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Constanza Hummel mostra como o storytelling, a habilidade de contar histórias, tornou-se essencial na promoção do desenvolvimento profissional

Desde os primeiros registros da humanidade, com as pinturas rupestres, a arte de contar história é utilizada para ilustrar conceitos complexos, transmitir valores e informações de forma mais palatável. Por isso, para além da literatura e do cinema, o storytelling se mostra extremamente útil em estratégias de treinamento profissional.

Não podemos negar que narrativas bem construídas têm o poder de envolver e cativar a atenção das pessoas, tornando-as uma ferramenta valiosa para a transmissão de conhecimento e habilidades. Ao utilizar histórias em contextos de treinamento, é possível tornar o aprendizado mais envolvente, memorável e eficaz, pois auxilia os alunos a absorverem informações de maneira mais eficiente.

Nesse sentido, seja para ilustrar conceitos complexos, fornecer exemplos práticos e inspirar uma compreensão mais profunda, conectando-se emocionalmente com os participantes, essa habilidade tornou-se um auxílio essencial na promoção do desenvolvimento profissional, contribuindo para a retenção de informações e a motivação dos aprendizes.

Como contar uma história

Apesar de ser vantajosa, para que a estratégia funcione, a história deve ressoar com o público, por isso, o primeiro passo para incluir as técnicas de storytelling nos programas de capacitação é alinhar o objetivo do treinamento ao perfil de aprendizagem dos times. A partir daí é possível definir todo o tom, a linguagem e as ferramentas que serão utilizadas para apresentar a narrativa, sejam elas apresentações interativas, vídeos, atividades gamificadas e outras mais.

Além disso, uma narrativa engloba uma variedade de elementos essenciais, por exemplo, a ambientação e a construção de personagens são componentes-chave para que os participantes possam imergir nas experiências da narrativa, criando conexões significativas com os perfis e necessidades das personas envolvidas.

Outro ponto se trata da apresentação do conflito, que desempenha um papel crucial, uma vez que introduz os desafios que os personagens enfrentarão ao longo de sua jornada. No contexto empresarial, esses desafios devem ser reflexos das situações cotidianas da empresa, porque é, dessa forma, que eles se tornarão mais relevantes para os participantes.

Na sequência, é natural que a narrativa evolua em direção à resolução desses desafios, concentrando-se na identificação de estratégias e na apresentação de ações práticas que conduzam a soluções efetivas, nesse momento, é possível aplicar soluções mais práticas, que estarão presentes na rotina dos colaboradores.

Por último, assim como a fase inicial de apresentação deve envolver e cativar o público, o desfecho da narrativa serve como um estímulo à ação. Ao demonstrar a evolução dos personagens e incitar os participantes a aplicar os conhecimentos adquiridos na prática, a narrativa se torna uma ferramenta poderosa para inspirar mudanças e aprimoramentos no ambiente profissional.

Ao final do processo, outro aspecto relevante para a empresa é realizar uma avaliação, a fim de monitorar a implementação dos ensinamentos no ambiente corporativo. Isso permite avaliar a eficácia do programa de treinamento, identificar eventuais necessidades de ajustes no roteiro das atividades de desenvolvimento ou considerar a realização de novos treinamentos, conforme apropriado.

Por meio de elementos como esses e de uma estratégia bem fundamentada, os formadores e treinadores possuem a capacidade de transformar informações abstratas em experiências vívidas e memoráveis para os participantes. Como resultado, o storytelling se estabelece como um catalisador eficaz para o desenvolvimento de habilidades, a motivação e a aplicação prática de conhecimentos no ambiente profissional. Afinal, todos gostam de acompanhar histórias.

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