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A poucos dias da II Jornada Bett Online, Adriana Martinelli, diretora de Conteúdo da Bett Educar, fala sobre transformações no setor em artigo exclusivo para o Educador21

Adriana Martinelli*

Entre as interrupções das aulas presenciais, o vai e volta, as incertezas, o ensino remoto ou híbrido, novas dinâmicas para ensinar e aprender são realidades que, inexoravelmente, se impõem.

Não há como dissociar a escola do resto do mundo, da urgência em inovação e tecnologias educacionais e do cuidado com a nossa saúde mental e emocional. É este o contexto atual que permeia a vida cotidiana de professores, alunos, pais, coordenadores, diretores, mantenedores de escolas e instituições de ensino.

Enquanto o ensino remoto se faz necessário para a prática educacional — e deverá ser, em alguma escala, permanente –, outras questões imperativas a pensar agora são: como estão sendo realizadas as aulas online? Como implantar metodologias ativas? Como engajar os alunos na frente da tela? Quais são as dores dos educadores e dos educandos?

Ainda incipiente antes da pandemia, agora é evidente que o ensino hibrido tem a função de combinar momentos síncronos e assíncronos, atividades com interação real e outras formas de ensinar individualmente.

Mesmo com alguma dificuldade, muitas escolas conseguiram adotar tecnologias educacionais, metodologias ativas e ensino híbrido. Tudo foi acelerado em menos de um ano. Enquanto a criatividade e inovação dos professores fizeram com que as práticas evoluíssem muito em pouco tempo, há ainda muito a aprender. Por isso é imprescindível o apoio para a formação tanto de professores quanto de todos os entes que compõem toda comunidade escolar.

No mundo inteiro discute-se a importância dos cuidados com a saúde mental e emocional em diversos setores da sociedade. Na educação não seria diferente, junto ao avanço e implantação de tecnologias, metodologias e à formação continuada. Hoje, a nova rotina das escolas tem exigido de todos muitos esforços, sobretudo para aprender a lidar com frustrações, ansiedades, medos, insegurança, estresse e exaustão geradas pelas aulas online.

Saúde mental e o emocional estão associados à nossa capacidade de bem coordenar e equilibrar razão e emoção, fortalecer nossas habilidades e descobrir competências socioemocionais, reavaliar nossas relações e se dedicar ao autoconhecimento.

Às questões que envolvem transformações humanas, tecnológicas e inovadoras, acrescente-se os processos de gestão de mudanças. Na prática, isso equivale a aprender a fazer mudanças, redefinir rumos — na vida pessoal e profissional –, criar novas experiências de aprendizagem e promover uma educação verdadeiramente inovadora, inclusiva, equitativa e de equidade.

Certamente, sabemos como e porquê mudar, inovar e nos readaptar. Agora, precisamos refletir e nos reeducar para melhor compreender se de fato estamos prontos para essas transformações humanas e tecnológicas. Porque é isso que a vida tem exigido no tempo presente e para o futuro.

*Diretora de Conteúdo da Bett Educar

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