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O colunista Christian Rocha Coelho traz o conceito do ‘Marketing for a better world’ para o contexto da gestão educacional e explica como usá-lo em um planejamento de seis etapas

O Marketing for a Better World (MBW) está diretamente ligado à necessidade intrínseca de melhorar a qualidade de vida das pessoas e o meio ambiente.

Atualmente, vivenciamos os impactos das mudanças climáticas em nosso dia a dia, ao contrário do que ocorria há tempos atrás, quando os problemas pareciam distantes e não nos afetavam diretamente, como proteger as tartarugas dos resíduos plásticos, lidar com o degelo polar e preservar espécies ameaçadas, como os pandas e os micos-leões-dourados.

O crescimento de doenças transmitidas por mosquitos, como Dengue, Zika e Chikungunya, devido ao aumento da temperatura do ambiente e da circulação de pessoas, bem como a escassez de alimentos em certas regiões em decorrência da falta de chuvas e os desmoronamentos causados pelo aumento da intensidade das tempestades, afetam diretamente a nossa vida.

Além disso, a saúde mental também é impactada, com pessoas enfrentando crises de ansiedade, estresse, burnout e um aumento no número de crianças com deficiências.

Esses desafios levam as pessoas a repensarem seus hábitos e buscarem mudanças, muitas vezes sem saber por onde começar. É neste momento que o papel da escola como centro de formação e informação se torna fundamental.

O MBW é um tipo de marketing no qual as pessoas discutem questões que as preocupam, facilitando a transição do discurso unidirecional para o diálogo interativo. Há uma troca mútua entre quem produz conteúdo e quem consome, e o objetivo é inspirar e capacitar as pessoas, além de desafiar paradigmas e dogmas estabelecidos.

O MBW propicia um vasto leque de opções subdividido em dois grandes temas: o meio ambiente e a qualidade de vida.

Como produzir um projeto pedagógico MBW em seis etapas

  1. Planejamento Estratégico – É importante direcionar o foco para o conhecimento e interesse dos alunos, uma vez que são eles os principais agentes do projeto. A participação dos alunos na elaboração da temática pode variar de acordo com a abordagem adotada. Desenvolva um tema que esteja em consonância com o conteúdo curricular, estabeleça conexões com disciplinas específicas ou diversas disciplinas, de acordo com as diretrizes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), e incentive a integração entre o aprendizado em sala de aula e a temática do projeto.
  2. Pesquisa/Levantamento situacional – Foque no conhecimento prévio e interesse dos alunos que devem ser os principais agentes do projeto. São eles quem participarão efetivamente, portanto, tenha certeza de que estão preparados. Os alunos podem ou não participar da elaboração da temática desde que bem direcionados.
  3. Criar um comitê de sustentabilidade – Tem um papel vital na escola e na comunidade, englobando pessoas de diferentes públicos para colaborarem no projeto, promovendo assim uma abordagem alinhada com os princípios da educação socioambiental. É recomendada a multidisciplinaridade, envolvendo diversas idades e alunos de diferentes séries para estimular a comunicação e a troca de ideias.
  4. Evento de lançamento – Considere realizar um webinar, podcast, webcast ou vídeo para deixar claro o início do projeto.
  5. Ecopedagogia – Ressalte a necessidade de pensar no planejamento e na execução, além dos recursos necessários para alcançar os objetivos finais. Registre e avalie o progresso do projeto por meio de reuniões de acompanhamento, relatórios e outras formas de avaliação, visando medir sua eficácia e relevância.
  6. Grand finale – Conclua o projeto com um evento que pode ser realizado tanto online quanto presencial e/ou na reunião de pais. Além disso, elabore um documento que contenha um resumo de todas as etapas do projeto, seus objetivos, os participantes envolvidos e os resultados alcançados.

Disponibilize esse documento no site para acesso público. Aproveite e incentive a comunidade a entrar no Instagram da escola disponibilizando um e-book do projeto em sua bio.

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