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Constanza Hummel traz para a Coluna Educação Corporativa deste mês a importância da cultura de aprendizagem no mundo corporativo – e o papel vital dos multiplicadores

No mundo corporativo, é cada vez maior a necessidade de desenvolver uma cultura de aprendizagem. Podemos definir cultura de aprendizagem  como o conjunto de processos, padrões de comportamentos, valores, ações que caracterizam uma organização pelo foco no desenvolvimento de pessoas, por meio da promoção do compartilhamento de conhecimentos, boas práticas e experiências entre seus profissionais. Sem dúvida nenhuma um dos elementos mais importantes nessa construção, pois estão ligados à convivência e ao dia a dia dos colaboradores, atuando como energia motivadora, são os multiplicadores e facilitadores  de conhecimento e cultura.

Essas pessoas atuam como promotores da aprendizagem, e têm seu diferencial centrado não somente no fomento de novos comportamentos, mas sobretudo na habilidade de envolver e motivar o público, o que gera uma influência positiva nos espaços e impulsiona a adoção de atitudes mais colaborativas e comprometidas. Essa estratégia também se apoia no peer learning, aprendizado com pares. Afinal é muito mais honesto e aceitável receber apoio e até mesmo críticas de quem está vivendo na “arena” do dia a dia com você.

Esse papel de multiplicador não precisa ser desempenhado por um professor ou um profissional do RH, permitindo que todos da empresa possam exercer esse papel, sendo  importante considerar algumas características e habilidades individuais.

Algumas qualidades que se destacam na identificação de um multiplicador são comunicação efetiva, curiosidade, empatia e perfil colaborativo. Dessa forma, geralmente, aqueles que abraçam essa missão na empresa possuem uma longa trajetória, conhecem os procedimentos internos na prática e são vistos como referência pelos demais.

Para além de saber identificar os profissionais que atuarão ativamente nesse papel, para transformá-los em facilitadores capazes de fomentar a aprendizagem e multiplicar conceitos e práticas, é crucial investir em uma estratégia de capacitação e desenvolvimento.

Nesse âmbito do treinamento, é crucial planejar e preparar o facilitador para o momento em que entrarão em contato com os demais colaboradores promovendo os conceitos, comportamentos, acolhendo dúvidas e impactando positivamente a organização.

Já a fase de avaliação proporciona à empresa a oportunidade de reconhecer os pontos positivos do treinamento e determinar as áreas que demandam aprimoramento. Por isso, além de contar com um sistema de métricas adequadas, estabelecer uma rotina de feedbacks em que os colaboradores, multiplicadores e líderes possam compartilhar suas impressões é um ponto fundamental para que o processo flua bem.

Por que multiplicadores se fazem necessários?

Essa cultura de aprendizagem, como o próprio nome indica, está relacionada a uma postura corporativa que estimula a aquisição e compartilhamento de conhecimentos constantes, bem como sua aplicação no dia a dia da empresa.

Assim, os multiplicadores podem contribuir ativamente, aproveitando suas habilidades de comunicação e espírito motivador para dar suporte aos treinamentos, acompanhar os processos de onboarding, dar feedbacks mais assertivos e criar uma ponte que ajude a aproximar gestores e funcionários.

O resultado é a construção de um capital intelectual valioso, acesso à inteligência coletiva e a formação de times altamente capacitados e mais preparados para responder às mudanças e inovações com agilidade e eficiência.

Uma cultura de aprendizado robusta floresce graças à colaboração entre um ambiente que permite experimentação e crescimento, mentores dedicados e recursos educativos acessíveis. Já os multiplicadores auxiliam na trajetória de carreira de cada colaborador, orientando-os em direção a altitudes maiores de sucesso profissional dentro desse ecossistema corporativo em constante evolução.

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