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Discussões sobre o uso da IA generativa ganharam espaço em várias trilhas de conhecimento nos dois primeiros dias do GEduc 2025

A inteligência artificial generativa está mudando o mundo e, naturalmente o assunto acabou permeando temas debatidos em várias das trilhas de conhecimento do GEduc 2025. É a grande inovação do momento e já está presente no setor, seja nas plataformas adaptativas, na gestão administrativa ou para otimizar o dia a dia do professor. No primeiro dia do evento, o auditório recebeu duas palestras simultâneas no palco: uma abordando a IA na educação básica e a outra, na educação superior.

O professor Idelfranio Moreira, gerente-executivo de Ensino e Inovações Educacionais do SAS Educação, trouxe uma abordagem da IA na educação básica. O especialista frisou a necessidade de se implementar uma cultura de dados nas instituições de ensino – cultura esta que exige repertório, escuta e sensibilidade. “Dado é para te dar autonomia, se você não souber ler, não adianta ter”, disse.

Na palestra “A cultura de dados fazendo a diferença para a gestão pedagógica”, Ildefranio explicou que os dados precisam ser usados para gerar ações, mas que primeiro é preciso definir quais ações devem ser ser tomadas para então definir quais dados serão necessários.

“Se eu tiver dado e não tiver contexto, o dado não tem utilidade. Precisa saber dar contexto para os dados para que ele vire informação. Não adianta a produção de um volume grande de dados é enorme variedade se não souber contextualizar e que ações tomar. Se você não souber trabalhar com os dados, eles não têm valor”, afirmou o executivo.

Daniel Domingos, sócio-diretor de Dados, Analytics e IA na Cogna Educação, trouxe o case da sua empresa para conhecimento dos líderes presentes. Para além da prática pedagógica e do uso na gestão, o diretor reforçou a importância administrativa de transformar dados em ativos. “As empresas que não se adaptarem para transformar dados em informação vão enfrentar um cenário preocupante muito em breve”, disse, ao elencar as vantagens da gestão baseada em dados para instituições de ensino.

  • Tomada de decisões mais assertivas
  • Aprimoramento de processos
  • Melhor planejamento e alocação de recursos
  • Redução de desigualdades educacionais

Desafios da IA e novas abordagens metodológicas

À medida que a IA se consolida como aliada na educação, os estudantes se tornam não apenas consumidores, mas também protagonistas na construção de um aprendizado mais dinâmico e eficaz. Seu uso tem, inegavelmente, revolucionado as metodologias pedagógicas, proporcionando experiências de aprendizagem mais personalizadas e interativas.

No entanto, apesar dos benefícios, há desafios, como a necessidade de equilibrar o uso da tecnologia com a humanização do ensino e garantir que todos tenham acesso igualitário a esses recursos. Essa foi a abordagem da palestra “Inovações educacionais na perspectiva dos estudantes”, com participação de Fabia Antunes, diretora Pedagógica da Escola Lourenço Castanho, e Alexandre Gracioso, especialista no desenvolvimento de competências socioemocionais Pearson, no segundo dia do GEduc.

Para os estudantes, essas inovações representam uma transformação na forma de absorver conteúdos, com plataformas que adaptam o ensino ao ritmo individual, tutores virtuais que esclarecem dúvidas em tempo real e ferramentas que estimulam a criatividade e a resolução de problemas. “O desafio está em gerar um contexto de aprendizagem para o estudante, que deve ser verdadeiro”, pontuou Fabia.

Gracioso acrescentou que, do ponto de vista doss estudante das graduações, novas metodologias e o uso de ferramentas tecnológicas também precisam exercitar empatia. “Os estudantes estão chegando às universidades com menos resiliência para enfrentar problemas complexos. têm boa familiaridade com as tecnologia ubíquo, mas muita limitação para o uso de tecnologias com finalidades profissionais”, alertou o especialista.

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