Skip to main content

Confira a cobertura completa do Educador21 — parceiro de conteúdo da Bett Educar — dos quatro dias da II Jornada Bett Online

Durante quatro dias, educadores de todo o país realizaram uma verdadeira imersão em conteúdos relevantes, voltados para as mudanças no setor educacional. A II Jornada Bett Online, organizada pela Bett Educar — maior evento de inovação e tecnologia em Eduação da América Latina –, conectou os participantes por 25 horas e promoveu atualização, trocas de ideias e colaborações para a formação dos participantes.

As transmissões ocorreram ao vivo, por meio de uma plataforma digital em 3D. Com o tema “Transformação Digital e Humana da Educação”, o evento, realizado entre 11 e 14 de maio, se encerrou trazendo para os articipantes discussões sobre gestão de mudança e inovação.

O dia — e o evento como um todo — foi encerrado com a palestra inovadora de Alexandre Le Voci Sayad, jornalista e educador, diretor da ZeitGeist e co-chairman internacional da aliança internacional da Unesco em educação midiática, colunista da Revista Educação e apresentador do programa “Idade Mídia”, no Canal Futura, e do canal MídiaMundo no Youtube.

Sayad abordou questões pertinentes a contemporaneidade da educação, incertezas, impermanência e a complexidade em integrar saberes em uma bela analogia entre a educação e a navegação. “A tecnologia não é uma ferramenta, mas um elemento da nossa contemporaneidade com leitura do mundo. Temos que ser antropofágicos, temos que nos alimentar de tudo”, concluiu o palestrante.

A plataforma de transmissão do evento ficará disponível com todos os conteúdos até 21 de maio. Em breve, também será disponibilizado no YouTube. O Educador21, parceiro de conteúdo da Bett Educar, acompanhou as palestras e oficinas para trazer aos seus leitores uma cobertura completa do evento. Confira, a seguir, alguns dos principais momentos do quarto e último dia da II Jornada Bett Online.

Inclusão mediada por tecnologia foi discutida em dois painéis

A última tarde da Jornada trouxe quatro painéis para discussões guidas pelo eixo do dia: “Como as tecnologias podem incluir”, “Como obter sucesso na gestão escolar em um ambiente de incertezas”, “Por uma educação antirracista e antipreconceito”, “Inovação com Tecnologias Disruptivas” e a palestra inovadora foi “Tempos de Incerteza – Escola como Barco, Bússola e Boia”.

No painel dividido por Elisa Tomoe Moriya Schlünzen e Klaus Schlünzen Junior, professores do Grupo de Pesquisa Ambientes Potencializadores para a Inclusão na Universidade Estadual Paulista (Unesp), o assunto principal foi inclusão. E a aprendizagem baseada em projetos a partir do interesse dos estudantes.

Os especialistas atuam na formação de professores para a inclusão com orientações sobre recursos e funções com apoio da tecnologia. Acreditam que o professor é o condutor do conhecimento que poderá apresentar estratégias para incluir o aluno com deficiência “O projeto deve dar sentido à tecnologia e vez e voz ao aluno para descobrir que recursos ele precisa para se desenvolver”.

Seguindo o mesmo tema, a inclusão, Janine Rodrigues, escritora e educadora, fundadora da Piraporiando, Joana Oscar, gerente de Relações Étnico-Raciais, Mestre e Doutoranda em Educação pela UFRJ, Odara Delé, professora da rede pública de São Paulo e pós-graduanda em cultura, educação e relações étnico-raciais (USP), e Giovanni Harvey, presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá para a Equidade Racial, abordaram questões antirracistas e antipreconceito.

“As políticas públicas estão desacompanhadas dos sujeitos, dos coletivos. Precisamos que se comprometam com ações reais que implementem projetos e leis já existentes. Não bastam as cotas porque são políticas afirmativas momentâneas, até que a educação básica possa conseguir resolver na base”, disse Joana Oscar.

Sucesso na gestão escolar dependende de mudanças e inovação

Como mudar algo que sempre deu resultado? Como transformar uma instituição que já tem um legado importante? Com essa provocação, Sandro Bonás, CEO da Conexia Educação abriu sua palestra, que deixou claro: a figura do gestor super herói não tem mais espaço. “No modelo novo de gestão da educação, o gestor precisa delegar a seus colaboradores para escalar operação e crescer de maneira organizada, gerando uma melhor experiência para o seu cliente.”

Para Bonás, as escolas devem adotar uma filosofia de startups — testar rápido, implementar por tentativa e erro e criar um modelo de cultura ágil que horizontaliza a hierarquia. “Achatar o organograma e dar voz para as pessoas que falam com o seu cliente são os primeiros passos. Quem ganha o jogo é quem assume maiores riscos e entrega maior valor para o seu cliente. O segredo da inovação é diminuir a fricção, porque não adianta adotar 30 aplicativos e gerar ansiedade e tensão entre colaboradores e clientes”, explicou o CEO.

Os caminhos da disrupção na educação para os próximos anos também foram alvo dos palestrantes convidados. Domingos Sávio, diretor de Inteligência Competitiva do Grupo Tiradentes de Educação, e Romero Tori, professor associado da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), apostam, por exemplo, que a próxima grande disrupção tecnológica no setor se dará com a chegada do 5G.

Mas, para além das tecnologias e suas possibilidades, os eduadores acreditam que inovações são imprescindíveis. E, não necessariamente, têm custo alto de implementação. “Para inovar não é obrigatório ter muito recurso financeiro. Precisa, antes de mais nada, identificar a vocação da instituição, se é de criar ou de adotar inovação e/ou tecnologias”, comentou Sávio.

“Daqui a pouco, não vai fazer sentido o estudante se deslocar até a escola ou instituição de ensino para fazer algo que ele pode fazer a distância. Disrupção não é a tecnologia, mas o método, por exemplo, que possibilita baixar cursos, mas não necessariamente substituir o intercâmbio, que permite uma melhor vivência e experiência”, complementou Romero Tori, que aposta na chegada “para valer” do ensino híbrido como uma grande disrupção na educação.

Compartilhe: