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A neurociência pode ajudar a orientar os professores em relação aos melhores estímulos em cada ‘janela do desenvolvimento’ dos alunos

A neurociência é o estudo científico do sistema nervoso que permite entender como funciona o cérebro. Isso aconteceu devido aos avanços tecnológicos, especialmente a neuroimagem. O termo ainda tem múltiplas inteligências postuladas pelo psicólogo cognitivo Howard Gardner.

Todo o aprendizado que é fornecido, tanto para as crianças quanto adolescentes, é chamado de memória de longo prazo. Essas informações ficam na região do sistema límbico do cérebro, responsável pelo processamento da informação. Sendo assim, quanto mais experiências revestidas de emoções os alunos tiverem na hora de estudar, maior será a chance de a aprendizagem se consolidar.

Uma das características da neurociência é ser multissensorial, tendo um processo de ensino que utilize imagens, sons e movimentos corporais. Com esse tipo de ensino, onde diversas habilidades são desenvolvidas, mais áreas cerebrais serão envolvidas. Isso permite o aumento da probabilidade de se formarem redes neurais significativas e duradouras.

A neurociência pode ajudar a orientar os professores em relação aos melhores estímulos em cada “janela do desenvolvimento”. Um exemplo é a existência de idades que são mais propícias à aprendizagem de um segundo idioma. Isso devido ao estudo das fases da evolução do cérebro.

Ao longo do processo maturacional, há fases em que diferentes regiões do cérebro estão mais propensas a aprender determinados assuntos, comportamentos, atitudes e procedimentos. A última região do cérebro a ser desenvolvida é o córtex pré-frontal. É nessa área do cérebro que ficam localizadas as competências responsáveis por organizar e regular as demais regiões, tendo como objetivo as tarefas e metas que são propostas.

Algumas das funções do córtex pré-frontal são:

  • Controle inibitório
  • Organização e planejamento de ações
  • Flexibilidade
  • Memória operacional
  • Atenção seletiva

Professores devem usar atividades que estimulem funções cerebrais

Uma maneira de estimular as funções cerebrais é realizar atividades nas quais os alunos possam levantar e testar hipóteses. Outros meios são elaborar questões que sejam pertinentes, selecionando os dados de maneira efetiva. Além de monitorar o processo de aprendizagem.

Esse tipo de ensino harmoniza a abordagem interacionista da educação, provocando o aluno a ser protagonista das próprias experiências, tanto do ponto de vista cognitivo como afetivo. Sendo assim, o estudante se torna coautor das aprendizagens construídas e interações que estabelece com o meio.

Os professores também podem desenvolver algumas atividades pedagógicas em sala de aula, favorecendo os alunos na aprendizagem e nas habilidades. São elas:

  • Atividades de pesquisas e discussões em grupos
  • Elaboração de materiais
  • Resolução de problemas
  • Experiências dirigidas e não dirigidas
  • Jogos
  • Metáforas
  • Filmes, desenhos e histórias

Por isso é importante que os professores tenham consciência do papel que dispõem como mediador do desenvolvimento das funções cerebrais do aluno.

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