Lara Crivelaro mostra que, com a globalização, a educação bilíngue aumenta o desenvolvimento de uma maior compreensão intercultural dos estudantes
A educação bilíngue tem se consolidado como um diferencial valioso para estudantes que desejam ingressar em universidades no exterior, proporcionando diversas vantagens que facilitam tanto o processo de admissão quanto o sucesso acadêmico. Um dos principais benefícios é o domínio de um segundo idioma, geralmente o inglês, que é essencial para a comunicação acadêmica e social em muitas instituições internacionais. O conhecimento avançado de um idioma estrangeiro não só permite acompanhar as aulas com maior fluidez, mas também ajuda na realização de testes de proficiência, como o TOEFL e o IELTS, amplamente exigidos por universidades no exterior.
Estudantes bilíngues desenvolvem a capacidade de pensar e aprender em diferentes idiomas, o que contribui para a compreensão de conceitos complexos e a adaptação a diferentes estilos de ensino. Esse diferencial é essencial para produzir textos acadêmicos de qualidade e para participar de discussões em ambientes multiculturais, uma realidade comum nas universidades internacionais. A experiência de se expressar em mais de uma língua permite uma comunicação mais clara e eficaz, o que pode ser decisivo no processo de seleção e na trajetória acadêmica.
Outro aspecto relevante da educação bilíngue é o desenvolvimento de uma maior compreensão intercultural. Estudantes bilíngues têm mais facilidade para se adaptar a novas culturas, o que é indispensável para o sucesso em um ambiente acadêmico internacional. Essa habilidade de transitar entre diferentes contextos culturais e linguísticos não apenas enriquece a experiência universitária, mas também torna esses estudantes mais atraentes para as universidades, que valorizam a diversidade e uma perspectiva global.
Além disso, o bilinguismo oferece acesso a uma gama mais ampla de recursos acadêmicos e oportunidades de aprendizado. Estudantes que dominam mais de um idioma têm mais facilidade em utilizar livros, artigos científicos e plataformas de ensino em diferentes línguas, o que amplia suas possibilidades de desenvolvimento acadêmico e profissional. Esse acesso a múltiplas fontes de conhecimento os prepara melhor para os desafios do ensino superior no exterior e os diferencia em processos seletivos competitivos.
No processo de admissão em universidades internacionais, o bilinguismo facilita de diversas maneiras. Estudantes bilíngues costumam se sair melhor em testes de proficiência, já que possuem uma base sólida no segundo idioma, atingindo as pontuações necessárias com mais facilidade. Além disso, a capacidade de produzir textos acadêmicos é um ponto forte: muitos processos seletivos incluem redações ou ensaios, e estudantes bilíngues, acostumados a se expressar em diferentes idiomas, conseguem articular seus pensamentos de forma mais clara e eficaz.
Entrevistas e interações orais, que fazem parte do processo seletivo de algumas universidades, também são áreas em que os estudantes bilíngues se destacam. A fluência no segundo idioma permite que eles se comuniquem com confiança, transmitindo suas ideias com clareza. Essa habilidade é valorizada em ambientes acadêmicos internacionais, onde a comunicação eficaz é fundamental para o sucesso.
Além de todos esses aspectos, a educação bilíngue promove uma maior facilidade de adaptação ao ambiente multicultural das universidades internacionais. Estudantes bilíngues estão mais preparados para enfrentar a diversidade cultural, integrar-se em diferentes contextos e se destacar em um ambiente globalizado. Eles demonstram uma sensibilidade cultural que é valorizada por instituições de ensino, que buscam estudantes com habilidades para colaborar em uma comunidade acadêmica diversificada.
Em síntese, a educação bilíngue não só facilita o processo de admissão em universidades no exterior, mas também prepara os alunos para prosperar em um ambiente acadêmico global, oferecendo vantagens que vão além da sala de aula e impactam diretamente sua trajetória acadêmica e profissional.
Doutora em Sociologia pela Unesp, Lara Crivelaro foi diretora de cursos de graduação e pós-graduação, pró-reitora, coordenadora geral de educação à distância e consultora de diversas universidades do Brasil.
Fundou a Efígie ao identificar uma lacuna na educação internacional e atualmente é CEO da empresa e também diretora-executiva do Instituto Educbank de Educação e Cultura.
Lara é avaliadora do Ministério da Educação (MEC) para credenciamento e autorização de cursos a distância e autora de cinco livros, sendo o último “A educação básica no palco internacional”.
