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O assessor pedagógico da Mind Makers, Daniel Freitas, analisa o cenário atual das Inteligências Artificiais nas escolas e traz perspectivas dessa ferramenta para 2025

Os avanços da inteligência artificial (IA) observados nos últimos anos tendem a se acentuar em 2025, inclusive no setor educacional. Essa perspectiva é reforçada por pesquisas educacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). O estudo aponta que o uso de IA ganhará força, não apenas para medir o conhecimento adquirido pelos estudantes, mas também a linha de raciocínio, motivação e regulação emocional.

Apesar das tendências sinalizadas, a discussão sobre o uso de IA em sala de aula ainda precisa ser aprofundada entre os educadores e gestores escolares. Um outro estudo, elaborado pelo Instituto Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior) e divulgado em 2024, revela que 74% dos educadores são a favor do uso da Inteligência Artificial na educação, mas somente 39,2% declaram utilizar a tecnologia em sala de aula.

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Segundo o levantamento, professores com mais de dez anos de experiência relataram ter percebido as mudanças quanto ao uso da tecnologia nas atividades escolares, tanto benéficas, como desafiadoras. Entre os aspectos positivos estão: maior acesso às tecnologias, agilidade no acesso à informação e aprendizagem mais dinâmica. Já os principais desafios relatados foram: alunos mais dispersos, escolas com pouca estrutura tecnológica, dificuldade dos docentes em acompanhar a evolução da tecnologia e falta de capacitação para os professores.

“A inteligência artificial é um recurso que está disponível para ajudar o professor a tornar sua rotina mais eficiente e otimizada. Sem essa ferramenta, teríamos que continuar a elaborar dezenas de pareceres para cada fechamento de bimestre das turmas, por exemplo. Porém, sabendo fazer uso de uma IA que permita gerar esses relatórios, o tempo de elaboração certamente pode ser reduzido em até seis vezes”, explicou Daniel de Freitas, assessor pedagógico da Mind Makers.

Uso de IA jamais substituirá o professor em sala de aula

Para Daniel Freitas, o uso de IA nas escolas é um caminho sem volta. Mas o assessor pedagógico afirmou que nenhum professor jamais será substituído pela inteligência artificial, embora reconheça que há o risco de que o educador que não se atualiza seja substituído por outro professor que o faça.

“Por mais que as IAs generativas apresentem uma série de conteúdos e otimizem o dia a dia, ainda assim é o professor que dá a aula, que olha no olho do aluno, que percebe o estado de ânimo de cada turma, ou seja, que capta nuances empíricas do ser humano. E são nesses pontos que ele deve focar, enquanto a IA o ajuda em tarefas mais operacionais”, disse Freitas.

De acordo com o especialista, há uma tendência em relação ao uso de IA que se divide em dois caminhos. Um deles é no uso dessas tecnologias como ferramentas no dia a dia, algo de que todos os educadores podem se apropriar. O outro se refere ao entendimento dos fundamentos científicos desse recurso, que pode ser trabalhado por professores de ciências, por exemplo.

Além disso, outra perspectiva para 2025 é de que os sistemas de ensino passem a trazer cada vez mais, de forma estruturada, ferramentas de IA nas soluções que apresentam às escolas, sobretudo para uso dos professores.

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