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Relatório do HolonIQ avaliou mais de 2mil edtechs da América Latina e do Caribe para o ranking LATAM Edtech 100 2021

O LATAM Edtech 100 2021, levantamento divulgado esta semana pelo HolonIQ, empresa australiana de consultoria especializada em educação, apresentou as 100 principais edtechs do segmento na América Latina e Caribe. O relatório inclui 11 países da região e é elaborado pela Unidade de Inteligência do HolonIQ e por especialistas do mercado.

No total, foram avaliadas mais de 2 mil edtechs , com base digital que inclui capital, equipe, mercado, produto e tração. As empresas premiadas abrangem todo o ciclo de vida do aluno, do pré-primário ao aprendizado ao longo da vida. Na avaliação do HolonIQ, as edtechs latino-americanas e caribenhas estão reimaginando o acesso à educação, a entrega e o impacto em toda a jornada do aluno.

O Brasil lidera na região, representando a maioria das edtechs, com 38% delas sediadas no país. Em seguida estão México (17%), Argentina (13%), Colômbia (11%), Chile (8%) e Peru (6%). Entre as 100 principais, 35% delas tem menos de cinco anos de atividade, e 12% iniciaram seu empreendimento em 2019 ou 2020, durante o pico da pandemia Covid-19.

O relatório aponta, ainda, que 62% têm entre seis e dez anos. As 100 Edtechs do LATAM Edtech 2021 têm aspectos semelhantes, principalmente no foco para a qualificação do ensino-aprendizagem, visão para o mercado de trabalho e nos sistemas de gestão, áreas que são prioridade para governos, empregadores e indivíduos.

Layers Education e Jovens gênios integram o ranking

A gestão educacional é um segmento significativo dentro da coorte de 2021, já que as edtechs apoiam escolas e universidades para fornecer soluções digitais e dar suporte a eficiências administrativas online. Nesse segmento, entre os destaques estão Plataforma A, UOL EdTech e Layers Education.

No caso da Layers Education, o investimento contínuo mesmo nos momentos mais críticos de pandemia levou à conquista de novos clientes e aumento de sua base para mais de 350 mil alunos. O grande salto foi o desenvolvimento de um Super App, que agrega diversos serviços para as escolas, alunos, professores e pais.

Segundo Danilo Yoneshige, fundador e CEO da Layers Education, mesmo sob os impactos do novo coronavírus, o crescimento para 2021 é muito mais promissor. A Layers prevê crescer 388% este ano.  “Poucos segmentos cresceram tanto nos últimos anos como o das edtechs, inclusive no Brasil. O mercado global das Edtechs foi de US$ 186 bilhões em 2019 e pode alcançar US$ 368 bilhões em 2025”, disse Yoneshige.

À medida que o digital se torna cada vez mais integrado à educação, sobretudo no ensino básico – Fundamental I e II (K12), as escolas buscam melhores sistemas de comunicação, soluções analíticas e ambientes de aprendizagem. A startup educacional Jovens Gênios, especializada em Gamificação e Inteligência Artificial, também eleita como uma das principais empresas do LATAM Edtech 100 2021, tem ampliado sua atuação para além da sala de aula.

A Jovens Gênios promove anualmente a Olimpíada Nacional de Gamificação, que este ano reunirá mais de 75 mil alunos dos anos finais do ensino fundamental. A proposta com a Olimpíada é reduzir as defasagens e o desinteresse dos alunos matriculados em escolas públicas e particulares de todas as regiões do país. 

“Para avançar com educação de qualidade, precisamos engajar e reaproximar os alunos do processo de aprendizagem, muito prejudicado após a interrupção das aulas presenciais em decorrência da pandemia de Covid-19. A grande vantagem de um megaevento como a Olimpíada Nacional de Gamificação é que os professores conseguem ter um Raio-X das principais defasagens e proficiências dos estudantes e das turmas pautadas na BNCC. E é ainda uma oportunidade para as escolas promoverem todo o potencial de seus alunos”, disse Bernard Caffé, cofundador e CEO da Jovens Gênios, edtech que recebeu, recentemente, investimentos da Faber-Castell.

Perspectivas do mercado de edtechs para 2022

A pandemia incentivou o nascimento de muitas e novas edtechs, com retorno da possibilidade de empreender em educação. Para Thiago Chaer, CEO da aceleradora Future Education, os desafios ainda são os mesmos, sobretudo na Educação Básica. Na sua opinião, as edtechs têm que vir capitalizadas e com conhecimento do mercado, porque grupos educacionais e outras grandes edtechs já consolidadas no setor tornam a concorrência ainda mais acirrada.

“As perspectivas para 2022 são muito boas. Estamos em um momento favorável para absorver mais tecnologia educacional. Na educação formal, os grandes players se movimentaram no ensino superior que, aliás, também precisa fazer transformações para solucionar velhos e novos desafios”, disse Chaer.

O especialista ainda chamou atenção para uma outra tendência desse mercado, que vem segmentando cada vez mais.

“E tem o mercado de nicho, não regulados, como as escolas de idiomas e cursos livres que cresceram bastante no último período em meio à pandemia. Os fundos estão olhando para isso e como podem crescer no segmento. Por outro lado, as EdTechs precisarão de tração, consistência e presença em um mercado que é grande e exigente”, concluiu o CEO da Future Education, empresa responsável pela aceleração de cinco edechs que configuram no levantamento do LATAM Edtech 100 2021: Jovens Gênios, Layers Education, Kuau, Kanttum e Digital House.

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