Skip to main content

Fomos ouvir a diretora In School da Red Balloon, Carolina Stancati, sobre como o bilinguismo abre um leque na carreira dos professores

A educação bilíngue (ou plurilíngue) está crescendo rapidamente no Brasil. Alguns pesquisadoresdo setor afirmam que, ainda no século 21, todas as escolas deverão ser bilíngues. Isso porque o bilinguismo, ao trabalhar competências e habilidades por meio de dois ou mais idiomas, traz inúmeros benefícios cognitivos, sociais, acadêmicos e econômicos para os estudantes, preparando-os melhor para o presente e o futuro.

Sem contar, também, que os resultados dos alunos que têm acesso à educação bilíngue podem colocar a escola em destaque no cenário educacional brasileiro, cada dia mais competitivo.

Carolina Stancati, diretora In School da Red Balloon, escola de inglês para crianças e adolescentes com uma metodologia própria, afirma que a língua se torna um meio, e não o fim. Segundo a diretora, com o bilinguismo é possível criar atividades, projetos e momentos que buscam proporcionar aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades que ultrapassam a esfera linguística.

“Queremos não apenas que nossas crianças aprendam inglês, mas que descubram a alegria e a empolgação de estudar e aprender e é por isso que nossa metodologia tem em seus pilares, aulas divertidas, agradáveis e inspiradoras”, acrescentou Carolina.

Segundo a professora, o segundo idioma se torna uma ferramenta para promover criatividade, capacidade de solução de problemas, autorregulação e automotivação, respeito, empatia e confiança, além de outras habilidades socioemocionais, interpessoais e de vida que fazem parte das habilidades mais importantes do século 21. No caso da Red Balloon, esse segundo idioma é o inglês.

“Também usando o inglês, apresentamos os alunos a diferentes culturas, incentivando a tolerância e o respeito às diferenças. Temos como objetivo tornar nossos alunos mais responsáveis e independentes, nutrindo sempre seu espírito inovador e explorador para que continuem buscando conhecimento e se tornem cidadãos conectados com o mundo”, explicou a diretora da Red Balloon.

Como funcionam as escolas bilíngues ou plurilíngues

As escolas bilíngues são aquelas que possuem um currículo único, integrado e ministrado em duas línguas de instrução para todos os alunos matriculados, em todas as etapas oferecidas. O currículo visa ao desenvolvimento de competências e habilidades linguísticas e acadêmicas dos estudantes em ambas as línguas.

Mas um investimento na adequação da proposta pedagógica, do currículo e na formação da equipe é essencial para o sucesso das escolas que se propõe a desenvolver a educação bilíngue em sua comunidade. “As escolas podem escolher suas abordagens metodológicas. Deve haver uma intenção da escola bilíngue para evitar uma prática que tenha o idioma como fim em si mesmo e uma atenção às culturas que se fazem presentes por meio das línguas”, explicou Carolina Stancati.

Para uma escola se posicionar como bilíngue, deve atender às diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE), adequar seu currículo e a carga horária ao mínimo estabelecido, além de garantir a formação dos professores conforme os critérios requeridos e buscar os resultados dos alunos dentro do padrão mínimo. A escola também deve cumprir normalmente as legislações e
normas para escolas brasileiras (da LDB e BNCC, por exemplo).

Todos esses critérios, assim como o plano de adaptação para as Diretrizes do Ensino Plurilíngue se isso for necessário, devem constar no PPP da escola (Projeto Político Pedagógico), no Regimento Escolar e nas Matrizes Curriculares.

A escola bilíngue ensina por meio das línguas (os conteúdos das diversas áreas de conhecimento) cumprindo uma dupla função: o desenvolvimento da proficiência e dos conhecimentos em duas línguas. Já as escolas com carga horária estendida em língua adicional ensinam apenas a língua, e têm como objetivo a proficiência linguística apenas.

Bilinguismo como um diferencial na carreira do professor

Os professores que atuarão nas aulas em língua adicional e que estejam formados ou com formação iniciada até o ano de 2021 devem ter:

  1. Graduação em Pedagogia ou em Letras
  2. Comprovação de proficiência no mínimo em nível B2 (de acordo com o CEFR (Common European Framework for Languages)
  3. Formação complementar em Educação Bilíngue, em instituição reconhecida pelo MEC, que pode ser:
    – Curso de extensão com no mínimo 120 horas ou Pós-graduação Lato-Sensu
    – Mestrado na área ou doutorado na área de educação bi/plurilíngue

“Temos na Red Balloon um programa totalmente voltado para as escolas, desde nosso core alinhado com a BNCC às nossas eletivas que compõe nosso trajeto bilíngue. Porém, nosso maior diferencial está na atenção a forma inicial e continuada de nosso corpo docente. Os professores recebem formação inicial sobre as etapas de desenvolvimento infantil e do adolescente, metodologia Red Balloon, melhores práticas de ensino e muitas oportunidades de experimentar a metodologia de maneira prática. E formação anual sobre tendências em educação e melhores práticas”, acrescentou a diretorada Red Balloon .

Compartilhe: