Lara Crivelaro traz para a Coluna Educação Global deste mês as vantagens de se investir na educação em uma escola internacionalizada
A internacionalização surge como um elemento importante na definição de instituições de ensino de qualidade no contexto atual. Uma escola internacionalizada vai além do ensino de uma nova língua ou da exposição a diferentes culturas; ela oferece um ambiente onde o global e o local se integram, promovendo uma educação que prepara os alunos para serem cidadãos do mundo.
A primeira e mais evidente vantagem de uma instituição internacionalizada é sua capacidade de preparar os alunos para um mundo em constante transformação, marcado pela crescente interconexão global. Nesse ambiente, os estudantes não apenas aprendem novos idiomas, mas também vivenciam experiências culturais diversas, desenvolvendo habilidades essenciais para atuar em contextos internacionais. O contato com diferentes perspectivas culturais fomenta uma compreensão mais abrangente e empática das dinâmicas sociais e econômicas ao redor do mundo, preparando os alunos para interagir de forma eficaz em ambientes multiculturais.
Essa competência torna-se indispensável em uma era onde as fronteiras nacionais estão se tornando mais permeáveis, tanto no mercado de trabalho, com a crescente demanda por profissionais que dominem diversas línguas e se adaptem a diferentes culturas, quanto na vida pessoal, onde a comunicação e as interações globais se intensificam. Assim, uma educação internacionalizada não só amplia o horizonte dos estudantes, como também os capacita a navegar com maior confiança e eficácia nas complexidades de um mundo cada vez mais interligado.
Além do conhecimento linguístico e cultural, escolas internacionalizadas frequentemente adotam metodologias de ensino que enfatizam habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas, criatividade e colaboração. Estas competências são essenciais para o sucesso em uma variedade de contextos profissionais e acadêmicos, preparando os alunos para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades em escala global.
Uma instituição com foco internacional muitas vezes oferece um currículo enriquecido, que vai além dos padrões educacionais locais. Programas de educação internacional, como o Duplo Diploma ou Bacharelado Internacional (IB), oferecem uma abordagem interdisciplinar e integrada, incentivando os estudantes a estabelecer conexões entre diferentes áreas do conhecimento e a aplicar o que aprendem de maneira prática e significativa.
A educação internacionalizada também desempenha um papel importante na formação de cidadãos globais conscientes e responsáveis. Em um mundo marcado por desafios complexos, como as questões ambientais, econômicas e sociais, é essencial que os futuros líderes e membros ativos da sociedade possuam uma compreensão holística e uma atitude responsável em relação a essas questões.
Por fim, a formação em uma escola internacionalizada proporciona uma vantagem competitiva significativa para os alunos, tanto no acesso ao ensino superior quanto no mercado de trabalho. Universidades e empregadores valorizam candidatos com experiência internacional, habilidades interculturais e a capacidade de operar efetivamente em ambientes diversificados.
Ao refletir sobre esses aspectos, fica claro que optar por uma instituição de ensino internacionalizada representa um investimento valioso e estratégico no futuro dos alunos. Essa escolha vai além de proporcionar uma educação diferenciada; ela amplia os horizontes acadêmicos, culturais e sociais, preparando os estudantes para se destacarem em um cenário global em constante mudança. Ao terem contato com diferentes culturas, idiomas e formas de pensar, os jovens adquirem uma visão mais abrangente do mundo, desenvolvendo competências como flexibilidade, pensamento crítico e empatia — qualidades cada vez mais demandadas no mercado de trabalho e na vida em sociedade.
Além disso, essa decisão não se limita ao crescimento acadêmico; ela afeta diretamente o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes, criando uma base sólida para sua atuação futura. Escolher uma escola internacionalizada é, portanto, uma ação estratégica que não só oferece oportunidades imediatas, como também gera impactos profundos e duradouros, capacitando os alunos para enfrentar os desafios de um mundo interconectado com confiança e competência.
Doutora em Sociologia pela Unesp, Lara Crivelaro foi diretora de cursos de graduação e pós-graduação, pró-reitora, coordenadora geral de educação à distância e consultora de diversas universidades do Brasil.
Fundou a Efígie ao identificar uma lacuna na educação internacional e atualmente é CEO da empresa e também diretora-executiva do Instituto Educbank de Educação e Cultura.
Lara é avaliadora do Ministério da Educação (MEC) para credenciamento e autorização de cursos a distância e autora de cinco livros, sendo o último “A educação básica no palco internacional”.
