
- Diversifique o ensino com conteúdo digital – Aulas criativas e dinâmicas atraem a atenção dos estudantes e os mantêm engajados. Por isso, é muito importante que as instituições invistam em diferentes ferramentas como vídeos interativos, jogos, chat animado, audiolivro, podcasts, entre outros. Mas, para tanto é preciso planejar bem e dividir o tempo e as atividades que serão usadas nesses tipos de conteúdos, sempre visando a dinâmica adotada pelos alunos em suas casas.
- Promova a troca de ensinamentos – O envolvimento de toda a turma é fundamental para que o ambiente escolar seja agradável e incentive a troca de conhecimentos. Isso deve ser muito valorizado pelos professores e sistemas educacionais. Outra maneira de promover o desenvolvimento intelectual é estimular discussões nas aulas. Isso pode ser feito com a ajuda das ferramentas digitais e a interação deve servir para ouvir a opinião deles sobre esses materiais.
- Dê autonomia para os alunos em sala de aula – Para que eles sejam protagonistas dos seus processos de aprendizagem e queiram utilizar recursos digitais para aprimorar seus estudos, é preciso que entendam que têm essa autonomia. E, os educadores são a peça-chave desse processo, são eles que devem ajudar a fomentar essa liberdade. Para tanto, devem propor o uso de soluções cada vez mais inovadoras que complementarão os estudos, sem deixar de guia-los quando necessário.
Diante dos insights citados acima, podemos dizer que não há uma regra a ser seguida. Isso se dá principalmente porque os receptores das informações não são iguais, cada um tem a sua particularidade e os profissionais da área precisam ter isso em mente para que seja possível adotar ferramentas de forma personalizada para os alunos. Por isso, o digital torna-se uma ferramenta importante para atender as particularidades dos estudantes. Por meio dele, é possível garantir materiais diversos, que compreendem maneiras diferentes de aprender. Esse é um passo importante para motivar os alunos.
Os métodos de ensino não devem ser mais engessados como alguns anos atrás. A realidade do setor educacional mudou muito de uns tempos para cá, mas isso ficou ainda mais evidente depois da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). Por isso, as instituições de ensino devem se preparar para o cenário do novo normal e ficar atentos as soluções inovadoras disponíveis no mercado para melhorar o engajamento dos alunos e a performance escolar.
*CEO da Desenrolado, maior produtora de conteúdo digital educacional do Brasil