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Com 1,5 milhão de inscritos no Canguru de Matemática, Brasil comprova que participar de olimpíadas engaja, motiva e acelera o aprendizado

O crescimento das olimpíadas acadêmicas no Brasil tem mostrado um impacto cada vez mais relevante na aprendizagem dos estudantes. E os números da edição 2025 do Concurso Internacional Canguru de Matemática são prova concreta desse movimento: foram 1,5 milhão de alunos inscritos, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. Mais expressivo ainda foi o aumento no número de medalhistas — 24% a mais, chegando a mais de 171 mil estudantes premiados em todo o país.

Realizado no Brasil pela UpMat Educacional, o Canguru é hoje a maior olimpíada escolar do mundo, reunindo mais de 110 países. E não se trata apenas de competir, mas de engajar alunos, formar professores e mobilizar toda a comunidade escolar em torno de uma matemática mais acessível, criativa e divertida.

“É impressionante observar como, ano após ano, cresce a adesão das escolas e, junto, melhora o desempenho dos alunos. Isso comprova que a participação frequente nas olimpíadas gera efeitos muito além da sala de aula”, destacou Cristina Diaz, CEO da UpMat Educacional.

Os dados são contundentes: desde 2019, o número de participantes brasileiros no Canguru aumentou 229%, enquanto o total de medalhistas cresceu 252%. Esse salto mostra que olimpíadas do conhecimento não são apenas um espaço para alunos excepcionais, mas uma poderosa estratégia de desenvolvimento acadêmico para qualquer escola — pública ou privada.

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Crescimento das escolas públicas amplia alcance das olimpíadas

O impacto positivo das olimpíadas também se reflete na inclusão. As escolas públicas foram responsáveis pelo maior crescimento proporcional, tanto no número de participantes quanto na conquista de medalhas. De 2019 para 2025, o número de estudantes da rede pública na competição cresceu 307%, superando a média geral. Nesse mesmo período, a representatividade de medalhistas das escolas públicas aumentou 31%.

Embora os alunos da rede particular ainda concentrem a maior parte das medalhas (84%), é significativo observar que os estudantes da rede pública têm melhorado seu desempenho numa média de 25% ao ano, índice superior à média geral de 20%. “Mais do que olhar para a medalha em si, é fundamental entender que participar quebra barreiras, derruba crenças limitantes e promove um ciclo virtuoso de aprendizagem”, explicou Cristina.

Além de estimular habilidades como raciocínio lógico, resolução de problemas e pensamento crítico, as olimpíadas proporcionam um ambiente livre da pressão tradicional das avaliações formais. Isso contribui para aumentar a autoconfiança dos alunos, engajar professores em práticas mais inovadoras e oferecer aos gestores dados valiosos sobre o desenvolvimento das turmas.

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A região Centro-Oeste foi destaque em crescimento neste ano, com aumento de 31% no número de alunos inscritos e de 17% nas escolas participantes. Capitais como Teresina (67%), Palmas (52%) e Belo Horizonte (48%) também tiveram saltos expressivos, assim como polos do interior, como Rio Verde (GO) e Primavera do Leste (MT).

Os resultados do Canguru de Matemática reforçam uma lição cada vez mais clara: quando o ensino é transformado em desafio, jogo e superação, o aprendizado acontece de forma mais intensa, duradoura e significativa. E participar de olimpíadas acadêmicas se consolida como uma das estratégias mais eficazes para escolas que desejam não só melhorar o desempenho, mas também transformar a relação dos alunos com o conhecimento.

Olimpíadas de conhecimento fortalecem autonomia, resiliência e colaboração

Muito além das medalhas, as Olimpíadas do Conhecimento oferecem um percurso pedagógico que amplia horizontes e desenvolve competências essenciais para os estudantes. Mais do que decorar conteúdos, os alunos aprendem a investigar, pensar criticamente, levantar hipóteses e colaborar.

Segundo Gabrielle Batemarqui, trainee pedagógica do Grupo Salta Educação, o impacto desse tipo de competição ultrapassa os resultados visíveis. “Quando um estudante participa de uma olimpíada, ele é desafiado a sair do lugar-comum, a lidar com a frustração e a buscar soluções de forma criativa. São experiências que geram crescimento cognitivo, mas também emocional e social”, disse.

A preparação desenvolve autonomia, disciplina e organização, além de transformar o ambiente escolar em um espaço colaborativo. “Estudar para olimpíadas não é um processo solitário. Grupos se formam, estratégias são compartilhadas e há troca constante entre os colegas”, destacou Gabrielle.

Além das competências acadêmicas, os alunos desenvolvem resiliência, empatia, autoconfiança e uma nova relação com o erro e com os desafios. A vivência também abre portas para bolsas, experiências internacionais e oportunidades no Ensino Superior. “O maior ganho está no caminho, não na linha de chegada”, reforçou a especialista.

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