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A colunista Constanza Hummel mostra o que podemos tirar de lição da prática esportiva olímpica para o mundo corporativo

Você também é desses que ama acompanhar seus esportes favoritos durante as Olimpíadas? E ainda tem alguns esportes que só acompanhamos nas Olimpíadas mesmo, em especial aqueles que não são largamente difundidos no Brasil. Um bom exemplo é o tiro com arco e flecha, esgrima e o hipismo.

Olimpíadas são um palco global onde atletas demonstram não apenas habilidades físicas excepcionais, mas também uma profunda resiliência mental e emocional. Este evento quadrianual nos oferece lições valiosas que podem ser aplicadas na nossa vida pessoal e profissional, quase como um MBA da vida real.

Vamos explorar algumas dessas lições e refletir sobre como podemos aplicar esses ensinamentos no ambiente corporativo pela dimensão do desenvolvimento de indivíduos e times pela educação corporativa.

Na Coluna Educação Corporativa deste mês, trago uma provocação para cada uma das lições que identifico! Será mais sobre fazer refletir do que te dar uma receita de bolo! Mesmo porque a gente já sabe que receitas não funcionam para todos… então prefiro que você faça suas perguntas e crie seu próprio caminho. O próximo passo é começar a discutir e implementar suas ideias, adaptando-as às necessidades específicas de cada área ou cliente interno.

Resiliência e saúde mental: o caso de Simone Biles

A ginasta americana Simone Biles se tornou um exemplo poderoso de resiliência e da importância da saúde mental. Durante as Olimpíadas de Tóquio em 2021, Biles, grande favorita, chocou o mundo ao se retirar de várias competições, citando a necessidade de cuidar de sua saúde mental. Essa decisão, embora controversa, trouxe à tona um diálogo essencial sobre o bem-estar mental dos atletas e, por extensão, dos profissionais em qualquer campo. Em 2024, Biles retornou às competições, mostrando uma recuperação impressionante e um desempenho de alto nível.

Provocação: Como as empresas podem criar um ambiente que priorize a saúde mental dos colaboradores, permitindo que eles alcancem seu máximo potencial e aprendam continuamente sem sacrificar seu bem-estar?

Disciplina e treinamento contínuo

Os atletas olímpicos exemplificam a importância da disciplina e do treinamento contínuo. Nadia Comăneci, a ginasta romena que marcou o primeiro 10 perfeito nas Olimpíadas de Montreal em 1976, treinava incansavelmente para alcançar a perfeição. Sua dedicação e busca constante pela excelência são um modelo para qualquer profissional que deseja se destacar em sua carreira. Nesta edição das Olimpíadas temos diversos exemplos de nota máxima e perfeição e posso citar o “perfect score” do brasileiro Marcus D’Almeida no tiro com arco e flecha. Imagine acertar a flecha no centro do centro do alvo a 70 metros de distância. Ele treina há mais de 10 anos e isso quer dizer que foram necessários milhares de tentativas para que a fecha alcançasse o alvo, no local correto, na data, hora e local corretos.

Provocação: Como podemos incorporar a disciplina e o treinamento contínuo na cultura corporativa para atingir performances espetaculares?

Trabalho em equipe e colaboração

As equipes de revezamento e os esportes coletivos, como o basquete e o futebol, destacam a importância do trabalho em equipe e da colaboração. O Dream Team de basquete dos EUA em 1992 é um exemplo icônico de como a sinergia entre talentos individuais pode criar uma equipe invencível. A colaboração eficaz e a comunicação clara foram fundamentais para o sucesso desse time lendário.

Provocação: De que maneiras podemos incentivar a colaboração e a comunicação aberta dentro das equipes corporativas para compartilhar práticas e aprendizados acelerando a conquista de resultados extraordinários?

Adaptação e inovação

Os Jogos Olímpicos também nos mostram a importância de adaptação e inovação. Um bom exemplo disso foi que a pandemia de COVID-19 forçou o adiamento das Olimpíadas de Tóquio 2020, desafiando atletas a se adaptarem a novas condições e a manterem sua preparação física e mental durante um período de grande incerteza. Imagine que você se prepara para que em um determinado momento você esteja 100% pronto fisicamente e tudo precisa mudar! Muitos atletas usaram a tecnologia para manter seus treinos e se conectar com suas equipes e treinadores.

Provocação: O que podemos fazer para que organizações, times e indivíduos vivam uma cultura de adaptação e inovação para enfrentar desafios inesperados e aproveitar novas oportunidades?

Superação de limites

Os atletas paralímpicos são exemplos inspiradores de superação de adversidades e limites. Atletas como Tatyana McFadden, que conquistou várias medalhas, aproximadamente 17, em corridas de cadeira de rodas, mostram que limitações físicas não são obstáculos intransponíveis, mas sim desafios a serem superados com determinação e espírito de luta. “Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como” – Essa frase de F. Nitzsche que é citada por Viktor Frankl no livro excepcional “Em busca do sentido” fala exatamente sobre esse desejo de fazer para atingir um propósito ou uma visão. Na minha perspectiva diz respeito ao desejo de aprender, abandonar crenças e superar limites e barreiras impostos por nós mesmos ou pelas circunstâncias da vida.

Provocação: De que forma podemos apoiar e incentivar colaboradores a superarem seus próprios limites, reconhecendo e valorizando suas fortalezas e contribuições únicas?

As Olimpíadas nos ensinam que a excelência vai além do talento natural; envolve resiliência, disciplina, treino, criatividade, trabalho em equipe, adaptação e superação de adversidades. Ao incorporar essas lições na educação corporativa, podemos criar um ambiente onde os colaboradores DESEJEM se capacitar e desenvolver alavancando o engajamento, o aprendizado e a evolução de suas competências. Bem possível que nesse processo se sintam valorizados, motivados e preparados para enfrentar qualquer desafio. E nessa toada talvez a medalha de ouro seja da sua organização capitaneada por você e pelos líderes que desenvolvem! Vamos medalhar?

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