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A metodologia ativa de ensino conhecida como PBL (problem based learning) é centrada no estudante e o papel do professor é o de orientador — e perfeitamente adaptável à educação híbrida

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) é uma metodologia ativa de ensino onde os alunos ganham conhecimento e habilidades enquanto resolvem problemas. A sigla vem do inglês Problem Based Learning (PBL). Foi adotada, inicialmente, pela Universidade McMaster, no Canadá, e de Maastricht, na Holanda, em 1969.

Em resumo, PBL integra saber e fazer. A metodologia prima pelo desenvolvimento de habilidades críticas de pensamento e resolução de problemas nos alunos.

Também enfatiza o aprendizado autodirigido. Ou seja, centrado no estudante, que passa a ser o principal gerador de conhecimento ao procurar ativamente a informação que necessita para resolver um determinado problema.

O ensino — ou melhor, a aprendizagem — é orientado pelos problemas apresentados. O objetivo é que o aluno resolva tudo autonomamente. O papel do professor neste sistema passa a ser, fundamentalmente, o de um orientador do trabalho dos estudantes.

É fundamental os estudantes perceberem que a essência da sua formação depende deles próprios. A metodologia do PBL é considerada ideal para os estudantes que:

  • Têm iniciativa para estudar por conta própria
  • Sentem-se à vontade formulando objetivos de aprendizado flexiveis mesmo que apresentem, por vezes, alguma ambiguidade
  • Aprendem melhor com leitura e discussão
Como funciona a dinâmica em problem based learning

O processo de aprendizagem com base em problem based learning começa quando os estudantes são confrontados com um problema. Desse início ao fim — a apresentação de uma solução —, a duração, em média, é de uma semana. Os alunos são separados em grupos de, no máximo 12 participantes.

O professor faz uma sessão de uma hora e meia, geralmente uma aula presencial, onde é apresentado o caso. É o primeiro, dos chamados “7 passos do PBL”, que tradicionalmente são percorridos na aplicação da metodologia. Paralelamente, o tutor fornece informação adicional. Na última sessão, fecha-se o caso.

Os casos analisados com este método constituem a coluna vertebral do plano curricular. Pode (e deve) ser complementado com seminários dados por especialistas e trabalho pessoal e de grupo dos estudantes. No problem based learning, os projetos são centrados nos objetivos de aprendizagem dos alunos e incluem alguns elementos essenciais.

  • Habilidades de Conhecimento, Entendimento e Sucesso – O projeto está focado nas metas de aprendizagem dos alunos, incluindo conteúdo e habilidades baseadas em padrões, como pensamento crítico / resolução de problemas, comunicação, colaboração e autogestão.
  • Problema ou pergunta desafiador – O projeto é enquadrado por um problema significativo a resolver ou a uma pergunta a responder, no nível adequado de desafio.
  • Inquérito Sustentável – Os alunos envolvem um processo rigoroso e extenso de fazer perguntas, encontrar recursos e aplicar informações.
  • Autenticidade – O projeto possui contexto, tarefas e ferramentas do mundo real, padrões de qualidade ou impacto – ou fala com as preocupações, interesses e questões pessoais dos alunos em suas vidas.
  • Student Voice & Choice – Os alunos tomam algumas decisões sobre o projeto, incluindo como funcionam e o que criam.
  • Reflexão – Estudantes e professores refletem sobre a aprendizagem, a eficácia de suas atividades de pesquisa e projeto, a qualidade do trabalho dos alunos, os obstáculos e como superá-los.
  • Crítica e revisão – Os alunos dão, recebem e utilizam comentários para melhorar seus processos e produtos.
  • Produto público – Os alunos tornam público o seu projeto explicando, exibindo e / ou apresentando-o a pessoas além da sala de aula.
 Os 7 passos para utilizar a metodologia PBL

Uma das principais características da metodologia PBL é trabalhar a transdisciplinaridade. No processo, envolve-se competências e temáticas pertencentes a várias matérias escolares.

As habilidades para o século 21 são desenvolvidas ao longo de toda a jornada. Com destaque para autonomia, curiosidade, resolução de problemas e comunicação interpessoal.

O modelo tradicionalmente aplicado na metodologia segue os chamados “7 passos da PBL”, que são:

1 – Esclarecer os termos difíceis: identifique palavras, expressões, termos técnicos, enfim, qualquer coisa que não entenda no problema.

2 – Definição dos problemas: qual ou quais são os problemas? Liste, inicialmente, sem se preocupar com diagnósticos (o que será feito no próxmo passo).

3- Análise dos problemas (“Brain storm”): uma primeira sessão tutorial traz para discussão os conhecimentos prévios do grupo. Numa segunda
sessão tutorial todos trazem informações. O grupo discute o que pode ser útil para resolver o caso.

4 – Resumo: resumir a discussão, relembrando os problemas listados, as hipóteses diagnósticas levantadas, e as contribuições dos conhecimentos prévios, prós e contras.

5 – Formulação dos objetivos de aprendizado: com base nos conhecimentos prévios, identificam-se pontos obscuros — isto é, assuntos ou temas que precisam ser estudados, para resolver o(s) problema(s). Ou seja, formular os objetivos com base nos problemas.

6 – Busca de informações (estudo individual): o estudo ou busca de informações é essencialmente individual. O melhor é buscar
informações em mais de uma fonte, e ter como um dos objetivos trocar essas informações, de fontes diversificadas na discussão em grupo.

7 – Relatar ao grupo. Discutir. Solucionar: o objetivo da segunda reunião tutorial é integrar as informações trazidas, para resolver o caso. Porem, não há a pretensão de esgotar os temas discutidos.

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