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Eberson Terra, um dos top voices do LinkedIn no Brasil, falará no GEduc 2025 sobre as características de bons gestores educacionais e como blindar as instituições de líderes tóxicos

A liderança tóxica é caracterizada por comportamentos abusivos e prejudiciais que afetam negativamente o ambiente de trabalho. O papel da liderança em uma organização é fundamental para desenvolver os profissionais, engajar as equipes, tomar decisões assertivas e alinhar esforços em prol dos objetivos da empresa. Um bom líder promove a colaboração, a inovação e um ambiente de trabalho positivo, impulsionando o sucesso e o crescimento da companhia e dos funcionários. No setor educacional, isso não é diferente.

“Parto da premissa que há três pilares principais para uma boa liderança: alinhar expectativas, não cobrar o impossível e potencializar talentos. Com isso e valores éticos, como respeito, transparência e responsabilidade, o líder cumprirá o seu papel”, disse Eberson Terra, executivo na área da educação e um dos top voices do LinkedIn no Brasil.

Terra explicou que líderes eficientes conduzem de forma empática a equipe por compreender que ninguém é robô e nem sempre se pode render acima da média todos os dias. “Da mesma forma, os professores, líderes em sala de aula, não podem mais imprimir um método militar com seus discentes.”

O executivo disse ainda que a liderança eficaz se faz ao encontrar o estado “flow” de cada indivíduo, como mostra a teoria do psicólogo húngaro-americano Mihaly Csikszentmihalyi. Esse estado mental surge quando uma pessoa se encontra totalmente imersa e envolvida em uma atividade, com energia, prazer e foco. “É fornecer os estímulos corretos para que todos encontrem a sua melhor versão”, defendeu.

Eberson Terra estará no painel “Protegendo sua instituição de lideranças tóxicas”, no GEduc 2025. “Vamos explorar o tema com rico embasamento teórico e com a sensibilidade de quem, assim como muitos que estarão na plateia, trabalha com educação superior há décadas. As dores que vi e vivi serão objeto de muito reconhecimento por parte dos ouvintes. Tudo isso encapsulado em grande aprofundamento em minha nova obra ‘Manual Antichefe’”, antecipou o palestrante.

Considerado o maior e principal Congresso de Gestão Educacional do país, o evento, realizado pela HUMUS Educação, reunirá mais de 70 palestrantes e 800 congressistas durante três dias, em São Paulo. De 26 a 28, de março, serão debatidos assuntos ao redor do tema central “A revolução da educação é hoje! Juntos para inovar e inspirar”. O educador21 é apoiador e parceiro produção de conteúdo do evento. As inscrições para o GEduc 2025 já estão abertas.

Liderança tóxica: Eberson Terra fala sobre como blindar a gestão educacional

Em seu livro “Manual Antichefe” (BUZZ Editora), Eberson Terra aprofundou algumas teorias sobre gatilhos emocionais que fazem líderes entrarem em modo tóxico. Isso ocorre, geralmente, devido a alguns sentimentos, como medo, excesso de pressão e baixa autoestima. A partir disso, criou 10 modelos para identificar os principais perfis. Entre eles, estão o “Tirano”, o “Politiqueiro” e o “Microgerente”, cada um com gatilhos emocionais e modus operandi diferentes.

“Nas instituições de ensino, a liderança tóxica pode reduzir a criatividade do time, diminuir a possibilidade de diversidade – em todas as esferas, inclusive geracional – e, principalmente, ajudar a criar feudos onde a boa cultura da empresa não consegue penetrar”, explicou o autor.

Eberson observou que, geralmente, o surgimento e, principalmente, a permanência de uma liderança tóxica nas empresas tem relação com a dívida de gratidão a um funcionário que ajudou a instituição a prosperar no seu início ou em um momento difícil. “Mas hoje isso gera mais problemas do que soluções. Por exemplo, o endurecimento quando alguma solução nova aparece, e esse líder dá sempre preferência ao que era feito no passado, mas não funciona mais.”

Outro sintoma, de acordo com Terra, é a geração de novos líderes com modus operandi tóxico por entender que aquele modelo que vem se perpetuando na empresa é o correto e deve ser mantido. “Por isso, a alta gestão precisa ficar atenta para não cair em armadilhas emocionais quando se trata do bom resultado administrativo e pedagógico da escola”, alertou.

Para o executivo, apesar do tema liderança tóxica parecer áspero e espinhoso, é preciso tratar as raízes do problema em todos os âmbitos dentro da escola. “A educação perpassa pela liderança do docente, mas ele só consegue fazer o seu papel quando todas as lideranças da instituição estão em pleno gozo de suas capacidades emocionais e de gestão”, destacou.

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