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A Pearson, em parceria com a Degreed, realizou um Learning Talks para debater educação continuada tanto na área corporativa como na educação universitária

Organizado pela Pearson Higher Education em parceria com a Degreed, um Learning Talks reuniu, em São Paulo, especialistas para debater o futuro do trabalho, as habilidades digitais e o papel das instituições de ensino superior. O painel destacou a necessidade de uma abordagem educativa dinâmica e contínua, alinhada às expectativas e necessidades do mercado em geral, enfatizando a importância de um aprendizado que se integra diretamente aos objetivos profissionais e empreendedores.

Na abertura do evento, Heloisa Avilez, diretora Higher Education LatAm da Pearson, destacou algumas pesquisas relevantes sobre o assunto, relatando que, em cinco anos, o mundo deve presenciar a perda líquida de 14 milhões de posições de trabalho. Segundo a especialista, 1 bilhão de pessoas precisarão de requalificação até 2030 (upskilling), 42% das empresas priorizarão Big Data e IA, 44% da mão de obra terá De ser atualizada e as quatro principais habilidades priorizadas para qualificação serão:

  1. IA e Big Data
  2. pensamento criativo
  3. resiliência
  4. flexibilidade e agilidade no pensamento analítico
  5. Lista

Heloisa Avilez, diretora Higher Education LatAm

No debate, Graziela Moreno falou sobre as habilidades essenciais para os novos empreendedores, para que tenham mais conhecimento na gestão organizacional de seus negócios. “Há inúmeros incentivos para as novas empresas, porém, sem o aprofundamento de competências básicas através do aprendizado continuado, a tendência é que o sonho de empreender fique fadado a não prosperar e até a não dar certo”, explicou.

Ricardo Ponsirenas salientou que as universidades têm também o papel de adaptar os currículos de ensino às demandas do mercado corporativo atual. Dessa forma, ampliam a formação dando não somente teoria, mas também experiência aos alunos, para que saiam da faculdade com uma preparação mais ampla.

Já Gabriel Pegorelli destacou a importância do aprendizado tanto em soft skills como em hard skills fazer parte da cultura das empresas como um todo, pois o conhecimento não é finito, mas é móvel e constante. “Esse estudo contínuo faz parte do trabalho e deve estar inserido dentro da carga horária do trabalho, pois as mudanças são diversas e velozes, e a atualização é urgente e diária”, comentou.

Soft skills na educação e tecnologia que transforma

Um dos assuntos em destaque no Learning Talks foi o quanto é fundamental compreender a importância de ir além das habilidades técnicas e investir no desenvolvimento das competências comportamentais, que são as soft skills. “Há inúmeras capacidades que necessitam ser desenvolvidas pelos profissionais, entre as mais importantes estão a curiosidade, a automotivação, a proatividade e a disposição para correr riscos (sem medo de errar). Elas são fundamentais para que eles se desenvolvam e saiam da zona de conforto, se abrindo para novos conhecimentos e aprendizagem”, disse Pegorelli.

Ponsirenas defendeu que, embora a formação técnica universitária seja essencial para acompanhar o ritmo das demandas tecnológicas, é a combinação das habilidades técnicas com as soft skills que realmente se torna o diferencial competitivo. “Por isso, o universitário precisa ter a consciência de que necessita exercitar as suas aptidões humanas, como a criatividade e a comunicação, para que se desenvolva por completo. Normalmente, o mercado costuma contratar pelas hard skills, mas também costuma demitir pelas soft skills. O desafio da universidade é mostrar o quanto isso é relevante na formação do estudante para que alcance o sucesso almejado”, detalhou.

Para Graziela, o mindset empreendedor, que envolve o desenvolvimento de uma mentalidade que retrata o comportamento do profissional diante de adversidades e oportunidades, inclui também diversas habilidades como autoconhecimento, determinação, persistência, resiliência, visão estratégica e sistêmica, que são fundamentais para o sucesso e crescimento do empreendedor. “Neste processo, é importante uma autodescoberta com questões como: quem sou eu, qual é o meu superpoder e propósito, o que posso e quero fazer. Essas descobertas acionarão o botão da intencionalidade e disciplina, que levarão ao objetivo final”, afirmou.

Segundo Alexandre Gracioso, o evento foi oportuno, pois é preciso que empresas e universidades mobilizem tanto estudantes como profissionais e empreendedores para o aprendizado contínuo, objetivando o mercado corporativo e profissional. “Nesse processo de Lifelong Learning, considero essencial o uso de tecnologia como complemento às estratégias de aprendizagem, pois é uma linguagem muito contemporânea, que permite experiências diferentes. Tanto as instituições de ensino como as companhias devem entender quais soluções digitais irão promover a cultura de aprendizado, com foco no alcance dos objetivos quanto ao empreendedorismo ou ao desempenho profissional”, afirmou.

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