Iniciativas de Manaus e Limeira unem sustentabilidade, arte, inclusão e tecnologia e representarão o país na etapa internacional, em outubro
O Brasil já conhece as escolas vencedoras da 3ª edição do Prêmio Escolas Sustentáveis, iniciativa que valoriza práticas educacionais ligadas à sustentabilidade, cidadania e inovação. O anúncio foi feito em setembro, durante a etapa nacional, que reuniu instituições finalistas de diferentes regiões do país.
Criado em 2023 pela Santillana, em parceria com a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) e a Fundação Santillana, o prêmio já mobilizou mais de 3 mil instituições de ensino públicas e privadas no Brasil, Colômbia e México. O objetivo é estimular a participação de estudantes em ações de gestão socioambiental, com impactos concretos para suas comunidades.
“Compartilhar essas iniciativas e boas práticas é uma das partes mais valiosas do prêmio, pois permite inspirar outras escolas da América Latina”, afirmou Luciano Monteiro, diretor executivo da Fundação Santillana no Brasil. “Essa ação já é uma das mais representativas da Ibero-América, mobilizando alunos, professores e comunidades por meio de iniciativas que geram mudanças concretas dentro e fora das escolas”, disse Rodrigo Rossi, diretor e chefe da Representação da OEI no Brasil.

Dez escolas chegaram à final nacional brasileira em 2025 com projetos de impactos significativos para as comunidades locais
Em 2025, dez escolas chegaram à final da etapa brasileira, apresentando propostas diversas: de combate à dengue e reaproveitamento de resíduos sólidos a sistemas tecnológicos de prevenção de riscos ambientais. Entre elas, duas se destacaram pela relevância e alcance social, recebendo R$ 17,5 mil cada e a oportunidade de representar o Brasil na etapa internacional, que será realizada em outubro, no Museu de Arte do Rio (MAR).
A Creche Municipal Magdalena Arce Daou, em Manaus (AM), e a Escola Estadual Brasil, em Limeira (SP), foram as escolhidas entre dez finalistas nacionais. Cada instituição receberá R$ 17,5 mil e passará a representar o Brasil na fase internacional do prêmio, marcada para outubro, no Museu de Arte do Rio (MAR). Conheça, a seguir, um pouco dos trabalhos vencedores.

Sustentabilidade, arte e inclusão em Manaus
O projeto IncluARTE – SustentART, desenvolvido pela Creche Municipal Magdalena Arce Daou, mobilizou famílias de crianças com deficiência em Manaus (AM). A proposta transformou um território degradado por meio de hortas, jardins comunitários, brinquedos sustentáveis, oficinas de terrários e atividades artísticas.
Mais de 1.500 pessoas participaram da iniciativa, que reduziu o descarte inadequado de resíduos, ampliou a conscientização ambiental e fortaleceu vínculos familiares e comunitários. O impacto social foi ampliado pela criação de espaços mais acessíveis e acolhedores, contribuindo para o sentimento de pertencimento e para o exercício da cidadania.
Outro destaque foi o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, transformando espaços degradados em territórios de convivência e pertencimento. Ao unir sustentabilidade, arte e inclusão, o projeto mostrou como práticas pedagógicas inovadoras podem engajar a comunidade e formar novas gerações mais conscientes e participativas.
A iniciativa demonstra como a educação infantil pode ser um ponto de partida para mudanças socioambientais relevantes, ao integrar práticas pedagógicas com responsabilidade coletiva e cuidado com o meio ambiente.

Tecnologia para cidades mais seguras em Limeira
Na Escola Estadual Brasil, em Limeira (SP), estudantes desenvolveram o AquaTerraAlert, um sistema pioneiro de alerta antecipado para enchentes e deslizamentos. A solução combina sensores, protótipos e recursos tecnológicos para monitorar riscos e proteger a comunidade local.
Cerca de 40 estudantes lideraram o projeto, impactando diretamente a vida de 660 pessoas. Durante o processo, aplicaram conhecimentos de ciências, matemática e tecnologia em situações reais, fortalecendo o aprendizado e a consciência social.
O AquaTerraAlert uniu inovação, responsabilidade social e prática pedagógica, contribuindo para a formação de alunos protagonistas e para a construção de cidades mais seguras e resilientes. A iniciativa mostra como a escola pública pode ser protagonista em soluções inovadoras para desafios reais, conectando aprendizagem a responsabilidade social. O projeto tornou-se, assim, um exemplo de como educação e tecnologia podem gerar resiliência urbana e salvar vidas.










