Plataformas educacionais ampliam personalização, engajamento e inclusão no ensino, apoiando professores e gestores com dados estratégicos
O processo de ensino-aprendizagem passa por uma transformação profunda, impulsionada pela integração da tecnologia às práticas pedagógicas. Cada vez mais, gestores e líderes escolares percebem o impacto das plataformas digitais no dia a dia da sala de aula, tanto no engajamento dos alunos quanto na tomada de decisão estratégica.
Para Alex Paiva, head de produtos do Educacional, unidade de negócios da Positivo Tecnologia, a mudança é estrutural e irreversível. “As tecnologias digitais se tornaram aliadas permanentes de professores, alunos e instituições, pois possibilitam uma educação cada vez mais inclusiva, adaptada e baseada em dados”, afirmou.
Esse cenário coloca gestores diante da necessidade de compreender como o uso de recursos digitais pode apoiar a aprendizagem personalizada, garantir acessibilidade e, ao mesmo tempo, oferecer informações valiosas para orientar intervenções pedagógicas e prevenir evasões.
De acordo com o Educacional, o investimento em soluções seguras e na ampliação do acesso vem sendo acompanhado por projetos de formação docente e pelo constante aprimoramento das ferramentas digitais. Para gestores escolares, compreender e liderar esse processo é um passo essencial para que a inovação realmente impacte os resultados de aprendizagem.
Inteligência artificial e dados a favor do gestor
Um exemplo do avanço tecnológico aplicado à escola é o uso da MARIA, inteligência artificial generativa integrada ao Aprimora, solução voltada ao aprendizado de Língua Portuguesa e Matemática. Nos primeiros três meses de 2025, a ferramenta engajou cerca de 10% dos alunos com licença ativa, mostrando o potencial da IA para tornar o processo mais interativo e eficiente.
Além do engajamento, a geração de dados pedagógicos é um diferencial para o trabalho das lideranças escolares. “Os dados gerados pelas interações nas plataformas são valiosos para que professores e gestores identifiquem dificuldades com agilidade, previnam evasões e ajustem estratégias de ensino”, destacou Paiva.
Outro aspecto que ganha relevância é a inclusão. O Aprimora foi desenvolvido com recursos de acessibilidade para estudantes com deficiências visuais e auditivas, como alto contraste, opções de tamanho de fonte e tradução em Libras. Essa abordagem reforça a importância de adotar tecnologias que garantam a equidade no processo educativo.
Equilíbrio entre inovação digital e competências do século 21
A adoção de soluções digitais não exclui a necessidade de experiências concretas. Projetos maker e atividades de robótica, como os desenvolvidos com a Robotis, também fazem parte da estratégia do Educacional. Essa combinação permite que os alunos desenvolvam competências do século 21, como pensamento crítico, colaboração e resolução de problemas, ao mesmo tempo em que favorece o equilíbrio no tempo de tela.
Paiva observa que os gestores têm papel decisivo nesse processo, principalmente ao incentivar práticas que integram diferentes linguagens e metodologias. “Estamos em uma era de revolução do ensino. O futuro da educação passa, sem dúvida, por esse caminho digital, inteligente e humano”, afirmou.
Mas apesar dos avanços, ainda há barreiras importantes no caminho da transformação digital. A necessidade de formação continuada de professores, a desigualdade de infraestrutura tecnológica em regiões mais vulneráveis e a proteção dos dados dos alunos estão entre as prioridades para o setor.
O horizonte aponta para um ecossistema de aprendizagem cada vez mais estratégico, em que a inteligência artificial permitirá análises preditivas, personalização mais avançada e gestão mais eficiente. Nesse caminho, a tecnologia deixa de ser apenas um recurso complementar para se tornar parte da própria estrutura do ensino.










